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19/04/2006
-
22h26
da Efe, em Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que, se os Estados Unidos invadirem o seu país, vai mandar explodir os poços de petróleo.
"Se invadirem a Venezuela, a única alternativa será fazer o mesmo que os iraquianos: vamos explodir os campos petrolíferos. O nosso petróleo eles não vão levar", disse Chávez.
O aviso foi feito num discurso em Assunção, onde Chávez participou de uma reunião com os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Paraguai, Nicanor Duarte; e do Uruguai, Tabaré Vázquez. O pronunciamento foi transmitido pela rede de TV estatal da Venezuela.
O presidente venezuelano já tinha afirmado em outras ocasiões que, no caso de uma invasão americana, o fornecimento de petróleo seria suspenso. Mas, em nenhuma das ameaças anteriores, chegou a dizer que explodiria os poços.
Chávez repetiu que a crise entre Caracas e Washington, que começou com a sua chegada ao poder, em 1999, não se deve a divergências ideológicas ou políticas, e sim ao interesse americano no acesso direto às reservas venezuelanas de petróleo e gás.
Segundo ele, a invasão do Iraque e a política externa americana seguem os mesmos propósitos.
Chávez afirmou que o interesse na energia venezuelana se explica pelo modelo consumista de desenvolvimento dos EUA, que leva o país a uma inevitável crise energética.
O presidente disse que, antes da sua chegada ao poder, as relações entre os dois países não eram problemáticas, "porque eles já contabilizavam as reservas venezuelanas como se fossem suas".
A Venezuela possui as principais fontes de gás do continente, seguida pela Bolívia, e as maiores reservas de petróleo do mundo. Na Faixa Petrolífera El Orinoco, a estimativa é de 325 bilhões de barris.
Chávez diz que o fracassado golpe de Estado que sofreu em abril de 2002 tinha como objetivo estabelecer um governo que garantisse o pleno acesso de Washington aos recursos energéticos venezuelanos.
Ele admite o fornecimento de petróleo e gás aos EUA, mas de forma secundária. "O petróleo e o gás venezuelanos são primeiro para a Venezuela, depois para garantir o desenvolvimento de uma América Latina unida e depois para os outros países, entre eles os EUA", afirmou.
A construção do grande gasoduto do sul, conectando as jazidas venezuelanas com a Argentina, faz parte do tratamento preferencial às nações latino-americanas.
O projeto do gasoduto foi um dos assuntos abordados hoje na reunião de Assunção.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Hugo Chávez
Chávez diz que explodiria poços em caso de invasão dos EUA
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que, se os Estados Unidos invadirem o seu país, vai mandar explodir os poços de petróleo.
"Se invadirem a Venezuela, a única alternativa será fazer o mesmo que os iraquianos: vamos explodir os campos petrolíferos. O nosso petróleo eles não vão levar", disse Chávez.
O aviso foi feito num discurso em Assunção, onde Chávez participou de uma reunião com os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Paraguai, Nicanor Duarte; e do Uruguai, Tabaré Vázquez. O pronunciamento foi transmitido pela rede de TV estatal da Venezuela.
O presidente venezuelano já tinha afirmado em outras ocasiões que, no caso de uma invasão americana, o fornecimento de petróleo seria suspenso. Mas, em nenhuma das ameaças anteriores, chegou a dizer que explodiria os poços.
Chávez repetiu que a crise entre Caracas e Washington, que começou com a sua chegada ao poder, em 1999, não se deve a divergências ideológicas ou políticas, e sim ao interesse americano no acesso direto às reservas venezuelanas de petróleo e gás.
Segundo ele, a invasão do Iraque e a política externa americana seguem os mesmos propósitos.
Chávez afirmou que o interesse na energia venezuelana se explica pelo modelo consumista de desenvolvimento dos EUA, que leva o país a uma inevitável crise energética.
O presidente disse que, antes da sua chegada ao poder, as relações entre os dois países não eram problemáticas, "porque eles já contabilizavam as reservas venezuelanas como se fossem suas".
A Venezuela possui as principais fontes de gás do continente, seguida pela Bolívia, e as maiores reservas de petróleo do mundo. Na Faixa Petrolífera El Orinoco, a estimativa é de 325 bilhões de barris.
Chávez diz que o fracassado golpe de Estado que sofreu em abril de 2002 tinha como objetivo estabelecer um governo que garantisse o pleno acesso de Washington aos recursos energéticos venezuelanos.
Ele admite o fornecimento de petróleo e gás aos EUA, mas de forma secundária. "O petróleo e o gás venezuelanos são primeiro para a Venezuela, depois para garantir o desenvolvimento de uma América Latina unida e depois para os outros países, entre eles os EUA", afirmou.
A construção do grande gasoduto do sul, conectando as jazidas venezuelanas com a Argentina, faz parte do tratamento preferencial às nações latino-americanas.
O projeto do gasoduto foi um dos assuntos abordados hoje na reunião de Assunção.
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