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25/05/2006 - 21h25

Bush diz que Abu Ghraib foi o maior erro cometido no Iraque

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da Folha Online

O presidente americano, George W. Bush, afirmou nesta quinta-feira que o escândalo de tortura de detentos no presídio de Abu Ghraib foi o maior erro que sua administração cometeu no Iraque.

"O maior erro ocorrido até agora, ao menos envolvendo nosso país, foi Abu Ghraib. Estamos pagando por isso por um longo período", reconheceu o presidente.

Em abril de 2004, fotografias de presos iraquianos de Abu Ghraib sendo alvo de torturas ou em situações humilhantes ao lado de militares americanos foram divulgadas em todo o mundo e desencadearam reações dentro e fora dos Estados Unidos.

AP
O presidente americano, George W. Bush (dir.), e o premiê britânico, Tony Blair, em entrevista
O escândalo levou à punição de alguns soldados, mas nenhum alto responsável militar ou civil da administração Bush foi condenado até agora.

Bush reconheceu também hoje, ao lado do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a existência de dificuldades que a coalizão militar vem enfrentando na Guerra do Iraque, iniciada em uma ofensiva conjunta em 2003.

Mesmo admitindo problemas, os líderes afirmaram que manterão as tropas da coalizão no país árabe até que o novo governo iraquiano controle a situação.

"Apesar de atrasos e passos errados, eu acredito veementemente que nós fizemos e estamos fazendo a coisa certa", declarou Bush, em entrevista coletiva na Casa Branca ao lado de Blair.

Desafio

O premiê britânico afirmou que, após um encontro que teve nesta semana com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, reconheceu a gravidade das dificuldades que ainda enfrentarão no país.

"Eu voltei achando que o desafio ainda é imenso, mas também voltei achando mais do que nunca que nós podemos ser bem sucedidos", opinou Blair.

Bush e Blair se reuniram nesta quinta-feira, em Washington, para discutir a segurança no Iraque. O encontro aconteceu um dia depois de o primeiro-ministro iraquiano afirmar que as forças de segurança iraquianas podem assumir o controle da segurança no país até o final de 2007.

No encontro, os dois principais aliados na invasão do Iraque disseram acreditar que Al Maliki --que tomou posse da liderança do novo governo no sábado (20)-- ajude no combate à violência sectária que já matou milhares desde a deposição do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, em abril de 2003.

Saída das tropas

Bush se recusou a fixar um calendário para a retirada das tropas americanas do Iraque, ao dizer que deixará o terreno "no tempo que for necessário para assegurar a vitória".

Diante das conjecturas sobre uma possível retirada de soldados, já que o governo iraquiano assumiu o poder, Bush insistiu no fato de que essa decisão corresponderá "aos comandantes em terra".

Já o primeiro-ministro do Reino Unido disse que é "dever da comunidade internacional" apoiar o novo governo iraquiano liderado por Al Maliki.

A reunião entre os dois líderes, que continua amanhã após Blair pronunciar um discurso na Universidade de Georgetown, acontece depois de o primeiro-ministro do Reino Unido visitar o Iraque na última segunda para se reunir com Al Maliki.

Bush e Blair afirmaram que o novo primeiro-ministro iraquiano tem que cumprir uma "agenda drástica", que inclui a reconciliação nacional, a luta contra o terrorismo e a garantia de segurança para os cidadãos.

Ambos expressaram também que é necessário deixar para trás as diferenças provenientes da conveniência ou não de ter invadido o Iraque e de ter derrubado o ex-presidente Saddam Hussein, além de pedirem um "fortalecimento da jovem democracia".

Crise iraniana

Na reunião de hoje, o presidente americano e o primeiro-ministro britânico também analisaram a crise nuclear iraniana e os esforços da comunidade internacional para conseguir convencer Teerã a abandonar seu programa atômico.

Bush afirmou então que falará de incentivos com o Irã se o país "renunciar a seu programa de enriquecimento de urânio".

Londres e Washington alegam que o programa nuclear iraniano tem objetivos militares, enquanto Teerã diz que seus objetivos são apenas pacíficos, pois pretendem apenas produzir eletricidade para a população.

Com agências internacionais

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