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25/04/2006 - 03h11

Oposição do Nepal designa candidato a primeiro-ministro

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da Efe, em Katmandu

A oposição do Nepal designou nesta terça-feira Girija Prasad Koirala, o veterano presidente do Congresso Nepalês, principal partido do país, como candidato a primeiro-ministro, segundo informaram fontes opositoras.

Koirala, de 83 anos, é uma respeitada figura política no Nepal e já foi primeiro-ministro em três ocasiões anteriores.

O ex-primeiro-ministro Sher Bahadur Deuba, destituído em fevereiro de 2005 pelo rei Gyanendra, anunciou que Koirala é o nome escolhido pelos sete partidos da oposição, que se reuniram hoje em Katmandu depois da promessa feita pelo monarca, em discurso televisionado, de restaurar o Parlamento.

O porta-voz do Congresso Nepalês, Krishna Prasad Sitaula, informou ao final do encontro que os principais líderes da oposição se reunirão com a guerrilha maoísta, com a qual fecharam, em novembro passado, um acordo programático em prol de eleições para uma Assembléia constituinte.

A oposição também decidiu desconvocar a greve geral que, ao final de 19 dias, acabou desencadeando a mudança de postura de Gyanendra, que ontem (24) à noite anunciou a restauração do Parlamento, suspenso por ele em 2002.

Está prevista para às 12h (3h15 no horário de Brasília) desta terça-feira, a realização de uma "manifestação da vitória", organizada pela oposição, em lugar do protesto em massa que havia sido planejado para pressionar o monarca.

Em sua reunião de hoje, a aliança de sete partidos opositores decidiu ainda que o Parlamento --que fará sua primeira sessão nesta sexta-feira (28)--, terá como primeira função organizar o processo que levará à convocação de eleições para formar uma Assembléia constituinte.

Além disso, um comitê especial investigará a violência registrada durante os 19 dias de mobilizações, nos quais 14 pessoas morreram e centenas ficaram feridas, em enfrentamentos com as forças de segurança.

O rei Gyanendra anunciou ontem (24) à noite o restabelecimento do Parlamento nepalês, suspenso por ele em 2002, e, em contraste com o tom autoritário que até agora utilizava, expressou sua tristeza pela morte de manifestantes e sua solidariedade com as pessoas que foram feridas durante os protestos.

"Peço aos partidos que assumam sua responsabilidade e levem o país rumo à prosperidade e a uma paz duradoura", disse Gyanendra, que na prática aceitou as reivindicações da aliança dos sete partidos opositores.

O rei expressou suas "sinceras condolências pelas pessoas que morreram durante o movimento popular" e disse que a restauração do Parlamento vai ao encontro "do interesse do povo nepalês", pois pretende "proteger a democracia multipartidária e restabelecer a paz".

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