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20/03/2006
-
09h51
da France Presse, em Brisbane
O ciclone mais potente e violento dos últimos 30 anos atingiu nesta segunda-feira a região nordeste da Austrália, com ventos que alcançam 290 quilômetros por hora, o que levou o governo a decretar estado de emergência.
O ciclone tropical, batizado com o nome de Larry, deixou algumas pessoas levemente feridas, segundo as primeiras informações disponíveis. Larry é considerado potencialmente mais perigoso que o Tracy, que em 1974 arrasou a cidade de Darwin (norte), com um saldo de 71 mortos e 20 mil desabrigados.
"Recebemos informações sobre 20 vítimas no hospital de Cairns, além de informações que destacam alguns desaparecidos", disse o meteorologista Jonty Hall.
O governador do distrito de Cairns, Mike Keating, não confirmou a existência de feridos nesta região turística, onde se encontra a grande barreira de corais da costa norte-oriental australiana.
O ciclone tropical Larry foi classificado na categoria 5 pelo Instituto Meteorológico do estado de Queensland pouco antes de chegar a costas da região às 8h de segunda-feira (18h de ontem, no horário de Brasília), perto de Innisfail, extremo norte do Estado.
Algumas horas depois, o Larry perdeu intensidade à medida que avançava por terra e caiu para a categoria 4.
Estado de emergência
No entanto, as autoridades decretaram estado de emergência e advertiram a população sobre o perigo de inundações. Também aconselharam cuidado com as serpentes e crocodilos existentes na região, já que estes animais ficam desorientados com o ciclone e se tornam agressivos.
Segundo as primeiras informações dos serviços de emergência, em Innisfail, cidade de 8.500 habitantes ao norte de Queensland, metade dos edifícios foi danificada pelo furacão.
"Demos uma volta de carro esta manhã e podemos dizer que um em cada dois edifícios foi atingido, alguns estão completamente destruídos e outros apenas parcialmente", declarou uma fonte dos serviços de emergência de Queensland.
"Era aterrorizante, todos gritávamos. Era como a explosão de uma bomba", disse à emissora de rádio ABC Amanda Fitzpatrick, proprietária de um hotel perto de Innisfail.
Outro habitante da cidade, Des Hensler, contou que se refugiou dentro de uma igreja e que dentro do templo a água chegava aos tornozelo.
As plantações de cana-de-açúcar, banana e mamão desta região agrícola também foram destruídas, o que representa um prejuízo de milhões de dólares.
Um pouco mais ao sul, em Mission Beach, as ondas levaram areia e escombros até a entrada de algumas casas. A praia também sofreu muitos danos.
"O ciclone causou, sem dúvida, a morte de quase todos os corais que estavam em sua passagem", disse o diretor científico do parque marítimo da Grande Barreira de Corais, David Wachenseld.
Quase 50 mil imóveis, entre casas privadas e empresas, ficaram sem energia elétrica, informou um porta-voz da companhia local de eletricidade.
O premiê da Austrália, John Howard, manifestou confiança de que a situação será solucionada e não resultará em um caos parecido com o da passagem devastadora do Katrina pelo sul dos Estados Unidos no ano passado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ciclones
Ciclone mais violento dos últimos 30 anos atinge a Austrália
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O ciclone mais potente e violento dos últimos 30 anos atingiu nesta segunda-feira a região nordeste da Austrália, com ventos que alcançam 290 quilômetros por hora, o que levou o governo a decretar estado de emergência.
O ciclone tropical, batizado com o nome de Larry, deixou algumas pessoas levemente feridas, segundo as primeiras informações disponíveis. Larry é considerado potencialmente mais perigoso que o Tracy, que em 1974 arrasou a cidade de Darwin (norte), com um saldo de 71 mortos e 20 mil desabrigados.
"Recebemos informações sobre 20 vítimas no hospital de Cairns, além de informações que destacam alguns desaparecidos", disse o meteorologista Jonty Hall.
O governador do distrito de Cairns, Mike Keating, não confirmou a existência de feridos nesta região turística, onde se encontra a grande barreira de corais da costa norte-oriental australiana.
O ciclone tropical Larry foi classificado na categoria 5 pelo Instituto Meteorológico do estado de Queensland pouco antes de chegar a costas da região às 8h de segunda-feira (18h de ontem, no horário de Brasília), perto de Innisfail, extremo norte do Estado.
Algumas horas depois, o Larry perdeu intensidade à medida que avançava por terra e caiu para a categoria 4.
Estado de emergência
No entanto, as autoridades decretaram estado de emergência e advertiram a população sobre o perigo de inundações. Também aconselharam cuidado com as serpentes e crocodilos existentes na região, já que estes animais ficam desorientados com o ciclone e se tornam agressivos.
Segundo as primeiras informações dos serviços de emergência, em Innisfail, cidade de 8.500 habitantes ao norte de Queensland, metade dos edifícios foi danificada pelo furacão.
"Demos uma volta de carro esta manhã e podemos dizer que um em cada dois edifícios foi atingido, alguns estão completamente destruídos e outros apenas parcialmente", declarou uma fonte dos serviços de emergência de Queensland.
"Era aterrorizante, todos gritávamos. Era como a explosão de uma bomba", disse à emissora de rádio ABC Amanda Fitzpatrick, proprietária de um hotel perto de Innisfail.
Outro habitante da cidade, Des Hensler, contou que se refugiou dentro de uma igreja e que dentro do templo a água chegava aos tornozelo.
As plantações de cana-de-açúcar, banana e mamão desta região agrícola também foram destruídas, o que representa um prejuízo de milhões de dólares.
Um pouco mais ao sul, em Mission Beach, as ondas levaram areia e escombros até a entrada de algumas casas. A praia também sofreu muitos danos.
"O ciclone causou, sem dúvida, a morte de quase todos os corais que estavam em sua passagem", disse o diretor científico do parque marítimo da Grande Barreira de Corais, David Wachenseld.
Quase 50 mil imóveis, entre casas privadas e empresas, ficaram sem energia elétrica, informou um porta-voz da companhia local de eletricidade.
O premiê da Austrália, John Howard, manifestou confiança de que a situação será solucionada e não resultará em um caos parecido com o da passagem devastadora do Katrina pelo sul dos Estados Unidos no ano passado.
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