Publicidade
Publicidade
07/04/2006
-
12h05
da Folha Online
Com 31% das intenções de voto, o nacionalista Ollanta Humala, que concorre pelo partido União pelo Peru, é considerado favorito na disputa presidencial, mas deve disputar o segundo turno.
Simpatizante de Hugo Chávez e Evo Morales, sua eventual vitória preocupa investidores estrangeiros e alguns setores financeiros peruanos devido à à sua proposta de nacionalizar indústrias estratégicas do país --como a dos hidrocarbonetos.
Nas pesquisas de intenção de voto, Humala é seguido por Lourdes Flores (direita), com 26%, e o candidato de centro Alan García, com 23%.
Filho de um advogado de Ayacucho, Humala estudou no Colégio Franco Peruano, em Lima, e deu início a uma carreira militar em 1982, ao entrar para a Escola Militar de Chorrillos.
Em 1991, promovido a capitão do Exército, passou a estudar na Escola de Inteligência Militar do Peru e se tornou integrante do Grupo Cacerista.
A organização clandestina era, na época, investigada pelo diretor da escola e composta de militares retirados que se opunham ao que viam como "corrupção" no Exército peruano, apoiando uma ideologia nacionalista.
Rebelião
Em 1992, serviu em Tingo María, na região de Huánuco, e, em 1995, atuou na Guerra de Cenepa, na fronteira com o Equador. Em 2002, liderou uma rebelião em Toquepala, na região de Tacna, contra o então presidente Alberto Fujimori (1990-2000) .
Após o fim do movimento, o Exército peruano tentou capturar Humala, mas ele e seus partidários se esconderam até a deposição de Fujimori, quando Valentín Paniagua Corazao se tornou presidente interino.
Humala recebeu então o perdão do Congresso e teve permissão para retornar ao serviço militar. Ele foi enviado a Paris e, em seguida, à Coréia do Sul, onde ficou até dezembro de 2004, quando foi forçado a se aposentar.
Polêmica
Em outubro de 2005, Humala se tornou líder do Partido Nacionalista Peruano. No mesmo ano, líderes da comunidade judaica no Peru acusaram Humala e seus partidários de serem "xenófobos".
Recentemente, sua mãe, Elena Tasso, 70, causou polêmica ao dizer que, se estivesse no poder, "fuzilaria todos os homossexuais", pois, segundo ela, "eles são aberrações". Após as declarações, Humala pediu a seus familiares que evitassem dar novas declarações à imprensa, "a fim de evitar deturpações".
Dois de seus irmãos também disputam as eleições deste domingo. Antauro Humala concorre a uma vaga no Congresso, e Ulisses Humala disputa a Presidência, ambos pelo partido ultranacionalista Avança País.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ollanta Humala
Leia o que já foi publicado sobre Lourdes Flores
Leia o que já foi publicado sobre Alan García
Leia o que já foi publicado sobre as eleições peruanas
Vantagem de Humala preocupa investidores no Peru
Publicidade
Com 31% das intenções de voto, o nacionalista Ollanta Humala, que concorre pelo partido União pelo Peru, é considerado favorito na disputa presidencial, mas deve disputar o segundo turno.
Simpatizante de Hugo Chávez e Evo Morales, sua eventual vitória preocupa investidores estrangeiros e alguns setores financeiros peruanos devido à à sua proposta de nacionalizar indústrias estratégicas do país --como a dos hidrocarbonetos.
04.abr.2006/AP |
Ollahnta Humala, candidato à Presidência do Peru |
Filho de um advogado de Ayacucho, Humala estudou no Colégio Franco Peruano, em Lima, e deu início a uma carreira militar em 1982, ao entrar para a Escola Militar de Chorrillos.
Em 1991, promovido a capitão do Exército, passou a estudar na Escola de Inteligência Militar do Peru e se tornou integrante do Grupo Cacerista.
A organização clandestina era, na época, investigada pelo diretor da escola e composta de militares retirados que se opunham ao que viam como "corrupção" no Exército peruano, apoiando uma ideologia nacionalista.
Rebelião
Em 1992, serviu em Tingo María, na região de Huánuco, e, em 1995, atuou na Guerra de Cenepa, na fronteira com o Equador. Em 2002, liderou uma rebelião em Toquepala, na região de Tacna, contra o então presidente Alberto Fujimori (1990-2000) .
Após o fim do movimento, o Exército peruano tentou capturar Humala, mas ele e seus partidários se esconderam até a deposição de Fujimori, quando Valentín Paniagua Corazao se tornou presidente interino.
Humala recebeu então o perdão do Congresso e teve permissão para retornar ao serviço militar. Ele foi enviado a Paris e, em seguida, à Coréia do Sul, onde ficou até dezembro de 2004, quando foi forçado a se aposentar.
Polêmica
Em outubro de 2005, Humala se tornou líder do Partido Nacionalista Peruano. No mesmo ano, líderes da comunidade judaica no Peru acusaram Humala e seus partidários de serem "xenófobos".
Recentemente, sua mãe, Elena Tasso, 70, causou polêmica ao dizer que, se estivesse no poder, "fuzilaria todos os homossexuais", pois, segundo ela, "eles são aberrações". Após as declarações, Humala pediu a seus familiares que evitassem dar novas declarações à imprensa, "a fim de evitar deturpações".
Dois de seus irmãos também disputam as eleições deste domingo. Antauro Humala concorre a uma vaga no Congresso, e Ulisses Humala disputa a Presidência, ambos pelo partido ultranacionalista Avança País.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice