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06/04/2006
-
18h58
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Um dos principais desafios para as eleições presidenciais mexicanas marcadas para julho deste ano é convencer as pessoas a votar. A opinião é da embaixadora do México no Brasil, Cecilia Soto González, que concorreu à Presidência em 1994 e se prepara para voltar para casa no fim do mês.
Em palestra nesta quinta-feira no Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), González lembrou dos altos índices de abstenção nas eleições do México, onde o voto é facultativo.
Nas últimas eleições, que deram vitória a Vicente Fox, 38% dos eleitores não compareceram às urnas. Neste ano, 45% dos cerca de 70 milhões de pessoas aptas a votar dizem que não irão às urnas.
Mas, se depender da emoção, não faltará combustível para a disputa. As eleições no México estão tecnicamente empatadas. De acordo com sondagem da GEA/ISA, o candidato de esquerda Andrés Manuel López Obrador que liderou as pesquisas pelos últimos dois anos, aparece agora em segundo lugar, atrás do candidato do PAN (centro-direita), Felipe Calderón.
Pela última pesquisa, Calderón tem 36% das intenções de votos e bate Obrador, que aparece com 34% dos votos, enquanto Roberto Madrazo, do PRI (Partido Republicano Institucional), tem 28% dos votos.
Para a embaixadora, após cerca de 70 anos de influência do PRI, "experimenta-se pela primeira vez a doce incerteza de não saber quem vai ganhar".
Fraudes
Um dos mecanismos antifraude que serão adotados neste ano são cédulas com marcas d'água na frente e no verso com diferentes logotipos, impressão invertida, uma microimpressão e imagens ocultas.
Um dos casos mais graves de fraude eleitoral no México ocorreu nas eleições de 1988. A apuração dava clara vantagem ao candidato Cuauhtemoc Cárdenas (Partido da Revolução Democrática, centro-esquerda), do partido de López Obrador, mas o sistema de apuração caiu repentinamente e só voltou a funcionar no dia seguinte, quando os votos davam vantagem a Carlos Salinas de Gortari.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições no México
Abstenção é desafio para eleições no México, diz embaixadora
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da Folha Online, no Rio
Um dos principais desafios para as eleições presidenciais mexicanas marcadas para julho deste ano é convencer as pessoas a votar. A opinião é da embaixadora do México no Brasil, Cecilia Soto González, que concorreu à Presidência em 1994 e se prepara para voltar para casa no fim do mês.
Em palestra nesta quinta-feira no Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), González lembrou dos altos índices de abstenção nas eleições do México, onde o voto é facultativo.
Nas últimas eleições, que deram vitória a Vicente Fox, 38% dos eleitores não compareceram às urnas. Neste ano, 45% dos cerca de 70 milhões de pessoas aptas a votar dizem que não irão às urnas.
Mas, se depender da emoção, não faltará combustível para a disputa. As eleições no México estão tecnicamente empatadas. De acordo com sondagem da GEA/ISA, o candidato de esquerda Andrés Manuel López Obrador que liderou as pesquisas pelos últimos dois anos, aparece agora em segundo lugar, atrás do candidato do PAN (centro-direita), Felipe Calderón.
Pela última pesquisa, Calderón tem 36% das intenções de votos e bate Obrador, que aparece com 34% dos votos, enquanto Roberto Madrazo, do PRI (Partido Republicano Institucional), tem 28% dos votos.
Para a embaixadora, após cerca de 70 anos de influência do PRI, "experimenta-se pela primeira vez a doce incerteza de não saber quem vai ganhar".
Fraudes
Um dos mecanismos antifraude que serão adotados neste ano são cédulas com marcas d'água na frente e no verso com diferentes logotipos, impressão invertida, uma microimpressão e imagens ocultas.
Um dos casos mais graves de fraude eleitoral no México ocorreu nas eleições de 1988. A apuração dava clara vantagem ao candidato Cuauhtemoc Cárdenas (Partido da Revolução Democrática, centro-esquerda), do partido de López Obrador, mas o sistema de apuração caiu repentinamente e só voltou a funcionar no dia seguinte, quando os votos davam vantagem a Carlos Salinas de Gortari.
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