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24/04/2006 - 21h16

Explosões em resort no Egito matam 23 e ferem mais de 60

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da Folha Online

Três explosões aparentemente coordenadas causaram a morte de 23 pessoas e deixaram mais de 60 feridas em um resort em Dahab, na península do Sinai (Egito). As bombas atingiram um hotel, um restaurante e um mercado por volta das 19h15 (14h15 de Brasília). Até o momento, ninguém reivindicou a ação.

Dahab fica localizada no golfo de Ácaba, na parte oriental da península do Sinai.

A região é muito freqüentada por israelenses, devido à proximidade dos dois países e de a localidade abrigar uma larga rede de hotéis que se espalham por toda a costa do Egito. A maioria das vítimas seriam do hotel El Khaleeg.

Um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior do Egito informou que os ataques mataram 23 pessoas, incluindo um bebê alemão e dois estrangeiros não identificados.

Entre os 62 feridos estão 20 estrangeiros, incluindo três dinamarqueses, três britânicos, dois italianos, dois alemães, dois franceses, um sul-coreano, um libanês, um palestino, um americano, um israelense e um australiano.

Fontes das equipes de resgate informaram anteriormente que havia mais de 150 feridos, mas o número foi revisto posteriormente pelo governo egípcio.

Reuters
Reprodução de TV do Egito mostra parte dos danos causados por atentado em Dahab
Dahab é um destino turístico muito popular entre os israelenses, mas autoridades de Israel disseram que não tinham informações sobre vítimas de seu país no atentado.

As bombas atingiram a região um dia após a rede terrorista Al Qaeda, por meio de uma gravação de áudio de seu líder, Osama bin Laden, acusar EUA e Europa de conduzirem "uma cruzada sionista contra o islã". A CIA (inteligência dos EUA) confirmou ser mesmo a voz de Bin Laden na gravação.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, chamou as explosões desta segunda-feira de ataque terrorista e disse que os responsáveis serão "castigados". "É uma ação criminosa e vil."

Seguindo a mesma linha, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, qualificou o ataque de "atroz". "Condeno energicamente os assassinatos ocorridos, as vidas inocentes perdidas", disse.

Ao que tudo indica, o resort estava lotado --de estrangeiros [a maioria israelenses e europeus] e de egípcios, que comemoraram a Páscoa cristã.

Testemunhas disseram ter visto muita fumaça sobre o mercado do resort, assim como partes de corpos espalhados pelo chão nas proximidades do restaurante atingido.

A série de explosões é a primeira que atinge a região em 18 meses, incluindo o sangrento atentado reivindicado pela rede terrorista Al Qaeda, que teve como alvo resorts em Taba e Ras Shitan, em outubro de 2004 (40 pessoas morreram), e Sharm el Sheik, em julho de 2004.

Com agências internacionais

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