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10/04/2006 - 14h53

Franceses protestam por mais mudanças em lei trabalhista

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da Folha Online

Líderes sindicais fizeram uma convocação por mais protestos em toda a França nesta segunda-feira, apesar da decisão do governo de revogar o polêmico CPE (Contrato do Primeiro Emprego). As novas manifestações incluem uma marcha que deve ocorrer amanhã em Paris.

Segundo os líderes, a intenção dos protestos é "manter a pressão" sobre o governo enquanto as mudanças na lei são votadas e implementadas.

"Não vamos parar por aqui", afirmou Chahla Youssef, porta-voz de uma das principais organizações estudantis. Segundo ela, as concessões do governo foram "uma pequena vitória", mas a lei trabalhista deveria ser revogada "por inteiro"-- e não apenas o polêmico CPE.

"Nós fomos capazes de fazer o governo voltar atrás neste ponto e conseguiremos fazer com que revoguem a lei por inteiro se mantivermos a pressão", acrescentou Youssef.

Entre os pontos da legislação trabalhista para os quais os opositores exigem mudanças está uma lei que permite que adolescentes ingressem aos 14 anos em programas de aprendiz, em vez de aos 16.

Revogação

Nesta segunda-feira, o presidente francês, Jacques Chirac, anunciou a revogação da lei. O premiê francês, Dominique de Villepin, disse em comunicado exibido na TV francesa que "lamenta" que os eventos ocorridos no país tenham mostrado que "o CPE não poderá ser aplicado".

"As condições necessárias de confiança e calma não estão presentes, nem entre os jovens nem entre as empresas, para permitir a aplicação do CPE", disse Villepin durante o comunicado.

Detalhes das mudanças na lei devem ser divulgados ainda hoje e a nova proposta deve ser apresentada ao Parlamento francês nesta semana.

O CPE pretendia reduzir o desemprego entre os jovens, facilitando sua contratação. Mas uma cláusula da lei, que permitia ao empregador demitir sem justificativa ou indenização, desagradou aos jovens.

Protestos

Intensos protestos contra a lei ocorridos nas últimas semanas em todo a França --que chegaram a reunir mais de 1 milhão de pessoas-- prejudicaram a popularidade de Villepin, que deve ser candidato à Presidência em 2007.

Uma pesquisa publicada no jornal francês "Liberation" mostrou que sua popularidade entre os franceses caiu de 49% em janeiro para 25% em abril.

De acordo com o estudo, opiniões negativas a seu respeito subiram de 56% para 64% no mesmo período.

Com agências internacionais

Especial
  • Veja galeria de fotos dos protestos na França
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