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05/10/2000
-
17h48
da France Presse
em Washington
O presidente Bill Clinton deu hoje o apoio dos Estados Unidos ao levante popular sérvio contra o regime de Slobodan Milosevic, mas negou qualquer intervenção militar norte-americana na República Federal da Iugoslávia.
"Os Estados Unidos estão do lado dos povos que lutam por sua liberdade. Nós acreditamos na democracia e faremos tudo o que pudermos pelo povo sérvio, assim como por todos os outros povos para que possam eleger seus dirigentes", declarou Clinton.
Contudo, o presidente negou qualquer possibilidade de intervenção militar norte-americana, inclusive no caso de Milosevic utilizar a violência contra os sérvios. "Não creio que esse caso justifique uma intervenção militar e acredito que não devemos dizer ou fazer nada que possa favorecer o jogo" de Milosevic, afirmou.
O presidente Clinton respondeu perguntas da imprensa sobre os acontecimentos de hoje em Belgrado, onde mais de 300 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra Milosevic, invadindo o Parlamento Federal e o prédio da televisão estatal.
Clinton reafirmou que para Washington a oposição democrática venceu claramente a eleição presidencial de 24 de setembro, apesar das fraudes cometidas pela contagem oficial. Também se declarou convencido de que "se o resto do mundo também apóia o direito dos sérvios à liberdade e à democracia, (estes) terminarão prevalecendo".
As autoridades norte-americanas que acompanham de perto o desenrolar da situação têm atualmente a sensação de que está chegando o começo do fim da era Milosevic, mas também admitem que os meios que Washington tem para influir diretamente nos acontecimentos são relativamente limitados.
"Existem cada vez mais sinais de que o controle de Milosevic sobre o povo parece enfraquecer", declarou hoje de manhã o porta-voz da Casa Branca, Jake Siewert, exortando o presidente iugoslavo a render-se diante da vontade popular e aceitar a vitória do candidato da oposição, Vojislav Kostunica, na eleição presidencial.
O Tribunal Constitucional Iugoslavo decidiu anular os resultados das eleições ontem, dando margem para as expressivas manifestações de hoje.
Os dirigentes norte-americanos acreditam que os aliados tradicionais de Milosevic começaram a se distanciar dele. Siewert comemorou o fato de a polícia ter renunciado ontem "com sabedoria" ao uso de violência e desacatando ordens diante dos mineiros na greve de Kolubara, ao sul de Belgrado.
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Clinton apóia levante sérvio, mas nega intervenção militar
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em Washington
O presidente Bill Clinton deu hoje o apoio dos Estados Unidos ao levante popular sérvio contra o regime de Slobodan Milosevic, mas negou qualquer intervenção militar norte-americana na República Federal da Iugoslávia.
"Os Estados Unidos estão do lado dos povos que lutam por sua liberdade. Nós acreditamos na democracia e faremos tudo o que pudermos pelo povo sérvio, assim como por todos os outros povos para que possam eleger seus dirigentes", declarou Clinton.
Contudo, o presidente negou qualquer possibilidade de intervenção militar norte-americana, inclusive no caso de Milosevic utilizar a violência contra os sérvios. "Não creio que esse caso justifique uma intervenção militar e acredito que não devemos dizer ou fazer nada que possa favorecer o jogo" de Milosevic, afirmou.
O presidente Clinton respondeu perguntas da imprensa sobre os acontecimentos de hoje em Belgrado, onde mais de 300 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra Milosevic, invadindo o Parlamento Federal e o prédio da televisão estatal.
Clinton reafirmou que para Washington a oposição democrática venceu claramente a eleição presidencial de 24 de setembro, apesar das fraudes cometidas pela contagem oficial. Também se declarou convencido de que "se o resto do mundo também apóia o direito dos sérvios à liberdade e à democracia, (estes) terminarão prevalecendo".
As autoridades norte-americanas que acompanham de perto o desenrolar da situação têm atualmente a sensação de que está chegando o começo do fim da era Milosevic, mas também admitem que os meios que Washington tem para influir diretamente nos acontecimentos são relativamente limitados.
"Existem cada vez mais sinais de que o controle de Milosevic sobre o povo parece enfraquecer", declarou hoje de manhã o porta-voz da Casa Branca, Jake Siewert, exortando o presidente iugoslavo a render-se diante da vontade popular e aceitar a vitória do candidato da oposição, Vojislav Kostunica, na eleição presidencial.
O Tribunal Constitucional Iugoslavo decidiu anular os resultados das eleições ontem, dando margem para as expressivas manifestações de hoje.
Os dirigentes norte-americanos acreditam que os aliados tradicionais de Milosevic começaram a se distanciar dele. Siewert comemorou o fato de a polícia ter renunciado ontem "com sabedoria" ao uso de violência e desacatando ordens diante dos mineiros na greve de Kolubara, ao sul de Belgrado.
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