Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/05/2006 - 09h03

Colombianos vão às urnas para eleger presidente

Publicidade

da Folha Online

Cerca de 27 milhões de colombianos estão aptos para votar neste domingo nas eleições presidenciais do país, que conta com seis candidatos disputando a vaga, em meio a um esquema de segurança que prevê a utilização de mais de 300 mil homens.

As pesquisas de intenção de voto mais recentes apontam que o presidente Álvaro Uribe deve ser reeleito com mais de 53% dos votos.

O governo colombiano mobilizou, além de 220 mil homens das Forças Armadas e da polícia, outros 100 mil homens de organismos de segurança e inteligência estatal para a vigilância da eleição em locais estratégicos.

"As eleições serão realizadas em todos os 1.098 municípios do país, em 55.510 seções na Colômbia e 746 no exterior", informou a registradora nacional do Estado Civil --responsável pelo pleito--, Alma Beatriz Rengifo.

Rengifo afirmou que "todas as garantias de segurança estão sendo dadas" para os profissionais envolvidos no pleito, assim como para os eleitores.

O ministro do Interior e de Justiça, Sabas Pretelt, afirmou que foram disponibilizados homens de todas as forças de segurança para praticamente todo o país. Segundo ele, essa é "uma mobilização de forças como nunca se viu antes". Pretelt explicou também que 99% do território "está coberto" com garantias de segurança.

Há poucas semanas, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, principal grupo guerrilheiro do país) anunciaram que não interfeririam nas eleições, embora tenham sido registradas sabotagens e combates em várias regiões nos últimos dias.

Calma

Um estudo da ONG Fundação Segurança e Democracia concluiu que a atual campanha para as eleições presidenciais colombianas foi a menos violenta dos últimos 20 anos.

"Ao considerar assassinatos e seqüestros de autoridades locais, candidatos, congressistas, dirigentes políticos e funcionários públicos, durante as eleições presidenciais de 2006 foram registradas reduções significativas em relação às eleições de 1990, 1994, 1998 e 2002", revelou o estudo.

"As eleições presidenciais deste ano têm sido as menos violentas dos últimos 20 anos", acrescentou o informe.

Para a ONG, a redução da violência nas últimas eleições "está relacionada aos efeitos da política de Segurança Democrática elaborada pelo atual governo, e por meio da qual houve um aumento da presença da força pública em municípios controlados anteriormente por grupos clandestinos".

"Por outro lado, a desmobilização dos grupos paramilitares fez com que durante estas eleições a violência política gerada por eles diminuísse".

Entre a quinta e a sexta-feira (26) começou a valer a proibição de andar armado em várias cidades da Colômbia.

As autoridades também proibiram a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em lugares públicos, além do transporte de entulhos e de cilindros de gás. O nome do presidente eleito --que assumirá o poder para o mandato do período entre 2006 e 2010-- deve ser conhecido poucas horas após o fechamento dos colégios eleitorais, disse Rengifo.

Confiança

A OEA (Organização dos Estados Americanos) estimou que o processo eleitoral colombiano gera "a confiança necessária" para que os cidadãos compareçam em número expressivo neste domingo à eleição presidencial, mas advertiu que, em algumas áreas, existem limitações devido à presença de grupos clandestinos.

Num comunicado, uma missão da OEA integrada por 35 observadores de 14 Estados membros da organização, além da Holanda e da Suécia, informou que "o processo eleitoral em curso permite gerar a confiança necessária no eleitor para que ele compareça às urnas e exerça seu direito de votar".

"No entanto, está consciente das limitações que alguns eleitores em algumas áreas do país têm para chegar às urnas em segurança e paz devido às ameaças ou à presença ativa de grupos à margem da lei", acrescentou.

A OEA fez um pedido aos "distintos setores políticos e sociais do país para que mantenham a tranqüilidade e a paz durante a eleição".

"Fazemos votos para que a tolerância, o diálogo e o respeito sejam os princípios diretores da etapa pós-eleitoral", destacou o comunicado.

Candidatos

As eleições serão realizadas entre 8h e 16h locais (10h e 18h em Brasília), em 9.820 postos de votação, nos 1.098 municípios do país. Os eleitores receberão um cartão com o nome e a fotografia dos seis presidenciáveis e seus respectivos candidatos a vice-presidente.

Em primeiro lugar na lista aparecem o oftalmologista Carlos Rincón Barreto, do Movimento Político Comunal e Comunitário, e seu companheiro para a vice-presidência, Guillermo Cardona. Em seguida, o ex-ministro da Justiça Enrique Parejo González e seu companheiro, Felipe Cárdenas, do Movimento de Reconstrução Democrática Nacional.

Em terceiro está o presidente Uribe e o vice-presidente Francisco Santos, do movimento Primeiro Colômbia. Depois, na parte superior direita do cartão, aparece Carlos Gaviria Díaz e Patricia Lara, do Pólo Democrático Alternativo (PDA).

Abaixo, aparecem as fotografias de Horacio Serpa e de Iván Marulanda, do Partido Liberal (PL), e em seguida a do candidato que se retirou da disputa eleitoral, mas que acabou ficando impresso nos cartões, Alvaro Leyva Durán. Por fim, são listados Antanas Mockus e Maria Isabel Patiño, da Aliança Social Indígena, antes do quadro destinado ao voto em branco, que fecha o cartão.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre eleições na Colômbia
  • Leia o que já foi publicado sobre Alvaro Uribe
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página