Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/04/2006 - 11h56

Condoleezza Rice e Donald Rumsfeld visitam Bagdá

Publicidade

da France Presse, em Bagdá

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou nesta quarta-feira a Bagdá em uma visita surpresa para se reunir na capital iraquiana com o secretário de Defesa Donald Rumsfeld, e com ele coordenar a assistência política e militar que os Estados Unidos esperam dar aos novos líderes iraquianos.

Efe
Condoleezza Rice (à esq) e Donald Rumsfeld (à dir.) visitam Bagdá em viagem não-anunciada
Rice desembarcou na capital iraquiana vinda de Ancara, capital da Turquia. Quatro dias depois da nomeação do xiita Jawad al Maliki para o posto de primeiro-ministro turco, Rumsfeld e Rice realizam uma viagem não-anunciada ao Iraque, demonstrando que os EUA dão grande importância ao processo político que se inicia nesse país.

Maliki é o segundo na hierarquia do partido conservador xiita Dawa.

"Agora que entramos nesta nova etapa e buscamos transferir responsabilidades para os iraquianos, queremos garantir que não haverá confusão entre o que fazemos no plano político e o que realizamos no plano militar", declarou Rice a jornalistas no avião que a levava para Bagdá. "É um bom momento para vir, realizar esforços, reuniões e discussões conjuntas com nosso pessoal, para garantir que os laços entre o político e o militar sejam sólidos", acrescentou.

Soldados

Rumsfeld considerou em Bagdá que o número de soldados mobilizados no Iraque dependerá do novo governo. "A questão do número de tropas mobilizadas no Iraque dependerá da evolução da situação na região e das discussões com o novo governo", declarou depois de se reunir com o general George Casey, comandante da Força Multinacional.

O novo governo deverá ser composto por "pessoas competentes e que compreendam suas responsabilidades, não de pessoas que representem credos ou comunidades, e sim ministros para todos os iraquianos que reconheçam a importância de se combater a corrupção", segundo Rumsfeld.

O ministro da Defesa americano lembrou que o mandato confiado pelas Nações Unidas à Força Multinacional no Iraque expirará no final de 2006.

O presidente George W. Bush pediu a Rumsfeld que mostre o apoio americano ao novo governo iraquiano, informou Eric Ruff, assessor de imprensa do Pentágono. Casey, que no ano passado anunciou que iria recomendar "reduções substanciais de efetivos" durante 2006, considerou depois de seu encontro com Rumsfeld que a nomeação de Maliki representa uma etapa importante para a retirada das tropas americanas.

"Agora vemos um pouco mais claro. Esperamos que o governo seja formado e vejamos como atua. Mas sigo confiando no prazo que fixei", disse Casey.

Baixas

Cerca de 132 mil soldados americanos estão mobilizados no Iraque atualmente. Desde a invasão do país, em março de 2003, 2.392 deles morreram, segundo contagem realizada com base em dados do Pentágono.

O primeiro-ministro iraquiano designado, que estipulou em 15 dias o prazo para que forme um governo, anunciou a sua intenção de atribuir as pastas da Defesa e do Interior a políticos independentes no próximo governo.

"Os dois ministros podem sair da Aliança (xiita), da Concórdia (sunita) ou da Coalizão (curda), mas não devem estar afiliados a partidos ou grupos insurgentes ou estar sob acusados de ter participado de atos de violência", declarou.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Condoleezza Rice
  • Leia o que já foi publicado sobre Donald Rumsfeld
  • Leia o que já foi publicado sobre o governo iraquiano
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página