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31/03/2006
-
18h27
da Efe, em Bagdá
O prolongamento das divergências entre xiitas e sunitas sobre questões de segurança no Iraque ameaça atrasar a formação do primeiro governo permanente do país desde a deposição do ex-ditador Saddam Hussein, em 2003.
Esse risco ficou claro nesta sexta-feira em declarações feitas por representantes das alianças políticas xiitas e sunitas em entrevista coletiva na residência do presidente interino do Iraque, Jalal Talabani, onde foram retomadas as negociações para formar o novo executivo.
As principais diferenças surgiram entre a governante Aliança Unida Iraquiana (AUI), de confissão xiita, e a Frente do Acordo Nacional do Iraque (Fani), que agrupa os principais partidos árabes sunitas.
A AUI, liderada pelo primeiro-ministro iraquiano interino, Ibrahim al Jaafari, defende que os assuntos de segurança sejam administrados pelo primeiro-ministro, já que a Constituição determina que ele é o comandante supremo das Forças Armadas e de segurança.
Já a Fani ressaltou nas conversas a necessidade da criação de um cargo de vice-primeiro-ministro para assuntos de segurança, posto que seria destinado a um dos deputados do grupo.
"Esse pedido significa retirar as prerrogativas do próximo chefe de governo. Duas autoridades nos organismos de segurança é algo inaceitável, já que cria uma disputa que bloquearia o trabalho dessas instituições", argumentou Yauad Maleki, um dos dirigentes da AUI.
Ainda segundo Maleki, "a situação de violência que vive o país requer a centralização do gerenciamento dos assuntos de segurança, razão pela qual queremos que o primeiro-ministro conserve tal responsabilidade".
Fontes do Fani, por sua vez, alertaram que a rejeição de sua proposta pode significar um impasse que impediria a formação de um governo de união nacional.
Os diálogos tinham sido suspensos nesta quarta-feira (29) devido às divergências entre xiitas e sunitas a respeito de quem presidirá o Conselho de Segurança Nacional do Iraque (CSNI) e outras instituições de peso.
A AUI, que obteve 128 dos 275 cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas de dezembro passado, apresentou seu líder, o primeiro-ministro interino Ibrahim al Jaafari, como candidato à chefia do próximo Executivo.
Sua candidatura foi rejeitada pelos partidos árabes sunitas, xiitas laicos e curdos com o argumento de que Al Jaafari fracassou em restabelecer a estabilidade e os serviços básicos no país desde que assumiu o governo interino, em junho de 2005.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a formação do governo iraquiano
Divergências ameaçam formação de governo permanente do Iraque
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O prolongamento das divergências entre xiitas e sunitas sobre questões de segurança no Iraque ameaça atrasar a formação do primeiro governo permanente do país desde a deposição do ex-ditador Saddam Hussein, em 2003.
Esse risco ficou claro nesta sexta-feira em declarações feitas por representantes das alianças políticas xiitas e sunitas em entrevista coletiva na residência do presidente interino do Iraque, Jalal Talabani, onde foram retomadas as negociações para formar o novo executivo.
As principais diferenças surgiram entre a governante Aliança Unida Iraquiana (AUI), de confissão xiita, e a Frente do Acordo Nacional do Iraque (Fani), que agrupa os principais partidos árabes sunitas.
A AUI, liderada pelo primeiro-ministro iraquiano interino, Ibrahim al Jaafari, defende que os assuntos de segurança sejam administrados pelo primeiro-ministro, já que a Constituição determina que ele é o comandante supremo das Forças Armadas e de segurança.
Já a Fani ressaltou nas conversas a necessidade da criação de um cargo de vice-primeiro-ministro para assuntos de segurança, posto que seria destinado a um dos deputados do grupo.
"Esse pedido significa retirar as prerrogativas do próximo chefe de governo. Duas autoridades nos organismos de segurança é algo inaceitável, já que cria uma disputa que bloquearia o trabalho dessas instituições", argumentou Yauad Maleki, um dos dirigentes da AUI.
Ainda segundo Maleki, "a situação de violência que vive o país requer a centralização do gerenciamento dos assuntos de segurança, razão pela qual queremos que o primeiro-ministro conserve tal responsabilidade".
Fontes do Fani, por sua vez, alertaram que a rejeição de sua proposta pode significar um impasse que impediria a formação de um governo de união nacional.
Os diálogos tinham sido suspensos nesta quarta-feira (29) devido às divergências entre xiitas e sunitas a respeito de quem presidirá o Conselho de Segurança Nacional do Iraque (CSNI) e outras instituições de peso.
A AUI, que obteve 128 dos 275 cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas de dezembro passado, apresentou seu líder, o primeiro-ministro interino Ibrahim al Jaafari, como candidato à chefia do próximo Executivo.
Sua candidatura foi rejeitada pelos partidos árabes sunitas, xiitas laicos e curdos com o argumento de que Al Jaafari fracassou em restabelecer a estabilidade e os serviços básicos no país desde que assumiu o governo interino, em junho de 2005.
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