Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/05/2006 - 11h55

Atividade do vulcão Merapi triplica após terremoto na Indonésia

Publicidade

da Folha Online

O terremoto de 6,3 graus na escala Richter que atingiu a Indonésia no último sábado (27) triplicou a atividade do vulcão Merapi, que fica no monte de mesmo nome, também na Indonésia. O aumento de lava e fumaça expelidas pelo vulcão assusta os moradores, que temem uma erupção violenta.

O vulcão já expelia fumaça e lava há cerca de três semanas, mas a quantidade foi triplicada após o terremoto, que deixou mais de 5.100 mortos. Segundo autoridades que monitoram a atividade do Merapi, em média, o vulcão tem expelido fumaça quente cerca de 150 vezes por dia, contra 50 registradas antes do tremor.

"O terremoto causou uma instabilidade na cúpula de lava", disse Subandriyo [na Indonésia é comum a utilização de apenas um nome], um dos técnico que analisam o vulcão. "Existe a possibilidade de ocorrer uma grande erupção", acrescentou.

O Merapi, que fica em um monte de 3.000 metros, é um dos mais ativos vulcões de todo o mundo, que sofreu erupções muitas vezes nos últimos 200 anos, várias delas violentas e fatais.

Autoridades já haviam ordenado a retirada de pessoas que vivem nas regiões mais próximas ao vulcão no início deste mês, mas o aumento de atividade do Merapi causou mais preocupação.

Chew Soon Hoe, professor do departamento de engenharia geológica da Universidade Nacional de Cingapura, disse que a atividade do Merapi foi renovada após a tremor que atingiu a Indonésia. "A localização do terremoto do último sábado e do monte Merapi é uma área de redução --processo em que uma placa tectônica da crosta terrestre é pressionada por outra-- ao longo do limite das placas Euro-Asiática e India-Austrália", disse.

"Essa placa do oceano é a causa do recente terremoto e da atividade do vulcão na Indonésia. Devido à proximidade, a energia causada pelo tremor vai acelerar ou ao menos alarmar a atividade do vulcão", explicou Chew.

David Booth, sismólogo do British Geological Survey, discorda. Para ele, o tremor não irá necessariamente causar uma erupção do vulcão. "Vulcões passam por várias reações químicas do magma até chegar à superfície. É como sacudir uma garrafa com limonada. Existe uma enorme pressão, mas se não houver uma reação química que leve a substância à superfície, a pressão continuará presa, sob controle", disse.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o vulcão Merapi
  • Leia o que já foi publicado sobre terremotos
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página