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18/04/2006
-
01h05
da Efe, nas Nações Unidas
Os membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediram nesta segunda-feira (17) o fim da violência no Oriente Médio e convidaram palestinos e israelenses a retornarem ao processo de paz estipulado pelo Mapa do Caminho.
Nenhuma decisão foi tomada na sessão convocada para debater as ações militares israelenses em territórios ocupados, após o fracasso da adoção de uma declaração presidencial na semana passada.
O observador permanente palestino perante a ONU, Riyad Mansour, recordou a escalada dos ataques militares israelenses nos territórios ocupados, especialmente na Faixa de Gaza, desde o início de abril, que causaram a morte de 21 palestinos, entre eles, duas crianças.
Mansour afirmou que o objetivo de Israel durante os 39 anos de ocupação é causar "o maior sofrimento possível aos palestinos, enquanto reforça a ocupação e continua colonizando a terra palestina".
O observador palestino pediu à comunidade internacional e, especialmente ao Conselho de Segurança, que "mostre mais decisão para abordar a situação, tanto no terreno como no aspecto político". Ele também pediu que se encerre as políticas consideradas desiguais.
O silêncio e a passividade diante das "políticas ilegais de Israel" contra os palestinos e a aplicação de uma "punição coletiva aos palestinos numa tentativa de isolar política e economicamente este povo por terem eleito seu governo democraticamente" são exemplos desse desequilíbrio.
Durante a reunião, os quinze membros do Conselho condenaram o ataque suicida de ontem (17), em Tel Aviv, que tirou a vida de nove pessoas e deixou cerca de 40 feridos, além de lamentarem que o novo governo do Hamas se negue a rejeitar o terrorismo.
O embaixador de Israel, Dan Guillerman, afirmou que o atentado suicida desta segunda-feira não foi "produzido no vazio", e faz parte da política de "ódio" do novo governo palestino, que fica clara em vários comentários de seus líderes e consideradas "declarações de guerra".
Guillerman aproveitou a ocasião para relacionar o terrorismo palestino ao Irã, e citou as declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que Israel deveria ser "apagado do mapa". Ele ainda anunciou que seu país está enriquecendo urânio.
"Peço à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança que atuem para prevenir as próximas mortes que estão a ponto de acontecer", disse.
O embaixador dos Estados Unidos, John Bolton, saiu em defesa de Israel e do direito à legítima defesa. Ele lembrou o aumentou do número de foguetes Qassam, lançados por ativistas palestinos.
Após pedir que palestinos e israelenses voltem ao processo de paz do Mapa de Caminho, Bolton afirmou que a ONU não deve se posicionar a favor de nenhuma das partes.
Bolton justificou sua postura contra a adoção de uma declaração presidencial para condenar Israel, apoiada pelos outros 14 membros do Conselho, na semana passada.
O diplomata americano também afirmou que esse tipo de reunião no Conselho "contribui pouco para melhorar a situação", desviando o foco dos problemas reais e impedindo o avanço no processo de paz.
Os outros membros do Conselho de Segurança concordaram sobre a necessidade do respeito mútuo entre os dois países e da moderação de suas ações, e pediram a volta das negociações para o processo de paz, com base no Mapa de Caminho.
Por outro lado, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou que no dia nove de maio, o Quarteto para a Paz --formado pela ONU, UE, EUA e Rússia-- se reunirá em Nova York para debater os próximos passos sobre o novo governo palestino, liderado pelo grupo extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições legislativas de janeiro passado.
Também será analisada a ajuda à Autoridade Nacional Palestina, depois que a UE, o maior contribuinte, decidiu suspendê-la temporariamente, enquanto os EUA a distribuem através da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNWRA).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Conselho de Segurança da ONU
Conselho de Segurança da ONU pede o fim da violência no Oriente Médio
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Os membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediram nesta segunda-feira (17) o fim da violência no Oriente Médio e convidaram palestinos e israelenses a retornarem ao processo de paz estipulado pelo Mapa do Caminho.
Nenhuma decisão foi tomada na sessão convocada para debater as ações militares israelenses em territórios ocupados, após o fracasso da adoção de uma declaração presidencial na semana passada.
O observador permanente palestino perante a ONU, Riyad Mansour, recordou a escalada dos ataques militares israelenses nos territórios ocupados, especialmente na Faixa de Gaza, desde o início de abril, que causaram a morte de 21 palestinos, entre eles, duas crianças.
Mansour afirmou que o objetivo de Israel durante os 39 anos de ocupação é causar "o maior sofrimento possível aos palestinos, enquanto reforça a ocupação e continua colonizando a terra palestina".
O observador palestino pediu à comunidade internacional e, especialmente ao Conselho de Segurança, que "mostre mais decisão para abordar a situação, tanto no terreno como no aspecto político". Ele também pediu que se encerre as políticas consideradas desiguais.
O silêncio e a passividade diante das "políticas ilegais de Israel" contra os palestinos e a aplicação de uma "punição coletiva aos palestinos numa tentativa de isolar política e economicamente este povo por terem eleito seu governo democraticamente" são exemplos desse desequilíbrio.
Durante a reunião, os quinze membros do Conselho condenaram o ataque suicida de ontem (17), em Tel Aviv, que tirou a vida de nove pessoas e deixou cerca de 40 feridos, além de lamentarem que o novo governo do Hamas se negue a rejeitar o terrorismo.
O embaixador de Israel, Dan Guillerman, afirmou que o atentado suicida desta segunda-feira não foi "produzido no vazio", e faz parte da política de "ódio" do novo governo palestino, que fica clara em vários comentários de seus líderes e consideradas "declarações de guerra".
Guillerman aproveitou a ocasião para relacionar o terrorismo palestino ao Irã, e citou as declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de que Israel deveria ser "apagado do mapa". Ele ainda anunciou que seu país está enriquecendo urânio.
"Peço à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança que atuem para prevenir as próximas mortes que estão a ponto de acontecer", disse.
O embaixador dos Estados Unidos, John Bolton, saiu em defesa de Israel e do direito à legítima defesa. Ele lembrou o aumentou do número de foguetes Qassam, lançados por ativistas palestinos.
Após pedir que palestinos e israelenses voltem ao processo de paz do Mapa de Caminho, Bolton afirmou que a ONU não deve se posicionar a favor de nenhuma das partes.
Bolton justificou sua postura contra a adoção de uma declaração presidencial para condenar Israel, apoiada pelos outros 14 membros do Conselho, na semana passada.
O diplomata americano também afirmou que esse tipo de reunião no Conselho "contribui pouco para melhorar a situação", desviando o foco dos problemas reais e impedindo o avanço no processo de paz.
Os outros membros do Conselho de Segurança concordaram sobre a necessidade do respeito mútuo entre os dois países e da moderação de suas ações, e pediram a volta das negociações para o processo de paz, com base no Mapa de Caminho.
Por outro lado, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou que no dia nove de maio, o Quarteto para a Paz --formado pela ONU, UE, EUA e Rússia-- se reunirá em Nova York para debater os próximos passos sobre o novo governo palestino, liderado pelo grupo extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições legislativas de janeiro passado.
Também será analisada a ajuda à Autoridade Nacional Palestina, depois que a UE, o maior contribuinte, decidiu suspendê-la temporariamente, enquanto os EUA a distribuem através da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNWRA).
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