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11/05/2006
-
08h44
da Folha Online
Israel decidiu repassar à Autoridade Nacional Palestina (ANP) parte do dinheiro arrecadado em impostos retidos dos palestinos, que representam uma quantia de 50 milhões de shekels --8,8 milhões de euros--, informou a ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni.
A decisão é resultado das pressões internacionais exercidas sobre Israel. O governo israelense suspendeu, em 19 de fevereiro, a transferência de US$ 50 milhões por mês em impostos e tarifas alfandegárias que eram repassados à ANP, pouco depois de o grupo terrorista e partido político Hamas --que prega a destruição de Israel-- vencer as eleições legislativas palestinas.
Uma das principais razões da decisão, segundo fontes oficiais, foi o dano à imagem de Israel com o agravamento da situação humanitária nos territórios da ANP, que vivem uma crise financeira após o boicote internacional ao governo do Hamas.
Livni afirmou à rádio militar que o dinheiro será destinado a projetos humanitários na Cisjordânia e em Gaza, por meio de um mecanismo especial fixado pelo Quarteto de Madri --Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e ONU-- na reunião de terça-feira (9) em Nova York.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, pediu ao general Yosef Mishlav, encarregado de coordenar as atividades do governo nos territórios palestinos, que elabore um plano para levar a ajuda humanitária.
Segundo o Ministério da Defesa, o plano será apresentado ao governo israelense na próxima reunião do Conselho de Ministros, no domingo (14). Os principais pontos serão o pagamento do sistema de saúde e o fornecimento de equipamentos médicos, assistência e remédios.
Gasolina
Nesta quarta-feira, um dia depois da reunião do Quarteto que estabeleceu um mecanismo de transferência de fundos para aliviar a crise financeira da ANP, a empresa israelense que abastece com combustível os territórios de Gaza e da Cisjordânia decidiu suspender o envio de gasolina em razão da crescente dívida palestina.
Os postos de gasolina palestinos começaram a fechar e os motoristas formavam filas em bombas de combustível após a medida da companhia israelense Dor Energy .
O fim das reservas de gasolina pode afetar hospitais, impedir a entrega de alimentos e impossibilitar o transporte de palestinos até seus postos de trabalho --um cenário grave para uma economia já abalada por sanções de Israel e da comunidade internacional.
Mujahid Salame, chefe da autoridade palestina responsável pelo setor de petróleo, afirmou ontem que as reservas de combustível devem acabar em muitas áreas até o fim desta quinta-feira. Ele disse que espera que se chegue a um acordo com a empresa em breve.
Reunião
Nesta terça-feira, o Quarteto decidiu criar um mecanismo provisório para transferir fundos para o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que poderá assim pagar os salários de 165 mil funcionários.
Por falta de fundos, o governo do Hamas, não reconhecido pelos membros do Quarteto, não pagou os salários correspondentes a março e abril.
Segundo o premiê palestino, Ismail Haniyeh --líder do Hamas--, o Quarteto impõe condições ao seu governo "para impor concessões que afetarão o povo palestino e darão legitimidade à ocupação israelense".
Os Estados Unidos e a União Européia (UE) cortaram o envio de ajuda financeira para os programas palestinos como forma de atingir o Hamas, que já conduziu inúmeros ataques em Israel.
Com Efe e agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre a ANP
Israel repassará 8,8 milhões de euros em ajuda a palestinos
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Israel decidiu repassar à Autoridade Nacional Palestina (ANP) parte do dinheiro arrecadado em impostos retidos dos palestinos, que representam uma quantia de 50 milhões de shekels --8,8 milhões de euros--, informou a ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni.
A decisão é resultado das pressões internacionais exercidas sobre Israel. O governo israelense suspendeu, em 19 de fevereiro, a transferência de US$ 50 milhões por mês em impostos e tarifas alfandegárias que eram repassados à ANP, pouco depois de o grupo terrorista e partido político Hamas --que prega a destruição de Israel-- vencer as eleições legislativas palestinas.
Uma das principais razões da decisão, segundo fontes oficiais, foi o dano à imagem de Israel com o agravamento da situação humanitária nos territórios da ANP, que vivem uma crise financeira após o boicote internacional ao governo do Hamas.
07.mai.06/Efe |
A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni |
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, pediu ao general Yosef Mishlav, encarregado de coordenar as atividades do governo nos territórios palestinos, que elabore um plano para levar a ajuda humanitária.
Segundo o Ministério da Defesa, o plano será apresentado ao governo israelense na próxima reunião do Conselho de Ministros, no domingo (14). Os principais pontos serão o pagamento do sistema de saúde e o fornecimento de equipamentos médicos, assistência e remédios.
Gasolina
Nesta quarta-feira, um dia depois da reunião do Quarteto que estabeleceu um mecanismo de transferência de fundos para aliviar a crise financeira da ANP, a empresa israelense que abastece com combustível os territórios de Gaza e da Cisjordânia decidiu suspender o envio de gasolina em razão da crescente dívida palestina.
Os postos de gasolina palestinos começaram a fechar e os motoristas formavam filas em bombas de combustível após a medida da companhia israelense Dor Energy .
O fim das reservas de gasolina pode afetar hospitais, impedir a entrega de alimentos e impossibilitar o transporte de palestinos até seus postos de trabalho --um cenário grave para uma economia já abalada por sanções de Israel e da comunidade internacional.
Mujahid Salame, chefe da autoridade palestina responsável pelo setor de petróleo, afirmou ontem que as reservas de combustível devem acabar em muitas áreas até o fim desta quinta-feira. Ele disse que espera que se chegue a um acordo com a empresa em breve.
Reunião
Nesta terça-feira, o Quarteto decidiu criar um mecanismo provisório para transferir fundos para o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que poderá assim pagar os salários de 165 mil funcionários.
Por falta de fundos, o governo do Hamas, não reconhecido pelos membros do Quarteto, não pagou os salários correspondentes a março e abril.
Segundo o premiê palestino, Ismail Haniyeh --líder do Hamas--, o Quarteto impõe condições ao seu governo "para impor concessões que afetarão o povo palestino e darão legitimidade à ocupação israelense".
Os Estados Unidos e a União Européia (UE) cortaram o envio de ajuda financeira para os programas palestinos como forma de atingir o Hamas, que já conduziu inúmeros ataques em Israel.
Com Efe e agências internacionais
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