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05/06/2006
-
07h48
da Efe, em Lima
O nacionalista Ollanta Humala, que entrou para a política há um ano prometendo acabar com a pobreza e a exclusão no Peru, não foi eleito presidente, mas colocou seu partido como a principal força do Congresso.
O militar reformado de 43 anos, que foi o candidato mais votado no primeiro turno, fundou com sua esposa, Nadine Heredia, o Partido Nacionalista, com o objetivo de conseguir "a grande transformação" e colocar fim ao neoliberalismo.
Após a confirmação da vitória de seu rival, o social-democrata Alan García, o nacionalista disse que estava satisfeito porque conseguiu "construir um movimento que mudou o mapa político do Peru".
A legenda pelo qual ele se candidatou, o União pelo Peru (UPP), obteve 45 das 120 cadeiras da Câmara nas eleições legislativas. Mesmo não obtendo a maioria absoluta, o UPP se tornou a força mais representada, seguido pelo histórico Partido Aprista, de García, com 36 cadeiras.
Humala também obteve o maior número de votos em 15 dos 24 departamentos do país, localizados nos Andes do sul e centro do país, assim como na floresta amazônica. Mas estas regiões são menos povoadas, em comparação com o litoral e a capital, onde García venceu.
Mudança
Desde sua entrada na vida política, Humala passou a representar as classes mais baixas, que conquistou com por seu carisma, sua mensagem direta e seu discurso contra a corrupção e a reconstrução da desprestigiada classe política peruana.
Os eleitores de Humala são aqueles que confiaram anos atrás no atual presidente, Alejandro Toledo, mas que nunca viram cumpridas suas promessas de mudança e desenvolvimento.
Sua consolidação como líder das comunidades mais necessitadas coincidiu com um crescente temor das classes dirigentes, empresariais e investidoras, que viram em seus planos de nacionalização uma ameaça a seus interesses e ao próprio desenvolvimento da nação.
Acusações
A campanha de Humala foi atingida por acusações de crimes contra a humanidade supostamente cometidos quando dirigiu uma base antiterrorista na selva peruana, em 1992.
Humala também foi alvo da pressão da imprensa peruana, que não mediu adjetivos e ataques contra ele por considerá-lo um "aliado" do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Além disso, os receios contra o nacionalista --que também se declarou próximo ao cubano Fidel Castro e ao boliviano Evo Morales-- fez com que os inimigos mais acirrados de Alan García se transformassem em seus aliados.
Poder
Humala se inscreveu na lista dos bem-sucedidos políticos "anti-sistema" que surgiram no Peru desde 1990, com a chegada ao poder de Alberto Fujimori (1990-2000), e que continuou com o economista Alejandro Toledo, que sairá do governo em julho.
Com apenas um ano de experiência política, o militar reformado derrotou nas urnas a conservadora Lourdes Flores e o ex-presidente Valentín Paniagua.
Humala buscará agora o apoio da esquerda, dos movimentos sociais e das organizações gremiais para realizar seu sonho de chegar ao poder nas eleições de 2011.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ollanta Humala
Leia o que já foi publicado sobre Alan García
Leia o que já foi publicado sobre Lourdes Flores
Leia o que já foi publicado sobre as eleições peruanas
Humala perde no Peru, mas mantém representação no Congresso
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O nacionalista Ollanta Humala, que entrou para a política há um ano prometendo acabar com a pobreza e a exclusão no Peru, não foi eleito presidente, mas colocou seu partido como a principal força do Congresso.
O militar reformado de 43 anos, que foi o candidato mais votado no primeiro turno, fundou com sua esposa, Nadine Heredia, o Partido Nacionalista, com o objetivo de conseguir "a grande transformação" e colocar fim ao neoliberalismo.
Após a confirmação da vitória de seu rival, o social-democrata Alan García, o nacionalista disse que estava satisfeito porque conseguiu "construir um movimento que mudou o mapa político do Peru".
A legenda pelo qual ele se candidatou, o União pelo Peru (UPP), obteve 45 das 120 cadeiras da Câmara nas eleições legislativas. Mesmo não obtendo a maioria absoluta, o UPP se tornou a força mais representada, seguido pelo histórico Partido Aprista, de García, com 36 cadeiras.
Humala também obteve o maior número de votos em 15 dos 24 departamentos do país, localizados nos Andes do sul e centro do país, assim como na floresta amazônica. Mas estas regiões são menos povoadas, em comparação com o litoral e a capital, onde García venceu.
Mudança
Desde sua entrada na vida política, Humala passou a representar as classes mais baixas, que conquistou com por seu carisma, sua mensagem direta e seu discurso contra a corrupção e a reconstrução da desprestigiada classe política peruana.
Os eleitores de Humala são aqueles que confiaram anos atrás no atual presidente, Alejandro Toledo, mas que nunca viram cumpridas suas promessas de mudança e desenvolvimento.
Sua consolidação como líder das comunidades mais necessitadas coincidiu com um crescente temor das classes dirigentes, empresariais e investidoras, que viram em seus planos de nacionalização uma ameaça a seus interesses e ao próprio desenvolvimento da nação.
Acusações
A campanha de Humala foi atingida por acusações de crimes contra a humanidade supostamente cometidos quando dirigiu uma base antiterrorista na selva peruana, em 1992.
Humala também foi alvo da pressão da imprensa peruana, que não mediu adjetivos e ataques contra ele por considerá-lo um "aliado" do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Além disso, os receios contra o nacionalista --que também se declarou próximo ao cubano Fidel Castro e ao boliviano Evo Morales-- fez com que os inimigos mais acirrados de Alan García se transformassem em seus aliados.
Poder
Humala se inscreveu na lista dos bem-sucedidos políticos "anti-sistema" que surgiram no Peru desde 1990, com a chegada ao poder de Alberto Fujimori (1990-2000), e que continuou com o economista Alejandro Toledo, que sairá do governo em julho.
Com apenas um ano de experiência política, o militar reformado derrotou nas urnas a conservadora Lourdes Flores e o ex-presidente Valentín Paniagua.
Humala buscará agora o apoio da esquerda, dos movimentos sociais e das organizações gremiais para realizar seu sonho de chegar ao poder nas eleições de 2011.
Especial
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