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21/05/2006 - 13h46

Alemanha confirma aumento do número de neonazistas em 2005

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da Efe, em Berlim

O número de neonazistas e de ultradireitistas dispostos a utilizar a violência aumentou na Alemanha em 2005, segundo informou neste domingo porta-voz do Ministério alemão de Interior.

O ministro do Interior, o democrata-cristão Wolfgang Schäuble, apresentará oficialmente os números amanhã na entrevista coletiva que dará por ocasião da divulgação do relatório anual dos serviços secretos alemães de interior (BfV).

Segundo antecipado neste domingo pelo jornal dominical "Bild am Sonntag", o número de neonazistas registrados pelos serviços secretos alemães aumentou no ano passado, passando de 3.800, em 2004, para 4.100, em 2005.

Também houve um aumento dos ultradireitistas dispostos a utilizar a violência, que passaram de 10 mil, em 2004. para 10.400, em 2005, segundo dados do BfV.

No total, o número de ultradireitistas, no entanto, reduziu-se ligeiramente no ano passado: de 40.700 (2004) para 39 mil (2005).

Os serviços secretos alemães atribuem a queda à diminuição do número de filiados a dois dos principais partidos ultradireitistas, a União do Povo Alemão (DVU) e Os Republicanos.

No entanto, houve em 2005 um boom da música de ideologia de extrema direita na Alemanha. O número de shows de skinheads [cabeças raspadas] aumentou 40%, para 193.

Segundo dados dos serviços secretos de interior, há 142 grupos de música skinhead na Alemanha.

A publicação destes dados ocorre apenas três semanas antes do início da Copa do Mundo, que acontecerá de 9 de junho a 9 de julho na Alemanha, e em meio ao debate sobre se é perigoso para os estrangeiros visitar certas áreas do leste do país, para que não sejam vítimas de um ataque racista.

Os recentes casos de ataques racistas a estrangeiros --contra um engenheiro etíope-alemão em Postdam (próximo de Berlim] há um mês e contra o político berlinense de origem turca do Partido da Esquerda, Giyasettin Sayan, na sexta-feira (12)-- reavivaram a polêmica.

A imprensa alemã questiona se é adequado o lema do Mundial --"O mundo entre amigos"-- e se não se deve temer que durante o campeonato aconteçam ataques xenófobos por parte de neonazistas e grupos radicais de extrema direita.

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