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21/06/2006 - 18h17

Oito militares dos EUA são acusados por morte de civil iraquiano

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da Folha Online

Oito militares americanos foram formalmente acusados por assassinato e outros crimes em relação ao caso de um civil iraquiano morto em abril, informou nesta quarta-feira um porta-voz militar dos Estados Unidos.

Todos os oito suspeitos também foram acusados de seqüestro, segundo o comunicado divulgado em uma entrevista coletiva na base militar de Camp Pendleton (Califórnia). Outras acusações incluem conspiração, apropriação indébita e fornecimento de informação oficial falsa.

"A partir das conclusões de uma investigação criminal, sete marines e um membro da Marinha dos EUA foram indiciados por seqüestro, assassinato e complô na morte de um civil iraquiano em Hamdania", anunciou o coronel Stewart Navarre.

A alegação é de que os militares americanos teriam retirado um iraquiano desarmado de sua casa, em 26 de abril, e o mataram com tiros sem que a vítima tivesse apresentado reação.

Os sete marines e o membro da Marinha, pertencentes ao 3º Batalhão baseado em Pendleton, foram retirados do Iraque no final de maio e presos na base militar de Camp Pendleton para aguardar o andamento dos procedimentos legais de investigação.

O caso está sendo analisado separadamente da investigação sobre o suposto envolvimento de marines no assassinato de 24 civis iraquianos em Haditha em novembro de 2005. Dois inquéritos relacionados a este caso ainda estão transcorrendo e ainda não foi feita nenhuma acusação formal.

Uma vez que as acusações formais contra os oito militares do caso de Hamdania foram efetivadas, os suspeitos terão o direito a representantes legais militares, mas poderão também contratar advogados civis.

Em seguida, serão determinadas as primeiras audiências sobre o caso, que podem levar à realização de uma Corte Marcial para alguns dos oito suspeitos.

Thar Thar

Na segunda-feira, o Pentágono anunciou que três soldados dos Estados Unidos foram formalmente acusados de assassinato e tentativa de assassinato em conexão com as mortes de três prisioneiros iraquianos em maio.

"Um suboficial e dois soldados foram acusados de violar vários artigos do Código Militar, referentes a assassinato, tentativa de assassinato, conspiração, ameaças e obstrução da Justiça", de acordo com uma declaração militar divulgada em Tikrit, no Iraque.

Os três iraquianos detidos morreram em uma operação realizada em 9 de maio, no canal Thar Thar, na Província de Salaheddin.

Os três soldados pertencem à Equipe de Combate da 3ª Brigada, da 101ª Divisão Aérea.

A investigação, iniciada em 17 de maio, foi determinada pelo general Peter Chiarelli, segunda maior autoridade das Forças Armadas dos EUA no Iraque, depois que alguns soldados comunicaram a seus superiores suspeitas sobre as mortes.

Em 9 de maio, o chefe da unidade dos soldados tinha aberto uma investigação sobre as circunstâncias dessas mortes.

Os soldados acusados estão detidos, à espera de que os investigadores determinem se têm provas suficientes para levá-los a uma Corte Marcial, segundo o comunicado. Não está claro se todos eles são acusados de assassinato.

Com agências internacionais

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