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27/05/2006 - 20h52

Doentes são "testemunho da misericórdia de Deus", diz Bento 16

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da Efe, em Cracóvia (Polônia)

O papa Bento 16 visitou neste sábado locais ligados à memória de João Paulo 2º, como o santuário da Divina Misericórdia, nos arredores da Cracóvia, onde se reuniu com centenas de doentes, aos quais chamou de "o mais eloqüente testemunho da misericórdia de Deus".

"Queridos doentes, marcados pelo sofrimento do corpo ou da alma, sois aqueles que estão mais unidos à cruz de Cristo e, ao mesmo tempo, sois os mais eloqüentes testemunhos da misericórdia de Deus", disse o papa.

A cruz, prosseguiu o sumo-pontífice, é o "toque de amor eterno sobre as feridas mais dolorosas da existência terrena do homem. Devido à doença, Cristo cai sobre a humanidade com amor".

As mãos das pessoas que ajudam os doentes são o "prolongamento" da "grande mão de Deus", acrescentou.

O santuário da Divina Misericórdia foi erguido em homenagem a Faustina Kowalska, conhecida como a Santa Teresa de Jesus polonesa, de quem João Paulo 2º se considerava discípulo.

O local trazia grandes lembranças a João Paulo 2º. Quando ainda era seminarista e trabalhava em uma fábrica próxima ao convento, o jovem Karol parava ali para rezar.

A Misericórdia Divina foi uma dos questões-chave de seu pontificado. Prova desse fato é que sua segunda encíclica, de 1980, é inspirada nas revelações de Kowalska, nascida em 1905 e morta em 1938.

Até a II Guerra Mundial, o convento era quase desconhecido. Após as experiências místicas de Faustina, começou a ser visitado por milhares de pessoas, entre elas o futuro Papa.

A freira escreveu um diário em que descreveu suas visões e conversas com Jesus. Em 1931, quando estava em sua cela, Faustina teve uma visão de Jesus vestido de branco e com uma mão levantada para abençoar. De seu peito, saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro branco.

De acordo com seu testemunho, Jesus pediu a ela que pintasse um quadro em que representasse a imagem que presenciou, e que a obra fosse abençoada no primeiro domingo depois da Páscoa que, acrescentou, deveria ser a festa da Misericórdia.

A freira, que sofreu muitas humilhações por revelar suas visões, morreu aos 33 anos de tuberculose.

A causa de beatificação foi defendida pelo então bispo auxiliar da Cracóvia, Karol Wojtyla, mas o processo ficou parado durante muito tempo no Vaticano, que considerava os textos das visões muito "fortes" para serem publicados.

Faustina foi finalmente beatificada em 1983 e proclamada santa em 2000 no Vaticano diante de mais de 300 mil pessoas.

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