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19/05/2006
-
15h59
da Folha Online
Um alemão que admitiu ter matado e devorado a carne de um homem que conheceu por meio da internet entrou com recurso na Justiça apelando da condenação à prisão perpétua por assassinato, expedida no início deste mês por uma corte estadual.
Harald Ermel, advogado do técnico em computação Armin Meiwes, 44 --que ficou conhecido como "canibal de Rotemburgo"-- entrou com o recurso na Corte Federal de Karlsruhe na terça-feira (16).
No último dia 9, uma corte estadual condenou Meiwes a prisão perpétua. O juiz Klaus Drescher, que presidiu o caso, descreveu o assassinato como "perverso".
Segundo o advogado de Meiwes, seu cliente não deveria ter sido condenado à prisão perpétua por assassinato, pois se trata, segundo ele, de um caso claro de "homicídio a pedido da vítima".
Além disso, o advogado afirma que Meiwes não pode ser julgado por canibalismo, já que a prática "não é considerada crime na Alemanha".
Condenação
Meiwes foi condenado à prisão perpétua por um tribunal de Frankfurt por assassinar, esquartejar e comer outro homem para "satisfazer as fantasias sexuais" de ambos.
O juiz considerou que Meiwes matou Brandes por "motivos sexuais" em 10 de março de 2001.
O canibal conheceu a vítima por meio de um bate-papo na internet. Durante o julgamento, que teve início em janeiro último, ele confessou o crime e relatou com detalhes o assassinato de Bernd Jürgen Brandes, 43, em sua casa em Rotemburgo (centro da Alemanha).
Segundo o canibal, Brandes desejava "ser comido vivo". "Caso contrário, eu não o teria feito", afirmou o réu, que filmou o assassinato, durante o julgamento. Meiwes alega, também, ter hesitado antes de matar Brandes. "Eu queria comê-lo, mas não queria matá-lo", afirmou à corte.
Meiwes relatou à corte que, primeiramente, cortou o pênis de sua vítima e o fritou. Os dois comeram o órgão juntos, como Brandes havia pedido. Enquanto a vítima agonizava, Meiwes o matou a facadas, o esquartejou e enterrou alguns pedaços de seu corpo no jardim. Em seguida, ele congelou outras partes do corpo de Brandes e comeu dias depois.
Alerta
A polícia chegou até Meiwes em dezembro de 2002, depois que um estudante da Áustria alertou a respeito de uma mensagem postada pelo canibal na internet, à procura de um homem que desejasse "ser morto e devorado".
No início de 2004, uma corte da cidade de Kassel condenou Meiwes por assassinato e o condenou a oito anos de prisão, mas a promotoria apelou do veredicto.
No ano passado, juízes federais ordenaram que ele fosse julgado novamente, alegando que a corte não havia "levado em consideração" o caráter sexual que envolvia o crime.
Com agências internacionais
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Um alemão que admitiu ter matado e devorado a carne de um homem que conheceu por meio da internet entrou com recurso na Justiça apelando da condenação à prisão perpétua por assassinato, expedida no início deste mês por uma corte estadual.
Harald Ermel, advogado do técnico em computação Armin Meiwes, 44 --que ficou conhecido como "canibal de Rotemburgo"-- entrou com o recurso na Corte Federal de Karlsruhe na terça-feira (16).
AP |
O canibal alemão Armin Meiwes, 44, condenado à prisão perpétua |
No último dia 9, uma corte estadual condenou Meiwes a prisão perpétua. O juiz Klaus Drescher, que presidiu o caso, descreveu o assassinato como "perverso".
Segundo o advogado de Meiwes, seu cliente não deveria ter sido condenado à prisão perpétua por assassinato, pois se trata, segundo ele, de um caso claro de "homicídio a pedido da vítima".
Além disso, o advogado afirma que Meiwes não pode ser julgado por canibalismo, já que a prática "não é considerada crime na Alemanha".
Condenação
Meiwes foi condenado à prisão perpétua por um tribunal de Frankfurt por assassinar, esquartejar e comer outro homem para "satisfazer as fantasias sexuais" de ambos.
O juiz considerou que Meiwes matou Brandes por "motivos sexuais" em 10 de março de 2001.
O canibal conheceu a vítima por meio de um bate-papo na internet. Durante o julgamento, que teve início em janeiro último, ele confessou o crime e relatou com detalhes o assassinato de Bernd Jürgen Brandes, 43, em sua casa em Rotemburgo (centro da Alemanha).
Segundo o canibal, Brandes desejava "ser comido vivo". "Caso contrário, eu não o teria feito", afirmou o réu, que filmou o assassinato, durante o julgamento. Meiwes alega, também, ter hesitado antes de matar Brandes. "Eu queria comê-lo, mas não queria matá-lo", afirmou à corte.
Meiwes relatou à corte que, primeiramente, cortou o pênis de sua vítima e o fritou. Os dois comeram o órgão juntos, como Brandes havia pedido. Enquanto a vítima agonizava, Meiwes o matou a facadas, o esquartejou e enterrou alguns pedaços de seu corpo no jardim. Em seguida, ele congelou outras partes do corpo de Brandes e comeu dias depois.
Alerta
A polícia chegou até Meiwes em dezembro de 2002, depois que um estudante da Áustria alertou a respeito de uma mensagem postada pelo canibal na internet, à procura de um homem que desejasse "ser morto e devorado".
No início de 2004, uma corte da cidade de Kassel condenou Meiwes por assassinato e o condenou a oito anos de prisão, mas a promotoria apelou do veredicto.
No ano passado, juízes federais ordenaram que ele fosse julgado novamente, alegando que a corte não havia "levado em consideração" o caráter sexual que envolvia o crime.
Com agências internacionais
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