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01/05/2006
-
20h56
MACARENA VIDAL
da Efe, em Washington
Três anos depois de o presidente americano, George W. Bush, ter declarado a bordo de um porta-aviões que a missão dos Estados Unidos no Iraque estava "cumprida", apenas 9% dos americanos acreditam que o presidente tinha razão.
Aquele discurso, cuja produção foi cuidadosamente organizada a bordo do porta-aviões "Abraham Lincoln", marcou o ápice da popularidade da guerra entre os americanos e serviu para dar um forte impulso a Bush, cuja aceitação superava os 60%.
Quando o presidente aterrissou no navio pilotando seu próprio avião e declarou que as "principais operações de combate" haviam terminado, o número de militares dos EUA mortos no Iraque, após seis semanas de guerra, era de 139.
Atualmente, com mais de 2.400 soldados americanos mortos no Iraque, a popularidade do presidente se reduziu à metade e está em torno dos 32%, segundo as pesquisas mais recentes. A continuidade da ocupação é um dos principais fatores nesta queda da popularidade presidencial, segundo as pesquisas.
Uma enquete divulgada neste doningo pela rede de televisão "CNN" revela que apenas 9% dos americanos acham, após três anos de guerra, que a missão no Iraque tenha sido cumprida.
Cerca de 40% dos entrevistados acreditam que a missão acabará sendo cumprida, mas 44% se mostram mais pessimistas e acham que as metas nunca serão atingidas. Segundo 55% dos entrevistados, a invasão do Iraque foi um erro.
Reunião
Bush se reuniu hoje na Casa Branca com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. Os dois americanos acabam de voltar de uma visita surpresa ao Iraque, depois de os partidos políticos do país árabe terem chegado a um acordo para romper o ponto morto em que estavam para formar um Governo de união nacional.
Os EUA consideram que a formação deste governo é a solução para colocar fim ao aumento da violência no país árabe. Em breve declaração após a reunião, Bush quis lançar uma mensagem de otimismo sobre a situação no Iraque.
"Achamos que temos parceiros neste esforço, empenhados em um Iraque unificado e em criar um Governo que represente todos os iraquianos", afirmou.
No entanto, Bush reconheceu que nem tudo são boas notícias e que "ainda restam dias difíceis pela frente", já que "continua havendo terroristas que querem tirar vidas inocentes para deter o progresso da democracia", lembrou.
O presidente americano insistiu em que "estamos diante de um ponto de inflexão para os iraquianos, e de um novo capítulo em nossa aliança (...). Os Estados Unidos estão mais dispostos que nunca a alcançar o êxito".
Oposição
Enquanto Bush se esforçou para enviar uma mensagem otimista, a oposição democrata desenhou um panorama muito menos agradável.
Em um discurso na Filadélfia, o democrata de maior categoria no Comitê de Relações Exteriores do Senado, Joseph Biden, propôs como solução para a violência no Iraque dividir o país em três regiões autônomas --curda, xiita e sunita--, sob um Governo central em Bagdá.
O projeto de Biden, também publicado em artigo do jornal "The New York Times", prevê deixar um contingente americano reduzido, em torno de 20.000 soldados, que ficariam responsáveis por impedir que os grupos terroristas transferissem algumas de suas bases no Afeganistão para regiões do Iraque. A Casa Branca rejeitou esta proposta.
Resposta
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan --que está prestes a sair--, afirmou hoje que uma partilha "com um Governo central fraco e forças de segurança regionais não é algo que nenhum líder iraquiano tenha proposto, nem é algo que o povo iraquiano tenha apoiado".
O porta-voz também rebateu as críticas feitas neste fim de semana pelo ex-secretário de Estado Colin Powell, que declarou que antes do começo da guerra tinha duvidado que o número de forças americanas mobilizadas, cerca de 145.000, fosse ser suficiente após a invasão.
Segundo McClellan, "muitos conselhos foram dados e o presidente agradeceu por isso. Quis se assegurar de que os comandantes tinham tudo o que precisavam e eles concordaram com o plano que o general Tommy Franks (então no cargo do Comando Central) tinha traçado".
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da Efe, em Washington
Três anos depois de o presidente americano, George W. Bush, ter declarado a bordo de um porta-aviões que a missão dos Estados Unidos no Iraque estava "cumprida", apenas 9% dos americanos acreditam que o presidente tinha razão.
Aquele discurso, cuja produção foi cuidadosamente organizada a bordo do porta-aviões "Abraham Lincoln", marcou o ápice da popularidade da guerra entre os americanos e serviu para dar um forte impulso a Bush, cuja aceitação superava os 60%.
Quando o presidente aterrissou no navio pilotando seu próprio avião e declarou que as "principais operações de combate" haviam terminado, o número de militares dos EUA mortos no Iraque, após seis semanas de guerra, era de 139.
Atualmente, com mais de 2.400 soldados americanos mortos no Iraque, a popularidade do presidente se reduziu à metade e está em torno dos 32%, segundo as pesquisas mais recentes. A continuidade da ocupação é um dos principais fatores nesta queda da popularidade presidencial, segundo as pesquisas.
Uma enquete divulgada neste doningo pela rede de televisão "CNN" revela que apenas 9% dos americanos acham, após três anos de guerra, que a missão no Iraque tenha sido cumprida.
Cerca de 40% dos entrevistados acreditam que a missão acabará sendo cumprida, mas 44% se mostram mais pessimistas e acham que as metas nunca serão atingidas. Segundo 55% dos entrevistados, a invasão do Iraque foi um erro.
Reunião
Bush se reuniu hoje na Casa Branca com a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. Os dois americanos acabam de voltar de uma visita surpresa ao Iraque, depois de os partidos políticos do país árabe terem chegado a um acordo para romper o ponto morto em que estavam para formar um Governo de união nacional.
Os EUA consideram que a formação deste governo é a solução para colocar fim ao aumento da violência no país árabe. Em breve declaração após a reunião, Bush quis lançar uma mensagem de otimismo sobre a situação no Iraque.
"Achamos que temos parceiros neste esforço, empenhados em um Iraque unificado e em criar um Governo que represente todos os iraquianos", afirmou.
No entanto, Bush reconheceu que nem tudo são boas notícias e que "ainda restam dias difíceis pela frente", já que "continua havendo terroristas que querem tirar vidas inocentes para deter o progresso da democracia", lembrou.
O presidente americano insistiu em que "estamos diante de um ponto de inflexão para os iraquianos, e de um novo capítulo em nossa aliança (...). Os Estados Unidos estão mais dispostos que nunca a alcançar o êxito".
Oposição
Enquanto Bush se esforçou para enviar uma mensagem otimista, a oposição democrata desenhou um panorama muito menos agradável.
Em um discurso na Filadélfia, o democrata de maior categoria no Comitê de Relações Exteriores do Senado, Joseph Biden, propôs como solução para a violência no Iraque dividir o país em três regiões autônomas --curda, xiita e sunita--, sob um Governo central em Bagdá.
O projeto de Biden, também publicado em artigo do jornal "The New York Times", prevê deixar um contingente americano reduzido, em torno de 20.000 soldados, que ficariam responsáveis por impedir que os grupos terroristas transferissem algumas de suas bases no Afeganistão para regiões do Iraque. A Casa Branca rejeitou esta proposta.
Resposta
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan --que está prestes a sair--, afirmou hoje que uma partilha "com um Governo central fraco e forças de segurança regionais não é algo que nenhum líder iraquiano tenha proposto, nem é algo que o povo iraquiano tenha apoiado".
O porta-voz também rebateu as críticas feitas neste fim de semana pelo ex-secretário de Estado Colin Powell, que declarou que antes do começo da guerra tinha duvidado que o número de forças americanas mobilizadas, cerca de 145.000, fosse ser suficiente após a invasão.
Segundo McClellan, "muitos conselhos foram dados e o presidente agradeceu por isso. Quis se assegurar de que os comandantes tinham tudo o que precisavam e eles concordaram com o plano que o general Tommy Franks (então no cargo do Comando Central) tinha traçado".
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