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07/04/2006
-
10h42
da Folha Online
Alan García Perez nasceu em Lima em 23 de maio de 1949, em uma família considerada de classe no Peru. Ex-presidente do país (1985-1990), formou-se em Direito e estudou na Espanha e na França.
Seu pai, Carlos García Ronceros, era secretário do Apra (Aliança Popular Revolucionária Americana) durante o governo de Manuel A. Odría, que declarou o partido ilegal. Ronceros chegou a ser preso devido sua militância política, o que o deixou afastado de sua família por cinco anos.
Em 1973, García foi estudar sociologia na Universidade de Paris. Cinco anos depois --com o diploma nas mãos-- voltou para o Peru.
Aos 36 anos de idade, foi eleito presidente do país (1985), com 45% dos votos no primeiro turno. Alfonso Barrantes Lingán, do partido Esquerda Unida, deveria enfrentá-lo no segundo turno, mas desistiu da disputa;
Com a vitória de García --na época o presidente mais jovem da América Latina-- foi a primeira vez que o populista Apra chegou ao poder no país.
Mandato
Apesar de sua popularidade entre os eleitores peruanos, o mandato de Garcia foi marcado pela hiperinflação --que chegou a 7,649% em 1990 e causou profunda instabilidade na economia peruana.
No final de sua administração, as reservas nacionais estavam negativas em US$ 900 milhões.
García deixou a Presidência do Peru com o país isolado da comunidade internacional, atingido por violentos ataques do grupo terrorista Shining Path e cercado pelos altos níveis de pobreza.
Exílio
Em 1992, García foi para um exílio na França, depois do golpe militar dado pelo ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000). O novo governo reabriu acusações contra García, que teria recebido milhões em propinas. À época, ele negou as acusações.
Depois de viver cerca de oito anos na Colômbia, ele voltou ao Peru em 2001 para disputar a Presidência. Apenas 90 dias depois de retornar ao país, conseguiu obter 48% dos votos, mas foi derrotado por uma pequena diferença por Toledo.
Desde 2001, à frente do Apra, lidera a oposição no Congresso do Peru.
Popularidade
Apesar do mandato conturbado, García continua a ser uma figura muito popular no Peru devido às suas habilidades de oratória. Em seu país, é chamado de "melhor orador da América Latina".
No entanto, críticos dizem que as más decisões tomadas durante seu mandato levaram a um governo autoritário como o de Fujimori.
Apesar disso, seu partido considera que sua candidatura representa a melhor chance para que o Apra retome o poder no Peru.
Especial
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Ex-presidente, García é um dos políticos mais populares do Peru
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Alan García Perez nasceu em Lima em 23 de maio de 1949, em uma família considerada de classe no Peru. Ex-presidente do país (1985-1990), formou-se em Direito e estudou na Espanha e na França.
Seu pai, Carlos García Ronceros, era secretário do Apra (Aliança Popular Revolucionária Americana) durante o governo de Manuel A. Odría, que declarou o partido ilegal. Ronceros chegou a ser preso devido sua militância política, o que o deixou afastado de sua família por cinco anos.
04.abr.2006/AP |
Alan García, candidato à Presidência do Peru |
Aos 36 anos de idade, foi eleito presidente do país (1985), com 45% dos votos no primeiro turno. Alfonso Barrantes Lingán, do partido Esquerda Unida, deveria enfrentá-lo no segundo turno, mas desistiu da disputa;
Com a vitória de García --na época o presidente mais jovem da América Latina-- foi a primeira vez que o populista Apra chegou ao poder no país.
Mandato
Apesar de sua popularidade entre os eleitores peruanos, o mandato de Garcia foi marcado pela hiperinflação --que chegou a 7,649% em 1990 e causou profunda instabilidade na economia peruana.
No final de sua administração, as reservas nacionais estavam negativas em US$ 900 milhões.
García deixou a Presidência do Peru com o país isolado da comunidade internacional, atingido por violentos ataques do grupo terrorista Shining Path e cercado pelos altos níveis de pobreza.
Exílio
Em 1992, García foi para um exílio na França, depois do golpe militar dado pelo ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000). O novo governo reabriu acusações contra García, que teria recebido milhões em propinas. À época, ele negou as acusações.
Depois de viver cerca de oito anos na Colômbia, ele voltou ao Peru em 2001 para disputar a Presidência. Apenas 90 dias depois de retornar ao país, conseguiu obter 48% dos votos, mas foi derrotado por uma pequena diferença por Toledo.
Desde 2001, à frente do Apra, lidera a oposição no Congresso do Peru.
Popularidade
Apesar do mandato conturbado, García continua a ser uma figura muito popular no Peru devido às suas habilidades de oratória. Em seu país, é chamado de "melhor orador da América Latina".
No entanto, críticos dizem que as más decisões tomadas durante seu mandato levaram a um governo autoritário como o de Fujimori.
Apesar disso, seu partido considera que sua candidatura representa a melhor chance para que o Apra retome o poder no Peru.
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