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07/06/2006 - 21h58

Humala comandará oposição ao governo de García no Peru

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da Efe, em Lima

O ex-comandante Ollanta Humala vai liderar a "oposição democrática" ao governo de Alan García e se disse convencido de que seu movimento nacionalista será ratificado como a primeira força no Peru nas eleições regionais de novembro.

Após negar uma ruptura da aliança entre seu partido, o Nacionalista, e o União pelo Peru (UPP), formação com a qual se candidatou às recentes eleições, Humala anunciou nesta quarta-feira que defenderá os interesses nacionais e fiscalizará o governo de García "para que cumpra o que prometeu".

Humala ressaltou que o Peru "está dividido historicamente" e que "há uma fratura social", afirmando que seus eleitores "não taparam o nariz" e nem votaram com medo, em comparação com os que apoiaram seu rival social-democrata, que, segundo sua opinião, ganhou com "votos emprestados e provavelmente alugados".

"Somos a primeira força política", destacou, em referência às 45 das 120 cadeiras do Congresso obtidas após as eleições legislativas de abril e aos seis milhões de peruanos que votaram nele no último domingo. Por isso, Humala disse que se sentiu "vencedor" e afirmou que seu projeto, criado há alguns meses, "enfrentou grandes poderes".

Sobre a convocação de uma "frente popular", afirmou que reunirá os que "sentem que é necessária a construção de um modelo alternativo ao neoliberalismo". Seu apelo incluiu o empresariado nacional, que, segundo sua opinião, foi destruído pelo modelo econômico vigente e pela dividida esquerda peruana.

No Congresso, a formação de Humala vai propor leis com o objetivo de revisar os contratos com as multinacionais e recuperar os recursos naturais, pilares da sua proposta eleitoral.

Sobre o presidente eleito, Alan García, Humala disse que não sente confiança nele, porque --disse-- sua gestão anterior (1985-90) foi uma das piores da história republicana do Peru.

Ainda assim, se mostrou disposto a trabalhar com o governo do Partido Aprista em aspectos próximos, como o que envolve o retorno à Constituição de 1979, a redução dos preços dos combustíveis e do gás doméstico, assim como uma melhor distribuição de água e melhorias nos sistemas de saúde e de segurança pública.

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