Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
31/03/2006 - 14h08

Brasileira morre em ataque suicida na Cisjordânia

Publicidade

da Folha Online

Um ataque suicida ocorrido nesta quinta-feira na Cisjordânia causou a morte de quatro pessoas, entre elas a brasileira Helena Halevy, 59, [ou Illana Halevy, como era chamada em Israel] e seu marido, o israelense Rafi Halevy, 63.

A ação terrorista ocorreu por volta das 21h45 (16h45 de Brasília), perto de um posto de gasolina na entrada do assentamento judaico de Kedumim (norte da Cisjordânia), onde a brasileira e seu marido viviam.

As outras duas vítimas são Shaked Lasker, 16, também de Kedumim, e Reut Feldman, 20, de Herzliya (subúrbio de Tel Aviv). Ambos foram enterrados na tarde desta sexta-feira. O casal Levy será enterrado no domingo (2). Em agosto de 2001, o brasileiro Giora (Jorge) Ballaz, 60, e outras 14 pessoas, morreram em um atentado suicida em um restaurante de Jerusalém. A ação foi reivindicada pelo grupo terrorista Hamas.

Reuters
Carro destruído que foi alvo de atentado nesta quinta-feira
Em julho do ano passado, Dana Galkovitz, 22, foi morta após ser
atingida por um míssil palestino Qassam [de fabricação caseira]. Ela foi enterrada no cemitério de Bror Chail, no sul de Israel.

Consultados pela Folha Online, nem o Itamaraty nem a assessoria de imprensa da Embaixada de Israel puderam dar mais detalhes sobre a brasileira.

O suicida, que estava vestido como um judeu ortodoxo, aparentemente pediu carona às vítimas e detonou os explosivos dentro do veículo, causando, além de sua própria morte, a das outras quatro pessoas.

Até o momento, a polícia não sabe onde exatamente o terrorista conseguiu entrar no carro das vítimas.

O suicida seria Mahmoud Masharka, 24. Seu irmão foi preso em Hebron pelo Exército israelense nesta sexta-feira.

O serviço de resgate israelense informou que médicos não podiam se aproximar do veículo porque este ficou em chamas por aproximadamente uma hora após o ataque. A força da explosão lançou vários pedaços do veículo pela a região.

Uma testemunha citada pelo jornal israelense "Haaretz", Rafaela Segal, moradora de Kedumin, disse ter escutado a explosão de dentro de sua casa, de onde ela podia ver o posto de gasolina. "Eu vi fumaça saindo do posto de gasolina, o que me levou a pensar que o local havia sido atingido por um incêndio", disse.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o ataque, mas pediu para que o Ocidente não interrompa sua ajuda para o novo governo palestino, liderado pelo grupo terrorista e partido político Hamas --que não reconhece o Estado de Israel e prega sua destruição.

Abbas, que está em viagem pela África do sul, também acusou Israel de bloquear o processo de paz e de usar a vitória do Hamas nas eleições palestinas como uma desculpa para reiniciar ataques contra palestinos.

Abbas disse ainda que ataques terroristas não ajudam a conquistar a paz.

O ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, culpou o Hamas pelo ataque ocorrido nesta quinta-feira, embora a ação tenha sido reivindicada por grupos desconhecidos que se disseram ligados ao Fatah [principal grupo político da Organização para a Libertação da Palestina, ligado a Abbas].

Mofaz também ordenou às forças de segurança israelenses que reforcem suas ações contra o terrorismo na Cisjordânia e na faixa de Gaza.

O Exército de Israel proibiu ainda a passagem de palestino com idades entre 15 e 32 anos e algumas regiões de Nablus. Eles também estão fazendo um rígida revista e todas as pessoas que passam pelos postos de checagem nessas regiões.

Leia mais
  • Carro de brasileira queimou por mais de uma hora, diz jornal

    Especial
  • Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
  • Leia o que já foi publicado sobre atentados suicidas na Cisjordânia
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página