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23/04/2006
-
18h04
da Folha Online
Protestos contra o governo realizados na região do palácio real deixaram ao menos 27 feridos no Nepal neste domingo --cinco deles em estado grave-- depois que a polícia disparou balas de borracha contra os manifestantes
As manifestações deste domingo mobilizaram menos pessoas que nos dias anteriores. Cerca de 10 mil pessoas foram às ruas, segundo a imprensa local --contra 200 mil ou 300 mil que se manifestaram neste sábado.
Um toque de recolher esteve em vigor no país neste domingo a as comunicações via celular permaneciam cortadas. As ruas do centro de Katmandu estavam praticamente desertas, enquanto soldados armados com submetralhadoras vigiavam o palácio real.
Os protestos --que tiveram início em 6 de abril-- continuam no país apesar da promessa feita na sexta-feira (21) pelo rei Gyanendra de entregar o poder político de volta à população.
O rei também pediu à oposição que proponha um nome para o cargo de primeiro-ministro --oferta rejeitada pela aliança formada pelos sete principais partidos políticos, que exigem a formação de uma Assembléia Constituinte.
Golpe
Durante um longo período de sua história, o Nepal foi comandado por governos absolutos. Em 1990, o país se tornou uma monarquia constitucional. No entanto, desde 1996, há intensa ação da guerrilha maoísta, que tenta derrubar a monarquia para instituir um regime socialista.
Em junho de 2001, o príncipe Dipendra promoveu um massacre no palácio real, matou seus pais e primos e tentou se matar em seguida. Mesmo internado e em estado de coma, ele foi proclamado rei. Em 4 de junho, após sua morte, seu tio Gyanendra assumiu o trono.
No ano seguinte, o novo rei demitiu o primeiro-ministro e seu gabinete por "incompetência", depois de eles terem dissolvido o Parlamento e não conseguirem realizar eleições devido à insurgência.
Em junho de 2004, Gyanendra reinstalou um primeiro-ministro, que formou um governo de coalizão com outros quatro partidos. Oito meses mais tarde, dizendo-se "insatisfeito" e "preocupado com a segurança" do Nepal, o rei Gyanendra dissolveu o Parlamento e declarou estado de emergência [o que desencadeou a prisão de líderes de partidos]. O monarca vinha governando o país sozinho desde 1º de fevereiro de 2005.
Convocação
A oposição convocou uma grande manifestação para a próxima terça-feira (25). "Vamos realizar um protesto em massa e peço a toda a população que saia às ruas", afirmou Bamdev Gautam, do Partido Comunista de Nepal Marxista-Leninista Unificado --um dos sete que compõem a aliança.
Assim como fez com os líderes políticos, Gautam pediu que as forças de segurança unam-se aos manifestantes.
"Peço aos membros das forças de segurança que não sigam meia dúzia de pessoas que controlam o palácio. Eles não deveriam apontar armas contra o povo, mas unir-se a ele", afirmou.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Nepal
Leia o que já foi publicado sobre o rei Gyanendra
Protestos contra governo deixam ao menos 27 feridos no Nepal
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Protestos contra o governo realizados na região do palácio real deixaram ao menos 27 feridos no Nepal neste domingo --cinco deles em estado grave-- depois que a polícia disparou balas de borracha contra os manifestantes
As manifestações deste domingo mobilizaram menos pessoas que nos dias anteriores. Cerca de 10 mil pessoas foram às ruas, segundo a imprensa local --contra 200 mil ou 300 mil que se manifestaram neste sábado.
Um toque de recolher esteve em vigor no país neste domingo a as comunicações via celular permaneciam cortadas. As ruas do centro de Katmandu estavam praticamente desertas, enquanto soldados armados com submetralhadoras vigiavam o palácio real.
AP |
Policiais tentam apagar fogo ateado por manifestantes; ao menos 27 ficaram feridos |
O rei também pediu à oposição que proponha um nome para o cargo de primeiro-ministro --oferta rejeitada pela aliança formada pelos sete principais partidos políticos, que exigem a formação de uma Assembléia Constituinte.
Golpe
Durante um longo período de sua história, o Nepal foi comandado por governos absolutos. Em 1990, o país se tornou uma monarquia constitucional. No entanto, desde 1996, há intensa ação da guerrilha maoísta, que tenta derrubar a monarquia para instituir um regime socialista.
Em junho de 2001, o príncipe Dipendra promoveu um massacre no palácio real, matou seus pais e primos e tentou se matar em seguida. Mesmo internado e em estado de coma, ele foi proclamado rei. Em 4 de junho, após sua morte, seu tio Gyanendra assumiu o trono.
No ano seguinte, o novo rei demitiu o primeiro-ministro e seu gabinete por "incompetência", depois de eles terem dissolvido o Parlamento e não conseguirem realizar eleições devido à insurgência.
Em junho de 2004, Gyanendra reinstalou um primeiro-ministro, que formou um governo de coalizão com outros quatro partidos. Oito meses mais tarde, dizendo-se "insatisfeito" e "preocupado com a segurança" do Nepal, o rei Gyanendra dissolveu o Parlamento e declarou estado de emergência [o que desencadeou a prisão de líderes de partidos]. O monarca vinha governando o país sozinho desde 1º de fevereiro de 2005.
Convocação
A oposição convocou uma grande manifestação para a próxima terça-feira (25). "Vamos realizar um protesto em massa e peço a toda a população que saia às ruas", afirmou Bamdev Gautam, do Partido Comunista de Nepal Marxista-Leninista Unificado --um dos sete que compõem a aliança.
Assim como fez com os líderes políticos, Gautam pediu que as forças de segurança unam-se aos manifestantes.
"Peço aos membros das forças de segurança que não sigam meia dúzia de pessoas que controlam o palácio. Eles não deveriam apontar armas contra o povo, mas unir-se a ele", afirmou.
Com agências internacionais
Especial
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