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23/05/2006
-
11h43
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online, em Jerusalém
O governo de Israel atacou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusando-o de apoiar abertamente o terrorismo iraniano ao assinar dezenas de acordos comerciais com aquele país. A acusação foi feita por Dorit Shavit, diretora do Ministério de Relações Exteriores de Israel para América Latina e Caribe, em nome do governo de Israel.
"É visível que o presidente Chávez apóia o regime terrorista do Irã. Ele já esteve lá várias vezes desde que foi eleito, e assinou cerca de 60 acordos bilaterais até agora. É preocupante para nós que a Venezuela tome esse caminho", afirmou nesta segunda-feira Shavit, diante de 18 jornalistas da América Latina presentes em evento promovido pelo Instituto Ibero-Americano de Jerusalém [o fuso horário é de seis horas a mais em Israel].
A Venezuela apóia publicamente o governo iraniano e, após ser punido pelos EUA [que impuseram sanções que proíbem Caracas de comprar armas dos EUA ou de outros países que utilizem tecnologia americana], o governo Chávez demonstrou intenção de vender 21 caças F-16 de fabricação americana a outro país, possivelmente o Irã.
A censura a Chávez foi feita juntamente a mais um duro ataque de Israel ao Hamas, grupo terrorista e partido político eleito democraticamente nas eleições palestinas de 25 de janeiro último.
"Não há e não haverá nenhum tipo de conversação com o Hamas. Israel não vai se sentar à mesa com eles. A única possibilidade de isso [um encontro] ocorrer seria o Hamas mudar totalmente de posição e reconhecer o Estado de Israel", disse.
Armas Nucleares
Questionada pela Folha Online sobre o porquê de Israel ainda não ter admitido possuir armas nucleares, nem ter assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), Shavit evitou uma resposta direta.
"Israel nunca disse ter armas nucleares. Mas suponhamos que tivesse: Israel jamais disseminaria essas armas para sua própria segurança. Além disso, Israel sempre afirmou que jamais será o primeiro a utilizar esse tipo de arma", explicou.
Israel, que, segundo especialistas, dispõe de cerca de cem ogivas nucleares, jamais reconheceu publicamente possuir um arsenal nuclear militar e também se negou a assinar o Tratado de Não-Proliferação, a exemplo de Índia e Paquistão, ambos potências nucleares que realizam testes atômicos.
Estados Unidos e Irã assinaram o TNP, firmado em 1970 e ratificado no final de 2002 por 188 países. O tratado visa evitar uma guerra nuclear e instaurar uma cooperação internacional para a utilização civil da energia nuclear.
O jornalista Ricardo Feltrin viaja a convite do Ministério de Turismo de Israel, que custeou parte de sua hospedagem
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre Israel
Leia o que já foi publicado sobre a Venezuela
Leia o que já foi publicado sobre o Irã
Leia o que já foi publicado sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear
Israel acusa Chávez de apoiar o "terrorismo iraniano"
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Editor-chefe da Folha Online, em Jerusalém
O governo de Israel atacou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusando-o de apoiar abertamente o terrorismo iraniano ao assinar dezenas de acordos comerciais com aquele país. A acusação foi feita por Dorit Shavit, diretora do Ministério de Relações Exteriores de Israel para América Latina e Caribe, em nome do governo de Israel.
"É visível que o presidente Chávez apóia o regime terrorista do Irã. Ele já esteve lá várias vezes desde que foi eleito, e assinou cerca de 60 acordos bilaterais até agora. É preocupante para nós que a Venezuela tome esse caminho", afirmou nesta segunda-feira Shavit, diante de 18 jornalistas da América Latina presentes em evento promovido pelo Instituto Ibero-Americano de Jerusalém [o fuso horário é de seis horas a mais em Israel].
A Venezuela apóia publicamente o governo iraniano e, após ser punido pelos EUA [que impuseram sanções que proíbem Caracas de comprar armas dos EUA ou de outros países que utilizem tecnologia americana], o governo Chávez demonstrou intenção de vender 21 caças F-16 de fabricação americana a outro país, possivelmente o Irã.
A censura a Chávez foi feita juntamente a mais um duro ataque de Israel ao Hamas, grupo terrorista e partido político eleito democraticamente nas eleições palestinas de 25 de janeiro último.
"Não há e não haverá nenhum tipo de conversação com o Hamas. Israel não vai se sentar à mesa com eles. A única possibilidade de isso [um encontro] ocorrer seria o Hamas mudar totalmente de posição e reconhecer o Estado de Israel", disse.
Armas Nucleares
Questionada pela Folha Online sobre o porquê de Israel ainda não ter admitido possuir armas nucleares, nem ter assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), Shavit evitou uma resposta direta.
"Israel nunca disse ter armas nucleares. Mas suponhamos que tivesse: Israel jamais disseminaria essas armas para sua própria segurança. Além disso, Israel sempre afirmou que jamais será o primeiro a utilizar esse tipo de arma", explicou.
Israel, que, segundo especialistas, dispõe de cerca de cem ogivas nucleares, jamais reconheceu publicamente possuir um arsenal nuclear militar e também se negou a assinar o Tratado de Não-Proliferação, a exemplo de Índia e Paquistão, ambos potências nucleares que realizam testes atômicos.
Estados Unidos e Irã assinaram o TNP, firmado em 1970 e ratificado no final de 2002 por 188 países. O tratado visa evitar uma guerra nuclear e instaurar uma cooperação internacional para a utilização civil da energia nuclear.
O jornalista Ricardo Feltrin viaja a convite do Ministério de Turismo de Israel, que custeou parte de sua hospedagem
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