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27/03/2006 - 07h48

Hamas se diz disposto a dialogar com o Quarteto

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da France Presse, em Gaza

O primeiro-ministro palestino designado, Ismail Haniyeh, afirmou nesta segunda-feira que o movimento radical islâmico Hamas, que dominará o novo governo palestino, está disposto a conversar com o Quarteto para o Oriente Médio (EUA, ONU, UE e Rússia) para acabar com o conflito israelense-palestino.

"Nosso governo estará disposto a dialogar com o Quarteto sobre as formas de dar um fim a este conflito e instaurar a calma na região", declarou Haniyeh durante seu discurso de posse no Parlamento.

Também pediu à comunidade internacional que não castigue o povo palestino por ter votado no Hamas nas eleições legislativas de janeiro. "O povo palestino não deve ser punido por ter exercido seu direito e por ter escolhido seus dirigentes em uma votação democrática e livre", declarou.

Hanieyeh defendeu a revisão da política dos Estados Unidos em relação aos palestinos.

Diálogo

O premiê designado ressaltou que está disposto a dialogar com todos os países do mundo para garantir que o povo palestino não seja privado da ajuda internacional.

"Acreditamos que é necessário que os Estados Unidos revisem sua política em relação aos palestinos, apresentem mostras de justiça e responsabilidade e parem de apoiar a ocupação para que a paz, a estabilidade e a prosperidade possam reinar na região", declarou.

Haniyeh garantiu que as pressões econômicas não prejudicarão seu governo nem reduzirão a determinação do povo, em uma referência às sanções financeiras que a comunidade internacional está disposta a aplicar aos palestinos durante o governo do Hamas.

"O povo palestino tem o direito de seguir adiante com a luta para a criação de um Estado independente", acrescentou.

Ao mesmo tempo, explicou que as possíveis doações recebidas serão usadas com total transparência.

Plano

Ao explicar seu programa de governo no Parlamento, Haniyeh, destacou o direito do povo palestino de defender-se da ocupação, eliminar as colônias e o muro de separação entre os territórios palestinos e israelenses, além de seguir lutando para criar um Estado palestino independente com Jerusalém como capital.

Haniyeh ressaltou que seu governo rejeita o plano de separação unilateral dos palestinos apresentado por Israel porque transformará a pátria palestina em simples redutos isolados.

Dois meses depois da vitória nas eleições legislativas, nas quais obteve 74 das 132 cadeiras do Parlamento, o primeiro-ministro designado do Hamas, Ismail Haniyeh, e seus 24 ministros recebem nesta segunda-feira o voto de confiança do CLP.

O grupo radical, autor da maioria dos atentados contra Israel na segunda Intifada, que explodiu em setembro de 2000, se nega a renunciar à violência e a reconhecer a existência do Estado hebreu.

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