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08/05/2006
-
08h33
da Folha Online
O líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escreveu uma carta para o presidente americano, George W. Bush, propondo "novas soluções" para questões mundiais, afirmou o porta-voz de governo, Gholam Hossein Elham, nesta segunda-feira.
O envio da carta acontece no mesmo dia em que os ministros das Relações Exteriores dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança --EUA, França, Reino Unido, China e Rússia-- além da Alemanha. se reúnem em Nova York para discutir a questão iraniana.
É a primeira vez em 27 anos que um líder iraniano envia uma carta a um presidente americano. Em 1979, os dois países cortaram relações diplomáticas depois que extremistas iranianos invadiram a Embaixada americana e mantiveram seus ocupantes reféns por mais de um ano.
Segundo o Ministério iraniano das Relações Exteriores, a carta será entregue hoje à Embaixada da Suíça em Teerã, que possui uma seção de interesses americanos.
No documento, Ahmadinejad "analisa a situação no mundo e examina as causas de seus problemas", segundo o porta-voz. De acordo com Elham --que não citou diretamente a disputa em torno do programa nuclear iraniano-- assim que Bush receber a carta, seu conteúdo será divulgado.
Neste domingo, Ahmadinejad reiterou que o Irã se retirará do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) caso o Conselho de Segurança da ONU decida impor sanções ao país devido ao seu programa nuclear. O líder do Irã disse ainda que as ameaças de sanções "não têm sentido".
Elham disse hoje que o Irã já enfrentou sanções anteriormente. "Não estamos preocupados diante da eventual imposição de sanções da ONU", afirmou.
Controvérsia
Os Estados Unidos apóiam as tentativas do Reino Unido e da França de obter a aprovação do Conselho de Segurança para uma resolução da ONU que ameaça a adoção de "novas medidas" caso o Irã se recuse a suspender suas atividades de enriquecimento de urânio.
O procedimento é utilizado tanto para gerar energia elétrica como para a obtenção de materiais para armas nucleares.
Os países ocidentais evocam o Capítulo 7 da Carta da ONU, que permitiria sanções econômicas ou ação militar, se necessárias, para forçar o Irã à atender às exigências do Conselho. No entanto, a Rússia e a China --que possuem poder de veto no CS-- se opõem a tais medidas.
O Irã alega que seu programa nuclear é pacífico, mas os Estados Unidos suspeitam que o país esteja desenvolvendo armas nucleares, acusação que é negada pelo Irã.
Reunião
Os ministros das Relações Exteriores dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia-- além da Alemanha se reúnem nesta segunda-feira na sede da ONU em Nova York para discutir a questão iraniana.
No encontro, os líderes devem elaborar uma estratégia comum que obrigue o Irã a abandonar as atividades de enriquecimento de urânio.
Uma reunião realizada no sábado (6) em Nova York não foi suficiente para que os 15 membros permanentes e não-permanentes do CS chegassem a um acordo.
Segundo o Embaixador americano na ONU, John Bolton, os ministros "abordarão a política a longo prazo para impedir que o Irã complete sua capacidade nuclear."
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o programa nuclear iraniano
Irã envia carta aos EUA propondo "novas soluções"
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O líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escreveu uma carta para o presidente americano, George W. Bush, propondo "novas soluções" para questões mundiais, afirmou o porta-voz de governo, Gholam Hossein Elham, nesta segunda-feira.
O envio da carta acontece no mesmo dia em que os ministros das Relações Exteriores dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança --EUA, França, Reino Unido, China e Rússia-- além da Alemanha. se reúnem em Nova York para discutir a questão iraniana.
É a primeira vez em 27 anos que um líder iraniano envia uma carta a um presidente americano. Em 1979, os dois países cortaram relações diplomáticas depois que extremistas iranianos invadiram a Embaixada americana e mantiveram seus ocupantes reféns por mais de um ano.
Segundo o Ministério iraniano das Relações Exteriores, a carta será entregue hoje à Embaixada da Suíça em Teerã, que possui uma seção de interesses americanos.
No documento, Ahmadinejad "analisa a situação no mundo e examina as causas de seus problemas", segundo o porta-voz. De acordo com Elham --que não citou diretamente a disputa em torno do programa nuclear iraniano-- assim que Bush receber a carta, seu conteúdo será divulgado.
Neste domingo, Ahmadinejad reiterou que o Irã se retirará do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) caso o Conselho de Segurança da ONU decida impor sanções ao país devido ao seu programa nuclear. O líder do Irã disse ainda que as ameaças de sanções "não têm sentido".
Elham disse hoje que o Irã já enfrentou sanções anteriormente. "Não estamos preocupados diante da eventual imposição de sanções da ONU", afirmou.
Controvérsia
Os Estados Unidos apóiam as tentativas do Reino Unido e da França de obter a aprovação do Conselho de Segurança para uma resolução da ONU que ameaça a adoção de "novas medidas" caso o Irã se recuse a suspender suas atividades de enriquecimento de urânio.
O procedimento é utilizado tanto para gerar energia elétrica como para a obtenção de materiais para armas nucleares.
Os países ocidentais evocam o Capítulo 7 da Carta da ONU, que permitiria sanções econômicas ou ação militar, se necessárias, para forçar o Irã à atender às exigências do Conselho. No entanto, a Rússia e a China --que possuem poder de veto no CS-- se opõem a tais medidas.
O Irã alega que seu programa nuclear é pacífico, mas os Estados Unidos suspeitam que o país esteja desenvolvendo armas nucleares, acusação que é negada pelo Irã.
Reunião
Os ministros das Relações Exteriores dos cinco países-membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia-- além da Alemanha se reúnem nesta segunda-feira na sede da ONU em Nova York para discutir a questão iraniana.
No encontro, os líderes devem elaborar uma estratégia comum que obrigue o Irã a abandonar as atividades de enriquecimento de urânio.
Uma reunião realizada no sábado (6) em Nova York não foi suficiente para que os 15 membros permanentes e não-permanentes do CS chegassem a um acordo.
Segundo o Embaixador americano na ONU, John Bolton, os ministros "abordarão a política a longo prazo para impedir que o Irã complete sua capacidade nuclear."
Com agências internacionais
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