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09/04/2006
-
06h30
da Efe, em Jerusalém
Os representantes do primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, começam hoje as negociações oficiais para formar novo Governo após a vitória de seu partido, Kadima, nas eleições de 28 de março.
As negociações, que se acontecem na cidade de Ramat Gan, próxima a Tel Aviv, começarão com uma primeira rodada de contato entre os delegados do Kadima e os do Partido Trabalhista, informaram fontes do partido.
Kadima ganhou as eleições com 29 cadeiras, e o presidente de Israel, Moshé Katsav, encarregou na quinta-feira passada seu líder, Olmert, da formação do novo Executivo, missão para a qual terá quatro semanas e uma prorrogação posterior de 14 dias.
Em princípio, o Partido Trabalhista, segunda força política no Parlamento ou "Knesset" com 19 cadeiras, deveria ser o parceiro preferencial na coalizão de Governo, mas sua incorporação depende de o Kadima aceitar uma série de medidas de caráter social.
Entre elas estão o aumento do salário mínimo, um sistema obrigatório de pensões e a devolução aos menos privilegiados das ajudas estatais que o anterior Governo anulou ou recortou.
A frente pacifista Meretz exortou ontem aos trabalhistas a não participarem de nenhum governo que inclua também representantes da formação ultranacionalista Israel Beiteinu, que obteve 11 cadeiras e é um das candidatas possíveis a se aliar com o Kadima.
Os delegados do partido vencedor das eleições se reunirão com os de Israel Beiteinu hoje, após fazê-lo com os do Trabalhismo, do ultraortodoxo Shas e do Likud.
Olmert assegurou que não vetará a entrada de nenhum partido desde que aceite seu programa de governo, com a evacuação de uma parte dos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Segundo a imprensa local, o líder israelense propõe uma retirada de 90% dos 5.400 quilômetros da Cisjordânia, o desmantelamento de dezenas de assentamentos judaicos e o despejo de 90.000 de 220.000 colonos.
A maioria desses colonos seria transferida a grandes blocos de colônias junto à Linha verde --entre elas as de Ma'aleh Adumim, Gush Etzión e Ariel-, ainda sobre território ocupado.
Por esta razão, e por rivalidades de caráter interno, fontes do Likud consideram que as possibilidades de entrar no governo de Olmert "são muito pequenas".
O Kadima se separou do Likud após a crise interna que originou a retirada da Faixa de Gaza em agosto passado. Em sua campanha eleitoral, o Likud assegurou que não colaborará com uma iniciativa similar na Cisjordânia.
A aspiração do designado primeiro-ministro é criar uma coalizão o mais ampla possível, reconheceu aos meios de comunicação na quinta-feira, ao receber o mandato presidencial para formar governo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições em Israel
Olmert inicia negociações para formar novo governo israelense
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Os representantes do primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, começam hoje as negociações oficiais para formar novo Governo após a vitória de seu partido, Kadima, nas eleições de 28 de março.
As negociações, que se acontecem na cidade de Ramat Gan, próxima a Tel Aviv, começarão com uma primeira rodada de contato entre os delegados do Kadima e os do Partido Trabalhista, informaram fontes do partido.
Kadima ganhou as eleições com 29 cadeiras, e o presidente de Israel, Moshé Katsav, encarregou na quinta-feira passada seu líder, Olmert, da formação do novo Executivo, missão para a qual terá quatro semanas e uma prorrogação posterior de 14 dias.
Em princípio, o Partido Trabalhista, segunda força política no Parlamento ou "Knesset" com 19 cadeiras, deveria ser o parceiro preferencial na coalizão de Governo, mas sua incorporação depende de o Kadima aceitar uma série de medidas de caráter social.
Entre elas estão o aumento do salário mínimo, um sistema obrigatório de pensões e a devolução aos menos privilegiados das ajudas estatais que o anterior Governo anulou ou recortou.
A frente pacifista Meretz exortou ontem aos trabalhistas a não participarem de nenhum governo que inclua também representantes da formação ultranacionalista Israel Beiteinu, que obteve 11 cadeiras e é um das candidatas possíveis a se aliar com o Kadima.
Os delegados do partido vencedor das eleições se reunirão com os de Israel Beiteinu hoje, após fazê-lo com os do Trabalhismo, do ultraortodoxo Shas e do Likud.
Olmert assegurou que não vetará a entrada de nenhum partido desde que aceite seu programa de governo, com a evacuação de uma parte dos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Segundo a imprensa local, o líder israelense propõe uma retirada de 90% dos 5.400 quilômetros da Cisjordânia, o desmantelamento de dezenas de assentamentos judaicos e o despejo de 90.000 de 220.000 colonos.
A maioria desses colonos seria transferida a grandes blocos de colônias junto à Linha verde --entre elas as de Ma'aleh Adumim, Gush Etzión e Ariel-, ainda sobre território ocupado.
Por esta razão, e por rivalidades de caráter interno, fontes do Likud consideram que as possibilidades de entrar no governo de Olmert "são muito pequenas".
O Kadima se separou do Likud após a crise interna que originou a retirada da Faixa de Gaza em agosto passado. Em sua campanha eleitoral, o Likud assegurou que não colaborará com uma iniciativa similar na Cisjordânia.
A aspiração do designado primeiro-ministro é criar uma coalizão o mais ampla possível, reconheceu aos meios de comunicação na quinta-feira, ao receber o mandato presidencial para formar governo.
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