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05/05/2006 - 12h05

EUA defendem tratamento dado a suspeitos de terrorismo

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da Folha Online

Os Estados Unidos defenderam nesta sexta-feira o tratamento dado a suspeitos de terrorismo detidos no exterior, dizendo a um comitê da ONU que o país apóia a proibição da tortura e que o número de casos de abuso registrados em prisões americanas foi "relativamente pequeno".

Pela primeira vez desde os ataques de 11 de Setembro, quando o governo americano declarou "guerra ao terrorismo", o comitê examina se os EUA seguem a Convenção contra a Tortura da ONU.

Segundo John Bellinger, assessor legal do Departamento de Estado, a administração de George W. Bush está "absolutamente comprometida" com suas obrigações nacionais e internacionais de erradicação da tortura. "Não há exceções para esta proibição", acrescentou.

Bellinger afirmou que seu país fará o possível para responder às questões do comitê, mas que não irão comentar "atividades da inteligência".

"Este comitê não deve perder de vista que os incidentes não são freqüentes", afirmou Bellinger a dez especialistas que analisam as denúncias de tortura contra os EUA. De acordo com ele, seria um "desserviço" focar exclusivamente nas "poucas alegações" que envolvem o conflito das forças armadas americanas com a rede terrorista Al Qaeda.

Os EUA mantêm sob sua custódia centenas de supostos membros da Al Qaeda e outros suspeitos de terrorismo desde os ataques de 11 de Setembro, em prisões americanas no Afeganistão, no Iraque e no centro de detenção de Guantánamo, em Cuba.

Mortes

A Anistia International e o Human Rights Watch acusaram nesta semana os EUA de maus-tratos contra prisioneiros e de aplicação de métodos cruéis de interrogatório. Segundo Bellinger, que chefia a delegação americana no comitê contra tortura da ONU, as alegações de abuso são exageradas e chegam a ser "absurdas".

Escândalos envolvendo abusos físicos e sexuais contra presos sob custódia americana --inclusive na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá, provocaram indignação em todo o mundo.

Segundo Bellinger, qualquer morte suspeita entre detentos será investigada. De acordo com o Departamento de Estado, um total de 120 mortes de presos aconteceram nas prisões controladas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque.

Segundo o Departamento, a maioria das mortes aconteceu "por causas naturais, por conseqüência de ferimentos em campos de batalha ou por episódios de violência entre presos".

Com agências internacionais

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