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29/04/2006 - 20h42

Oposição na França pede a renúncia de Dominique de Villepin

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da Efe, em Paris

Novas vozes se juntaram hoje ao movimento da oposição na França que pede a renúncia do primeiro-ministro, Dominique de Villepin, em meio ao escândalo que envolve o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy.

Embora o Partido Socialista (PS) e a União pela Democracia Francesa (UDF) não tenham pedido formalmente a retirada de Villepin, vários de seus dirigentes pediram a renúncia por considerar que o desgaste do primeiro-ministro e as lutas internas no governo tornam a situação insustentável.

O deputado socialista do parlamento europeu Vincent Peillon afirmou que Villepin "deveria ter se demitido há muito tempo por outras razões" e agora que está "envolvido em um assunto judicial grave" não pode continuar governando o país. Na mesma linha, o também deputado do parlamento europeu Jean-Louis Bourlanges, da UDF, comentou que "parece difícil" que o presidente francês, Jacques Chirac, substitua o primeiro-ministro por querer "evitar que seus cinco anos (de mandato) terminem em um naufrágio completo". Ele sugeriu adiantar as eleições presidenciais e legislativas previstas para o próximo ano, porque "nada será possível na França enquanto não acontecer a eleição presidencial".

A Promotoria de Paris negou ter divulgado informações de que Villepin terá que prestar depoimento dentro do caso aberto devido às calúnias contra Sarkozy e outras personalidades políticas. O escândalo explodiu com a divulgação de uma lista de supostos beneficiários de comissões ilegais em contratos para a compra de armamentos na qual estava o nome do ministro do Interior, mas que depois constatou-se ser falsa.

A possibilidade de que Villepin tenha que se apresentar no tribunal é uma das principais ameaças que pesam sobre o primeiro-ministro, mas o Palácio do Eliseu negou que exista essa possibilidade.

Villepin negou ainda ter encarregado em 2004 o general de serviços secretos Philippe Rondot de investigar Sarkozy depois do aparecimento de seu nome nessa lista. Fontes próximas a Rondot também negaram que Villepin tenha pedido tal investigação, e disse que o general estava sendo usado nesse caso e que se sentia "escandalizado" pela forma como a imprensa tratou suas declarações perante os juízes.

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