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20/04/2006
-
08h46
da Folha Online
Policiais nepaleses abriram fogo contra uma multidão de dezenas de milhares de pessoas em uma manifestação contra o governo do rei Gyanendra nesta quinta-feira, matando ao menos três manifestantes.
Desde 6 de abril, quando as manifestações tiveram início com uma greve geral no país, ao menos dez pessoas já haviam sido mortas pela polícia.
A multidão desafiou um toque de recolher imposto pelo governo e tomou as ruas em direção à capital, Katmandu. Outras 40 pessoas ficaram feridas e estão em estado grave, segundo médicos do Hospital Modelo, na capital.
O confronto aconteceu na região de Kalanki, na área oeste de Katmandu, segundo Kunjan Aryal, líder de um grupo de direitos humanos do Nepal. "Nossos voluntários já recolheram dezenas de feridos e há muitos mais esperando auxílio médico", disse Aryal, cujo escritório se localiza na região.
A violência aconteceu quando cerca de 30 mil moradores de cidades da região de Katmandu marchavam em direção ao centro da capital.
Policiais bloquearam a principal estrada para a cidade e tentaram conter a multidão lançando bombas de gás lacrimogêneo. Em seguida, passaram a atirar contra a multidão, segundo testemunhas.
Toque de recolher
O clima em Katmandu é de confronto, com soldados e policiais patrulhando as ruas. Os membros das forças de segurança receberam ordens para atirar contra qualquer pessoa que desrespeitar o toque de recolher.
Segundo o governo, o toque de recolher imposto entre as 2h (17h de quarta-feira em Brasília) e as 20h (11h de Brasília) desta quinta-feira era necessário para impedir partidos de oposição de realizarem uma grande manifestação.
No entanto, moradores do centro de Katmandu saíram nos telhados das casas, assobiando e batendo pratos. Manifestantes utilizaram telefones celulares para se mobilizarem para manifestações.
Diplomatas, jornalistas e ativistas dos direitos humanos não receberam permissão para circularem livremente nas ruas nesta quinta-feira, como costumava acontecer na imposição de toques de recolher anteriores.
Protestos
Em Kirtipur, a sudoeste de Katmandu, 5.000 pessoas se manifestaram nesta quinta-feira. Não houve imposição de toque de recolher na região rural.
Nesta quinta-feira, o rei Gyanendra se reuniu durante duas horas com Karan Singh, representante enviado pela Índia, no Palácio Real, no centro de Katmandu. O governo não divulgou o teor da conversa.
No entanto, a Índia --que se opõe à instalação do caos no país vizinho-- enviou Singh ao Nepal nesta quarta-feira para pressionar o rei a assumir um compromisso com os partidos de oposição, que exigem uma Constituição que limite ou elimine os poderes da monarquia. Antes de se reunir com Gyanendra, Singh conversou com vários líderes da oposição.
Duas semanas de violentos protestos e uma greve geral contra o governo paralisaram o Nepal, deixando cidades sem alimentos e combustível e o país em seu momento mais delicado desde que Gyanendra tomou o poder absoluto, há 14 meses.
O governo de Gyanendra afirma que insurgentes comunistas --aliados à oposição-- organizam as manifestações para instigar as violência no país.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Nepal
Leia o que já foi publicado sobre o rei Gyanendra
Polícia mata ao menos três em protestos contra governo no Nepal
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Policiais nepaleses abriram fogo contra uma multidão de dezenas de milhares de pessoas em uma manifestação contra o governo do rei Gyanendra nesta quinta-feira, matando ao menos três manifestantes.
Desde 6 de abril, quando as manifestações tiveram início com uma greve geral no país, ao menos dez pessoas já haviam sido mortas pela polícia.
A multidão desafiou um toque de recolher imposto pelo governo e tomou as ruas em direção à capital, Katmandu. Outras 40 pessoas ficaram feridas e estão em estado grave, segundo médicos do Hospital Modelo, na capital.
O confronto aconteceu na região de Kalanki, na área oeste de Katmandu, segundo Kunjan Aryal, líder de um grupo de direitos humanos do Nepal. "Nossos voluntários já recolheram dezenas de feridos e há muitos mais esperando auxílio médico", disse Aryal, cujo escritório se localiza na região.
A violência aconteceu quando cerca de 30 mil moradores de cidades da região de Katmandu marchavam em direção ao centro da capital.
Policiais bloquearam a principal estrada para a cidade e tentaram conter a multidão lançando bombas de gás lacrimogêneo. Em seguida, passaram a atirar contra a multidão, segundo testemunhas.
Toque de recolher
O clima em Katmandu é de confronto, com soldados e policiais patrulhando as ruas. Os membros das forças de segurança receberam ordens para atirar contra qualquer pessoa que desrespeitar o toque de recolher.
Segundo o governo, o toque de recolher imposto entre as 2h (17h de quarta-feira em Brasília) e as 20h (11h de Brasília) desta quinta-feira era necessário para impedir partidos de oposição de realizarem uma grande manifestação.
No entanto, moradores do centro de Katmandu saíram nos telhados das casas, assobiando e batendo pratos. Manifestantes utilizaram telefones celulares para se mobilizarem para manifestações.
Diplomatas, jornalistas e ativistas dos direitos humanos não receberam permissão para circularem livremente nas ruas nesta quinta-feira, como costumava acontecer na imposição de toques de recolher anteriores.
Protestos
Em Kirtipur, a sudoeste de Katmandu, 5.000 pessoas se manifestaram nesta quinta-feira. Não houve imposição de toque de recolher na região rural.
Nesta quinta-feira, o rei Gyanendra se reuniu durante duas horas com Karan Singh, representante enviado pela Índia, no Palácio Real, no centro de Katmandu. O governo não divulgou o teor da conversa.
No entanto, a Índia --que se opõe à instalação do caos no país vizinho-- enviou Singh ao Nepal nesta quarta-feira para pressionar o rei a assumir um compromisso com os partidos de oposição, que exigem uma Constituição que limite ou elimine os poderes da monarquia. Antes de se reunir com Gyanendra, Singh conversou com vários líderes da oposição.
Duas semanas de violentos protestos e uma greve geral contra o governo paralisaram o Nepal, deixando cidades sem alimentos e combustível e o país em seu momento mais delicado desde que Gyanendra tomou o poder absoluto, há 14 meses.
O governo de Gyanendra afirma que insurgentes comunistas --aliados à oposição-- organizam as manifestações para instigar as violência no país.
Com agências internacionais
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