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11/06/2006 - 10h24

Detidos sob leis antiterroristas processarão polícia britânica

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da Efe, em Londres

Dois irmãos detidos em Londres sob as novas leis antiterroristas britânicas e colocados em liberdade sem acusações processarão a polícia metropolitana, segundo informou sua advogada, Gareth Peirce, ao jornal dominical "The Observer".

Abul Koyair, 20, e Mohammed Abdul Kahar, 23 --que ficou ferido durante uma grande operação policial-- apresentarão uma ação contra a Scotland Yard após terem sido interrogados durante uma semana por serem suspeitos de planejar atos terroristas.

Os dois irmãos foram libertados depois que a polícia fez buscas em sua casa e não encontrou as armas químicas que suspeitava que estivessem fabricando.

Os dois moravam em Forest Gate (leste de Londres), bairro com grande população muçulmana, e foram detidos em uma operação da qual participaram 250 policiais fortemente armados.

Sua advogada --que também defende a família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto em julho pela polícia ao ser confundido com um terrorista-- disse ao jornal que "os danos emocionais" de uma ação policial como a sofrida pelos irmãos são "enormes".

Agressão

"Nenhum dos agentes se identificou como policial quando entraram com máscaras na casa dos meus clientes e começaram a golpeá-los na cabeça", afirmou a advogada.

Segundo a imprensa britânica, as duas vítimas desse novo erro da polícia antiterrorista britânica podem pedir até 750 mil euros por danos e prejuízos pelos ferimentos sofridos na ação policial, assim como por difamação.

O comissário-chefe adjunto da polícia metropolitana, Andy Hayman, se desculpou pelo ocorrido, mas justificou a operação ao afirmar que seus homens não tiveram alternativa a não ser agir com base "nas informações muito concretas recebidas" sobre a preparação de uma bomba química na casa dos suspeitos.

Neste domingo (11), haverá uma manifestação de protesto em frente à sede central da Scotland Yard, da qual participarão várias organizações islâmicas, como o Conselho Muçulmano do Reino Unido e a Comissão Islâmica de Direitos Humanos.

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