Publicidade
Publicidade
25/05/2006
-
17h30
da Folha Online
da France Presse, em Varsóvia
Os poloneses deram uma calorosa saudação ao papa Bento 16 depois de o pontífice alemão ter afirmado nesta quinta-feira que vai se empenhar em curar as feridas da "trágica tirania" dos nazistas.
Seguindo os passos de seu antecessor, o polonês João Paulo 2º --reverenciado como santo em sua terra natal--, Bento 16 disse hoje que sua visita de quatro dias à Polônia não era "apenas uma jornada sentimental".
Para o papa, a viagem tem a finalidade de manter vivos os objetivos de Karol Wojtyla --a reconciliação entre alemães e poloneses, o estreitamento dos laços com a comunidade judaica e a manutenção da Polônia como guia da comunidade católica na Europa.
"Vim para seguir os passos de João Paulo 2º no longo itinerário de sua vida", declarou o papa durante uma cerimônia de recepção no aeroporto de Varsóvia.
Bento 16 realizou um tour por Varsóvia, onde teve contato com as cicatrizes da cidade destruída quase que completamente pelos nazistas. Ele prestou homenagem aos insurgentes do gueto judeu, mortos em 1943 após três semanas de luta contra os nazistas.
No decorrer do trajeto, a multidão era bem menor do que a registrada durante as diversas visitas de seu antecessor. No total, apenas 70 mil pessoas acompanharam o percurso do papa entre o aeroporto e o centro da cidade, segundo a polícia.
Além disso, a cidade estava bem menos adornada de bandeiras brancas e amarelas do Vaticano que antigamente.
Após a sua chegada à catedral de São João de Varsóvia, o papa disse que "cada pedra" deste monumento destruído durante a guerra "lembra a história dolorosa" de Varsóvia e da Polônia.
O papa alemão concluiu o primeiro dia de sua viagem celebrando uma cerimônia ecumênica na Igreja Luterana de Varsóvia.
Para esta viagem --sua segunda ao exterior, mas a primeira programada por ele mesmo--, Bento 16 decidiu seguir os caminhos de João Paulo 2º.
A peregrinação o levará também à casa onde nasceu Karol Wojtyla, ao seu arcebispado da Cracóvia (sul da Polônia) e a todos o seus santuários favoritos, a começar pelo monteiro de Jasna Gora, onde está exposta a imagem milagrosa da Virgem Negra.
Assim como João Paulo 2º durante a sua primeira viagem em 1979, Bento 16 visitará no domingo o campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau.
O papa disse nesta quinta-feira que iria ao local mais como católico do que como alemão, para pensar em todas as vítimas da barbárie nazista.
"É muito importante entendermos que somos católicos e que as nacionalidades estão inseridas, relativizadas, reunidas no grande conjunto da comunidade católica", disse o sumo pontífice aos jornalistas a bordo do avião que o levava para Varsóvia.
A visita a Auschwitz "nos permitirá pensar em todas as vítimas, para tentarmos entender o quanto o homem pode regredir em sua dignidade pisando nos outros", acrescentou.
Os líderes da Igreja polonesa ressaltam sempre que Bento 16 pode contribuir muito para uma reconciliação entre Polônia e Alemanha, cujas relações atualmente continuam longe de serem amistosas 61 anos após a derrota nazista.
"A Providência fez com que um alemão sucedesse um polonês no trono de São Pedro", declarou o presidente polonês, Lech Kaczynski, em seu discurso de recepção ao papa.
"Nossos dois povos, muito próximos um do outro, foram freqüentemente separados pela História. Sentimos hoje que uma verdadeira reconciliação pode ser estabelecida somente na dimensão espiritual", afirmou.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Bento 16
Bento 16 homenageia João Paulo 2º e busca reconciliação na Polônia
Publicidade
da France Presse, em Varsóvia
Os poloneses deram uma calorosa saudação ao papa Bento 16 depois de o pontífice alemão ter afirmado nesta quinta-feira que vai se empenhar em curar as feridas da "trágica tirania" dos nazistas.
Seguindo os passos de seu antecessor, o polonês João Paulo 2º --reverenciado como santo em sua terra natal--, Bento 16 disse hoje que sua visita de quatro dias à Polônia não era "apenas uma jornada sentimental".
Reuters |
O papa Bento 16 visita a catedral de São João de Varsóvia, durante viagem pela Polônia |
"Vim para seguir os passos de João Paulo 2º no longo itinerário de sua vida", declarou o papa durante uma cerimônia de recepção no aeroporto de Varsóvia.
Bento 16 realizou um tour por Varsóvia, onde teve contato com as cicatrizes da cidade destruída quase que completamente pelos nazistas. Ele prestou homenagem aos insurgentes do gueto judeu, mortos em 1943 após três semanas de luta contra os nazistas.
No decorrer do trajeto, a multidão era bem menor do que a registrada durante as diversas visitas de seu antecessor. No total, apenas 70 mil pessoas acompanharam o percurso do papa entre o aeroporto e o centro da cidade, segundo a polícia.
Além disso, a cidade estava bem menos adornada de bandeiras brancas e amarelas do Vaticano que antigamente.
Após a sua chegada à catedral de São João de Varsóvia, o papa disse que "cada pedra" deste monumento destruído durante a guerra "lembra a história dolorosa" de Varsóvia e da Polônia.
O papa alemão concluiu o primeiro dia de sua viagem celebrando uma cerimônia ecumênica na Igreja Luterana de Varsóvia.
Para esta viagem --sua segunda ao exterior, mas a primeira programada por ele mesmo--, Bento 16 decidiu seguir os caminhos de João Paulo 2º.
A peregrinação o levará também à casa onde nasceu Karol Wojtyla, ao seu arcebispado da Cracóvia (sul da Polônia) e a todos o seus santuários favoritos, a começar pelo monteiro de Jasna Gora, onde está exposta a imagem milagrosa da Virgem Negra.
Assim como João Paulo 2º durante a sua primeira viagem em 1979, Bento 16 visitará no domingo o campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau.
O papa disse nesta quinta-feira que iria ao local mais como católico do que como alemão, para pensar em todas as vítimas da barbárie nazista.
"É muito importante entendermos que somos católicos e que as nacionalidades estão inseridas, relativizadas, reunidas no grande conjunto da comunidade católica", disse o sumo pontífice aos jornalistas a bordo do avião que o levava para Varsóvia.
A visita a Auschwitz "nos permitirá pensar em todas as vítimas, para tentarmos entender o quanto o homem pode regredir em sua dignidade pisando nos outros", acrescentou.
Os líderes da Igreja polonesa ressaltam sempre que Bento 16 pode contribuir muito para uma reconciliação entre Polônia e Alemanha, cujas relações atualmente continuam longe de serem amistosas 61 anos após a derrota nazista.
"A Providência fez com que um alemão sucedesse um polonês no trono de São Pedro", declarou o presidente polonês, Lech Kaczynski, em seu discurso de recepção ao papa.
"Nossos dois povos, muito próximos um do outro, foram freqüentemente separados pela História. Sentimos hoje que uma verdadeira reconciliação pode ser estabelecida somente na dimensão espiritual", afirmou.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice