25/05/2006 - 12h45

Suposta rede terrorista planejava atentado em Londres

da Ansa, em Londres

Uma suposta rede terrorista britânica planejava um atentado contra a discoteca londrina Ministry of Sound com o objetivo de provocar a morte de milhares de pessoas, segundo informações publicadas nesta quinta-feira por um tribunal inglês.

Um dos acusados, o britânico muçulmano Jawad Akbar, admitiu que, caso tivesse realizado o ataque, não sentiria culpa pela morte de pessoas inocentes. A admissão foi feita frente ao júri do tribunal londrino de Old Bailey, que deliberava sobre o caso.

Conversas entre Akbar, 22, e Omar Khyam, 24, ambos de Crawley, em West Sussex, foram gravadas pelos serviços secretos britânicos. Entre os assuntos, constavam possíveis planos de ataque terrorista, incluindo um contra a discoteca de Londres. O material foi apresentado como prova.

Nesta quinta-feira, o tribunal informou que sete dos membros dessa suposta rede negam ter conspirado, ao lado de um canadense, para provocar explosões. Quatro dos acusados negaram ainda a utilização de substâncias químicas para a preparação de bombas de alto impacto.

Interrogatório

A polícia britânica continua interrogando oito cidadãos da Líbia detidos ontem depois de grandes operações de segurança, realizadas para prender pessoas suspeitas de colaborar ou dar assistência em planos de atentados terroristas no exterior, principalmente no Iraque.

As detenções foram realizadas em Grande Manchester, West Midlands, Middlesbrough, Londres e Liverpool. Três dos presos foram detidos com a aplicação da lei antiterrorista, os outros cinco sob as leis de imigração. Outras duas pessoas presas foram colocadas em liberdade ontem mesmo depois de não terem sido encontradas provas contra elas.

A polícia britânica tem até 14 dias para apresentar acusações contra os detidos antes colocá-los em liberdade.

O Ministério do Interior informou que cinco dos presos foram detidos sob os poderes do ministro do Interior "para deportar indivíduos cuja presença no Reino Unido coloque em risco o bem público ou a segurança nacional".

A polícia de Grande Manchester declarou que as operações podem continuar por vários dias. Michael Todd, alto comissionado desse departamento policial, esclareceu, entretanto, que no momento não há ameaças de ataques terroristas no Reino Unido e confirmou que as operações policiais "foram a conclusão de mais de um ano de investigações".

Outro porta-voz policial disse que as operações de segurança "buscam desarticular grupos de indivíduos que facilitam ou ajudam em planos terroristas no exterior".

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