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11/05/2006 - 09h08

Irã diz que Israel é "regime diabólico" e pede diálogo com os EUA

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da Folha Online

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quinta-feira que Israel representa um "regime tirano e diabólico que um dia será destruído", mas disse estar pronto para dialogar com os Estados Unidos a respeito do programa nuclear do Irã.

Ahmadinejad --que anteriormente afirmou que Israel deveria ser "varrido do mapa"-- afirmou a uma multidão de estudantes na capital indonésia de Jacarta que "todos os países" têm o direito de utilizar a tecnologia de "acordo com suas necessidades".

AP
Mahmoud Ahmadinejad, presidente eleito do Irã
Ele afirmou que seu país está disposto a negociar, mas que os Estados Unidos devem deixar de lado as ameaças. "Não há limites para nosso diálogo", afirmou. "Mas se alguém aponta uma arma para você e diz que você deve falar, você falará?", questionou.

O líder iraniano visita a Indonésia --país com maior número de muçulmanos do mundo-- em meio ao agravamento do impasse em torno das ambições nucleares de seu país.

Ahmadinejad também rejeitou as ameaças de sanções do Conselho de Segurança da ONU, dizendo que "o Ocidente tem mais a perder do que o Irã" se o país ficar isolado da comunidade internacional. "Sanções irão servir apenas para motivar nossos cientistas", afirmou.

"Não estamos defendendo apenas nossos direitos, mas os direitos de muitos países", acrescentou. "Mantendo nossa posição, defendemos nossa independência".

"Jogo"

Ahmadinejad disse ainda que as nações com grandes estoques nucleares fazem um "jogo duplo" ao pressionar o Irã para suspender seu programa nuclear "pacífico".

"As grandes potências (...) têm muitas armas nucleares", afirmou ele a cerca de mil estudantes, na Universidade Islâmica, ao sul de Jacarta.

"Nós usamos nossa energia nuclear para fins pacíficos e para atender às necessidades dos muçulmanos. Mas eles usam a tecnologia nuclear para invadir outros países", acrescentou.

Israel

O líder do Irã chamou Israel de um regime "diabólico que um dia será destruído" e reiterou sua crença de que os países europeus se equivocaram ao decidir, após o Holocausto, estabelecer um Estado judeu no meio de países muçulmanos.

"Eles colocaram os judeus no meio de nossa região, e abriram caminho para sua destruição".

Autoridades israelenses --que descreveram a questão nuclear como a pior ameaça contra israel-- não comentaram imediatamente as declarações de Ahmadinejad, segundo o porta-voz do Ministério israelense das Relações Exteriores, Mark Regev.

A Indonésia --que apóia o direito do Irã de desenvolver tecnologia nuclear com fins pacíficos-- é considerada pelos EUA um aliado na guerra contra o terror e se ofereceu para mediar a crise. Assim como o Irã, o país não mantém relações diplomáticas com Israel.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Ahmadinejad
  • Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
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