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01/05/2006 - 18h06

Mundo comemora Dia Internacional do Trabalho

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da France Presse, em Moscou
com Efe

De nostálgicos da União Soviética em Moscou a operários da confecção no Camboja, passando pelos trabalhadores imigrantes hispânicos nos Estados Unidos, o mundo festejou nesta segunda-feira o tradicional Dia do Trabalho com protestos e reivindicações, às vezes mais políticas que sociais.

A China, onde a "ditadura do proletariado" foi substituída há vários anos por um frenesi consumista, foi a maior exceção.

No continente americano, gigantescas manifestações de centenas de milhares de hispânicos foram organizadas em cerca de 30 cidades, principalmente em Chicago e em Los Angeles. Os protestos promovidos pela primeira minoria dos Estados Unidos têm como objetivo obter a regularização dos 12 milhões de imigrantes irregulares, que trabalham principalmente nos setores da agricultura, da construção e no comércio.

No México, os sindicatos se solidarizaram com as ações da comunidade hispânica nos Estados Unidos. Na Europa, dezenas de milhares de pessoas desfilaram na Rússia respondendo à convocação dos sindicatos pró-governamentais. No entanto, nostálgicos do comunismo ergueram bandeiras vermelhas e até retratos de Stalin.

Cerca de 25.000 militantes sindicais desfilaram em Moscou para um "Estado social". Em seguida, vários milhares de comunistas se congregaram diante do monumento de Lenine na Praça de Outubro e pediram a demissão do presidente russo Vladimir Putin.

Na Alemanha, mais de 500.000 pessoas, segundo os sindicatos, participaram das manifestações. Cerca de 10.000 pessoas também protestaram em Leipzig e em Rostock contra as manifestações neonazistas.

Na França, a luta contra a precariedade foi o tema dominante dos 110 desfiles organizados pelos sindicatos, que atraíram entre 50.000 e 100.000 pessoas.

Na Espanha, milhares de pessoas desfilaram para expressar seu apoio ao processo de paz no País Basco. Na Itália, ministros do governo de Silvo Berlusconi, que perdeu as últimas eleições legislativas, foram vaiados nos protestos dos quais participaram. Na Polônia, os manifestantes de Varsóvia denunciaram a "arrogância" da direita no poder.

Em Viena, cerca de 120.000 pessoas participaram do desfile organizado pelo Partido Socialista. Na República Tcheca, vários milhares de anticomunistas convocados pela Confederação dos Prisioneiros Políticos (KPV) se reuniram em Praga e conseguiram obrigar o Partido Comunista (KSCM) a deslocar seu tradiconal desfile para outro lugar.

Na Turquia, a polícia prendeu mais de 80 pessoas em três cidades. Em Beirute, milhares de pessoas convocadas pelo partido comunista libanês pró-sírio protestaram contra a política econômica do governo.

No Irã, milhares de pessoas se manifestaram em Teerã contra os salários atrasados e a precariedade. Em Bagdá, nenhuma manifestação pública foi organizada por temor de atentados. O presidente iraquiano, Jalal Talabani, conclamou os trabalhadores a "construir o novo Iraque".

Da mesma forma, o temor de atentados dos rebeldes tâmeis fez com que os desfiles fossem cancelados em Colombo, no Sri Lanka.

No Nepal, manifestantes voltaram às ruas de Katmandu após quase três semanas de protestos, desta vez para pedir a abolição das leis sociais impostas pelo impopular rei Gyanendra. Em Phnom Penh, milhares de funcionários do setor da confecção ignoraram a proibição de protestar. O líder sindical Chea Mony foi brevemente detido.

Na Tailândia, milhares de trabalhadores exigiram um aumento de 25% do salário mínimo. Na Indonésia, vários milhares de pessoas se congregaram em Jacarta e nas principais cidades do país.

Nas Filipinas, vários milhares de pessoas pediram em Manila a demissão da presidente Gloria Arroyo. Na África do Sul, os sindicatos aproveitaram o Dia do Trabalho para pedir o reforço do combate à Aids.

Os sindicatos reuniram vários milhares de pessoas em Harare, no Zimbábue, e no Quênia, o presidente MwaiKibaki anunciou diante de uma multidão de milhares de pessoas um aumento de 12% do salário mínimo.

Os desfiles do 1º de maio já haviam começado sábado no Japão, onde 240.000 pessoas tinham denunciado a política liberal.

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