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01/06/2006 - 19h39

Sargento é considerado culpado por ameaçar preso em Abu Ghraib

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da Folha Online

Um júri militar considerou culpado nesta quinta-feira um sargento do Exército dos Estados Unidos por ameaçar um detento da prisão iraquiana de Abu Ghraib com um cachorro e por negligência no cumprimento do dever.

O sargento Santos A. Cardona, 32, é o 11º militar penalizado por crimes relacionados aos abusos cometidos contra prisioneiros no final de 2003 e início de 2004.

A Corte Marcial, composta por quatro oficiais e três soldados, inocentou Cardona, no entanto, por uma acusação ainda mais grave, a de ter instigado o cão contra prisioneiros para aterrorizá-los como parte de um jogo realizado com outro colega.

11.jun.2004/AP
Imagem mostra militar dos EUA ameaçando prisioneiro de Abu Ghraib com cachorro
As deliberações duraram mais de 16 horas, após uma semana de processo. Cardona, um policial militar, foi absolvido de outras sete acusações de tortura a prisioneiros nesta unidade carcerária, na periferia de Bagdá.

O sargento enfrenta agora a possibilidade de condenação a três anos e meio de prisão e a possível baixa ou degradação no Exército.

Este processo era o último marcado de um soldado envolvido no escândalo de maus-tratos e humilhações infligidas aos prisioneiros de Abu Ghraib, que o presidente George W. Bush descreveu semana passada como o "maior erro" dos americanos no Iraque.

Outro envolvido no escândalo --revelado no início de 2004, quando fotos tiradas por militares foram publicadas na imprensa--, o sargento Michael Smith, 24, já havia sido condenado, em março, a seis meses de prisão e foi rebaixado a soldado raso.

A condenação do sargento acontece num momento em que o Exército americano está confrontado com um novo escândalo. Duas investigações estão em curso para determinar as circunstâncias nas quais 24 civis iraquianos, entre eles mulheres e crianças, foram mortos, no dia 19 de novembro, em Haditha por uma patrulha de marines.

Cardona aparece em várias das fotografias que circularam por todo o mundo e nas quais se vêem cenas de torturas de prisioneiros, entre as quais incluem-se humilhações sexuais e intimidação com cachorros.

Dez julgamentos marciais realizados até o momento concluíram que os abusos foram perpetrados por soldados fora de controle, que operavam sob uma supervisão insuficiente e que violaram as regras militares e as ordens de seus superiores.

Outros soldados e suboficiais envolvidos nas torturas de Abu Ghraib receberam sentenças que vão do desconto da metade de um soldo até prisão por dez anos.

Com agências internacionais

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