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16/06/2006
-
14h40
da France Presse, em Katmandu
O governo do Nepal e os rebeldes maoístas chegaram nesta sexta-feira a um acordo para colocar fim a uma década de conflito no dia seguinte de uma histórica reunião entre o líder da guerrilha e o primeiro-ministro do reino, informou o ministro do Interior.
"Chegamos a um acordo de oito pontos para tirar o país da atual crise", assinalou Krishna Prasad Sipaula. A entrevista inédita aconteceu na capital nepalesa, na casa do primeiro-ministro Girija Prasad Koirala, que recebeu o líder maoísta Pushpa Kamal Dahal, ou Prachanda ("o Feroz"). Nem o premiê nem o líder maoísta fizeram declarações à imprensa.
"O primeiro-ministro e o nosso chefe avaliaram a possibilidade de realizar em breve eleições para formar um assembléia constituinte", informou Dinanath Sharma, membro da delegação maoísta que participa nas negociações.
Os partidos políticos têm previsto realizar reuniões em paralelo com dirigentes maoístas.
As negociações, iniciadas no final de maio a um nível político inferior, representam a terceira tentativa de obter um acordo de paz desde que, em 1996, explodiu a revolta maoísta, que visa a queda da monarquia.
Os maoístas anunciaram em várias ocasiões que não deporão as armas antes das eleições de uma assembléia constituinte, sua principal reivindicação.
Os partidos políticos e os rebeldes, inimigos jurados até então, se aproximaram depois que o rei Gyanendra assumiu plenos poderes em 1o. de fevereiro de 2005. Os maoístas formaram então uma aliança informal com os partidos para pôr fim aos poderes extraconstitucionais do monarca.
Depois de três semanas de manifestações populares, o rei aceitou, no final de abril, a formação de um governo de oposição e o restabelecimento do parlamento eleito democraticamente.
Os rebeldes assinaram então um cessar-fogo com o governo e aceitaram eleger, no início do próximo ano, um Assembléia Constituinte encarregada de revisar a Constituição de 1990.
Os guerrilheiros, no entanto, pretendem abolir a monarquia e instaurar a república, enquanto certos membros do governo apóiam a manutenção do rei com um papel protocolar.
Os dez anos de conflito deixaram mais de 12 mil mortos no Nepal.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Nepal
Rebeldes e governo chegam a acordo para fim da violência no Nepal
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O governo do Nepal e os rebeldes maoístas chegaram nesta sexta-feira a um acordo para colocar fim a uma década de conflito no dia seguinte de uma histórica reunião entre o líder da guerrilha e o primeiro-ministro do reino, informou o ministro do Interior.
"Chegamos a um acordo de oito pontos para tirar o país da atual crise", assinalou Krishna Prasad Sipaula. A entrevista inédita aconteceu na capital nepalesa, na casa do primeiro-ministro Girija Prasad Koirala, que recebeu o líder maoísta Pushpa Kamal Dahal, ou Prachanda ("o Feroz"). Nem o premiê nem o líder maoísta fizeram declarações à imprensa.
"O primeiro-ministro e o nosso chefe avaliaram a possibilidade de realizar em breve eleições para formar um assembléia constituinte", informou Dinanath Sharma, membro da delegação maoísta que participa nas negociações.
Os partidos políticos têm previsto realizar reuniões em paralelo com dirigentes maoístas.
As negociações, iniciadas no final de maio a um nível político inferior, representam a terceira tentativa de obter um acordo de paz desde que, em 1996, explodiu a revolta maoísta, que visa a queda da monarquia.
Os maoístas anunciaram em várias ocasiões que não deporão as armas antes das eleições de uma assembléia constituinte, sua principal reivindicação.
Os partidos políticos e os rebeldes, inimigos jurados até então, se aproximaram depois que o rei Gyanendra assumiu plenos poderes em 1o. de fevereiro de 2005. Os maoístas formaram então uma aliança informal com os partidos para pôr fim aos poderes extraconstitucionais do monarca.
Depois de três semanas de manifestações populares, o rei aceitou, no final de abril, a formação de um governo de oposição e o restabelecimento do parlamento eleito democraticamente.
Os rebeldes assinaram então um cessar-fogo com o governo e aceitaram eleger, no início do próximo ano, um Assembléia Constituinte encarregada de revisar a Constituição de 1990.
Os guerrilheiros, no entanto, pretendem abolir a monarquia e instaurar a república, enquanto certos membros do governo apóiam a manutenção do rei com um papel protocolar.
Os dez anos de conflito deixaram mais de 12 mil mortos no Nepal.
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