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24/05/2006 - 18h46

Incursão israelense deixa quatro palestinos mortos e 60 feridos

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da France Presse, em Ramallah (Cisjordânia)
da Folha Online

Soldados israelenses mataram nesta quarta-feira quatro palestinos e feriram outros 60 durante uma incursão em Ramallah, na Cisjordânia, onde um chefe do movimento radical Jihad Islâmico, Mohammad al Chobaki, foi detido, segundo o Exército israelense.

Os quatro mortos em Ramallah são Milad Walid Abu al Arayes, 23, Jaafar Ahmad, 30, Ayssar al Qassem, membro dos serviços de segurança com idade não informada, e Ghaleb Abdelqader, 20, de acordo com fontes médicas palestinas.

Durante a ação foi detido Mohammad al Chobaki, chefe do grupo extremista palestino Jihad Islâmico na região de Qalqilya, no norte da Cisjordânia.

Um porta-voz militar explicou que as forças israelenses foram alvo de disparos e responderam abrindo fogo contra um homem armado.

Quinze veículos do Exército israelense participaram da incursão, que visava a prisão de ativistas palestinos.

Segundo fontes da segurança palestina, as tropas do Exército israelense entraram em Ramallah para ajudar membros de uma unidade especial israelense que estavam na cidade vestidos de civis.

Palestino seqüestrado

Em Gaza, um membro do movimento radical islâmico Hamas, Salim Qadih, 22, que havia sido seqüestrado e agredido, inclusive com tiros disparados por desconhecidos, não resistiu aos ferimentos e morreu.

Qadih foi seqüestrado com outros dois militantes do braço armado do Hamas na manhã desta quarta-feira do lado de fora de uma mesquita em Khan Yunis. Os três homens foram jogados em uma estrada horas depois, tendo sido levados para o hospital da cidade de Nasser.

A ação não foi reivindicada por nenhum grupo, mas aconteceu em meio a uma crise entre simpatizantes do governo do Hamas e seguidores do Fatah.

Em outro incidente, Nabil Hudhud, um responsável pelas forças de segurança preventiva fiéis ao partido Fatah, do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, morreu em uma explosão ocorrida durante a passagem do carro em que viajava. Ainda não se sabe a origem da explosão.

Negociação

As mortes acontecem às vésperas do "diálogo nacional" entre Fatah e Hamas, os principais movimentos palestinos, que buscam encerrar a violência e enfrentar a crise político-financeira desencadeada depois da vitória do grupo radical nas legislativas do final de janeiro.

Ao se referir ao ocorrido em Ramallah, o ministro palestino dos Assuntos Exteriores, Mahmoud al Zahar, acusou Israel de promover uma escalada da violência "para fazer fracassar o diálogo nacional" interpalestino que deve começar na quinta-feira.

Em Gaza, dois membros da força paramilitar mobilizada pelo Hamas nessa cidade foram feridos por disparos de desconhecidos, enquanto no campo de refugiados de Nuseirat, uma bomba explodiu diante da residência de um funcionário do Hamas, mas sem deixar vítimas, segundo fontes da segurança.

Numa reunião em Gaza, com intermediação de funcionários egípcios, funcionários do Fatah e do Hamas pediram "calma e contenção" a seus seguidores.

As tensões entre partidários dos grupos rivais crescem em Gaza, aumentando o temor de que uma guerra civil se instale nos territórios palestinos.

O Hamas --que venceu as eleições parlamentares palestinas de janeiro-- destacaram cerca de 3.000 membros de uma nova força de segurança para a região de Gaza na semana passada.

Em resposta, o líder palestino Mahmoud Abbas ordenou que os policiais palestinos também fossem para as ruas. Poucos dias depois, os dois grupos entraram em confronto.

Na segunda-feira (22), membros da força de segurança do Hamas trocaram tiros com policiais palestinos perto do prédio do Parlamento em Gaza, matando o motorista do embaixador jordaniano na região e ferindo outras três pessoas --dois civis e um policial.

Segundo fontes da segurança, os distúrbios tiveram início quando membros da nova força de segurança do Hamas interceptaram um carro do serviço de segurança ligado a Abbas --membro do partido rival Fatah.

Supostas tentativas de assassinato contra autoridades palestinas ligadas a Abbas, ocorridas durante o final de semana, fizeram aumentar o receio da violência em razão da disputa interna.

Com agências internacionais

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