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15/03/2006 - 09h47

Israel interroga presos de Jericó para levá-los a julgamento

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da Efe, em Jerusalém

Os cinco membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e outro palestino do Fatah --que foram presos ontem por Israel após o cerco à prisão de Jericó-- estão sendo interrogados pelo Serviço Geral de Segurança (Shin Bet) para depois serem julgados em Israel.

"Israel é um país onde existe uma independência judicial e estamos à espera de que se tome em breve a decisão de levar estes presos a julgamento para que um tribunal inicie o processo", disse o porta-voz do Ministério israelense de Assuntos Exteriores, Mark Reguev.

A chanceler israelense e ministra da Justiça, Tzipi Livni, disse nesta manhã à emissora rádio militar israelense que "não tem dúvidas de que [os terroristas] permanecerão presos durante um longo tempo".

Entre os detidos ontem pelo Exército israelense, que permaneciam presos na prisão de Jericó custodiados por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido, estão cinco membros da FPLP --entre eles, o secretário-geral do grupo, Ahmed Saadat, acusado de ser o autor intelectual do assassinato em outubro de 2001 do ministro israelense de Turismo, Rehavam Zeevi.

Os outros quatro membros do grupo palestino são: Ahed Ulame, chefe do braço armado da FPLP; Hamdi Kuran, acusado de ser a pessoa que disparou à queima-roupa contra Zeevi em um hotel de Jerusalém Oriental; Basel Azmer e Magdi Rimaui, membros do comando de apoio a Kuran.

O sexto detido é o membro do Fatah, Fouad Shubaki, que foi assessor financeiro do falecido presidente palestino Iasser Arafat. Ele é acusado de ter financiado o cargueiro "Karim A", embarcação interceptada por Israel em janeiro de 2001 nas águas do Mar Vermelho, carregada de armamentos com destino à faixa de Gaza.

Justiça

Em referência a Saadat, Reguev afirmou: "Temos a absoluta intenção de levá-lo à Justiça".

Tanto a ministra Livni como seu porta-voz afirmaram que, antes de levá-lo aos tribunais, as autoridades judiciais em Israel deverão certificar-se de que Saadat pode ser julgado neste país.

Nenhum dos presos foi acusado ou condenado por um tribunal palestino e a Justiça da Autoridade Nacional Palestina (ANP) resolveu, há um ano, libertar Saadat, já que não tinha sido oficialmente acusado de nenhum crime.

Por sua parte, o assessor legal israelense Moshe Negbi disse que a legislação em Israel impede que uma pessoa seja julgada duas vezes pelo mesmo delito, o que parece que não prejudicará um futuro julgamento neste país, já que os detidos não foram julgados pela ANP.

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