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22/04/2006 - 15h51

Moradores de cidade boliviana levantam bloqueio na fronteira com o Brasil

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da France Presse, em La Paz

Moradores da cidade de Puerto Suárez, situada a leste da Bolívia, na fronteira com o Brasil, levantaram a paralisação e o bloqueio de estradas e da via férrea que mantinham desde o início da semana, em demanda pela legalização de uma siderúrgica brasileira instalada na região.

Eles acabaram aceitando a proposta do presidente boliviano, Evo Morales, de buscar acordos satisfatórios para a região num encontro realizado à noite.

Morales convidou os líderes da zona em conflito e os do departamento de Santa Cruz, onde fica Puerto Suárez, para uma reunião a ser realizada na segunda-feira (24) no Palácio de Governo.

Seqüestro

Três ministros bolivianos que haviam sido tomados como reféns na noite de terça-feira (18) por moradores de Puerto Suárez foram libertados ontem por policiais após 12 horas de seqüestro.

Também em protesto, empresários, trabalhadores e políticos bolivianos fecharam na quarta-feira (19) com pedras, galhos de árvores e carros a fronteira do Brasil com o Paraguai, em Arroyo Concepción, cidade vizinha a Corumbá (MS).

O grupo brasileiro EBX deveria ativar neste mês um de seus quatro fornos de fundição em Quijarro (a 15 km de Corumbá). Em Puerto Suárez, pretende atuar na exploração das jazidas de ferro e de manganês de El Mutún, cujo processo de licitação foi paralisado por Morales.

A proibição do funcionamento da siderúrgica foi comunicada oficialmente no dia 11 deste mês. A alegação é que a empresa começou a construção dos fornos há nove meses ilegalmente, sem licença ambiental.

Além disso, o governo afirma que a Constituição boliviana proíbe instalações de propriedade estrangeira a 50 km da fronteira.

A população teme uma onda de demissões na região. A EBX emprega cerca de 900 pessoas. Segundo a EBX, são investidos US$ 155 milhões no projeto, sendo US$ 30 milhões na parte ambiental. A meta é produzir 800 mil toneladas de ferro gusa por ano.

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