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07/06/2006 - 09h33

Iraque liberta cerca de 600 presos; ao menos 11 morrem em ataques

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da Folha Online

Quase 600 presos foram libertados nesta quarta-feira no Iraque --os primeiros de um total de 2.500-- como parte do esforço do premiê iraquiano, Nouri al Maliki, para dar fim à violência sectária e combater os ataques insurgentes no país.

Segundo o vice-presidente, o sunita Tareq al Hashemi, um total de 562 prisioneiros foram soltos nesta quarta-feira de prisões americanas. A libertação ocorreu um dia depois que Al Maliki anunciou a medida para tentar reconciliar as facções rivais no Iraque.

Foi uma das maiores libertações de prisioneiros iraquianos de detenções americanas desde a invasão do país liderada pelos EUA, em 2003, que depôs o ex-ditador Saddam Hussein.

Efe
Presos beijam o chão após serem libertados no Iraque; 562 foram soltos para dar fim à violência
Muitos dos presos --estimados em 28 mil-- estão detidos por suspeita de envolvimento em uma rebelião sunita contra o governo xiita apoiado pelos Estados Unidos.

Os sunitas --que governavam o Iraque durante o regime de Saddam, mas perderam poder após sua queda-- reclamam de maus tratos a prisioneiros durante o governo de Al Maliki --que é xiita.

Três ônibus trouxeram cerca de cem prisioneiros para a principal estação de ônibus de Bagdá, sob escolta das forças de segurança americanas e iraquianas. Uma multidão de familiares aguardava a chegada dos prisioneiros libertados.

Aparentando exaustão, alguns dos presos relataram ter ficado meses detidos sem acusação formal. "Eu fiquei preso por quase sete meses porque fui acusado pelos Exército dos EUA de atacar suas forças", afirmou o sunita Ra'ad Talal Hikmat, que mora na Província de Anbar, um dos bastiões da insurgência. "Nós enfrentamos falta de comida e problemas de saúde".

Ataques

Também nesta quarta-feira, onze pessoas --entre elas oito policiais e um imã sunita-- morreram nesta quarta-feira em vários ataques ocorridos no Iraque, onde a polícia também encontrou outros cinco pessoas assassinadas, informaram fontes dos serviços de segurança.

Em um dos ataques, quatro policiais e um civil morreram quando homens armados abriram fogo contra um carro da polícia no bairro Mansur, zona oeste de Bagdá. Em outro atentado, um comandante e um coronel de polícia morreram e dois policiais ficaram feridos na explosão de uma bomba de fabricação caseira na passagem de um comboio pela zona leste da capital.

Um civil morreu e outros dois ficaram feridos depois que um morteiro atingiu sua casa no bairro de Baladiyat, também na zona leste de Bagdá.

Em Tikrit, 180 km ao norte da capital, dois policiais morreram e outros dois foram feridos em uma emboscada contra o veículo no qual viajavam, segundo a polícia da cidade.

Um xeque e um imã sunitas foram assassinados por homens armados em Hawijah, 50 km ao oeste de Kirkuk, segundo a polícia desta cidade petroleira, que fica 250 km ao norte de Bagdá.

A polícia iraquiana também encontrou os corpos de cinco pessoas --incluindo duas mulheres-- em diversos pontos da capital.

Com agências internacionais

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