Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/04/2006 - 13h49

Procissão da Via-Crúcis reúne milhares em Jerusalém

Publicidade

da Efe, em Jerusalém

Milhares de peregrinos estrangeiros e de membros da comunidade árabe-cristã participaram nesta Sexta-Feira Santa da procissão pelas 14 estações da Via-Crúcis, que termina no Santo Sepulcro, em Jerusalém.

A tradicional procissão, que começou em uma escola árabe onde ficava o tribunal do governador romano Pôncio Pilatos, percorreu lentamente as 14 estações do calvário de Jesus Cristo orando e lendo os Evangelhos em cada uma delas, sob a condução de monges da ordem franciscana, custódios da Terra Santa há mais de 800 anos.

Nas orações e conversas dos milhares de peregrinos e turistas, se misturavam a maioria dos idiomas dos países católicos e o hebraico de um número considerável de judeus israelenses.

"Para nós, estar aqui é como fazer turismo no exterior, porque geralmente, no dia a dia, estamos muito longe de tudo isto", disse à Avner, um jovem judeu da cidade de Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, que foi a Jerusalém especialmente para participar da procissão.

A maioria dos israelenses desconhece totalmente os ritos cristãos, mas, nos últimos dias, muitos deles escolheram justamente a Cidade Antiga de Jerusalém --onde ficam a Via-Crúcis, o Santo Sepulcro e o Muro das Lamentações-- para fazer turismo, pois a Semana Santa coincide este ano com a Páscoa judaica (Pessach).

Sob um sol radiante, a procissão seguiu seu habitual itinerário pela Segunda Estação, na Igreja da Flagelação, onde fica a capela do Suplício. No local, Jesus Cristo foi vestido de púrpura e teve uma coroa de espinhos posta na cabeça.

A procissão, de um quilômetro e meio, demora mais de duas horas e transcorre pelas estreitas ruas do mercado árabe da Cidade Antiga.

Estação após estação, os peregrinos rezaram e cantaram lembrando os passos de Cristo, atrás de uma modesta cruz de madeira de oliveira que abria a procissão.

"Nós não precisamos nem de ouro, nem de prata. Nossa prata é cada uma das estações, e nosso ouro é Sua mensagem, uma mensagem de paz que saiu deste lugar", disse o padre Peter, um monge franciscano de origem palestina, enquanto esperava o começo da procissão.

Depois de passar pelo mercado árabe, a procissão terminou no Santo Sepulcro, onde ficam as cinco últimas estações e onde milhares de pessoas esperavam a chegada da cruz.

Na entrada do templo, cujas chaves são guardadas há mais de doze séculos por uma família muçulmana, os peregrinos se concentraram de manhã cedo ao redor da Pedra da Unção do corpo sem vida de Jesus.

Perto da Pedra da Unção ficam o Gólgota, ou Calvário, lugar da Crucificação, de um lado, e o sepulcro vazio de Cristo, do outro.

A Via-Crúcis é um dos momentos mais importantes da Semana Santa em Jerusalém.

Os ritos começam com a procissão de Domingo de Ramos, que marca a entrada de Cristo em Jerusalém sob aclamação do povo.

Prosseguem com as cerimônias da Quinta-Feira Santa no Cenáculo e na basílica da Agonia, localizada no Jardim do Getsêmani, onde foi lida a liturgia e foram derramadas pétalas de rosas, símbolo das lágrimas de Cristo, na pedra sobre a qual Ele rezou antes de ser preso por soldados romanos.

Amanhã, serão realizadas as cerimônias da água e do fogo do Sábado de Aleluia e, no domingo, será celebrada a grande missa da Ressurreição do Senhor.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Semana Santa
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página