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22/06/2006 - 10h52

Jornal inglês revela novas falhas no caso da morte de Jean Charles

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da Ansa, em Londres
da Folha Online

Equipes de transmissão e radio digital que faziam a comunicação entre membros da Scotland Yard e agentes de policia que atiraram e mataram o brasileiro Jean Charles de Menezes não funcionaram corretamente e podem ser uma das causas do assassinato do brasileiro, segundo informações publicadas nesta quinta-feira perlo tablóide inglês "Daily Mirror".

O mineiro foi morto em julho de 2005, numa estação de metrô em Londres, ao ser confundido com um terrorista.

De acordo com o jornal, câmeras digitais e os equipamentos de som, que deveriam gravar cada transmissão e a ordem de perseguição a Jean Charles, não funcionaram no dia da morte do brasileiro.

A falha, que pode ter sido provocada por um problema técnico, significa que não existe um controle permanente das palavras e ações de comando ordenadas pelos comandantes da operação aos policiais que dispararam os tiros que assassinaram Jean Charles, que tinha 23 anos quando morreu.

Essas falhas foram admitidas pelas autoridades da Scotland Yard e pela Comissão Independente de Queixas da Policia (IPCC), que entregou seu boletim à Procuradoria-Geral.

Em 21 de julho havia ocorrido ameaça de atentado nos metrôs londrinos e, duas semanas antes, sangrentos ataques contra o sistema de transporte de Londres deixaram 52 mortos e mais de 700 feridos. Segundo o "Daily Mirror", os equipamentos de gravação sonora e digital, avaliados em US$ 45 mil, podem ter sido danificados quando utilizados por outro corpo policial.

Um membro da Scotland Yard, citado pelo jornal, disse ser "estranho que esses aparelhos de gravação não tenham funcionado naquele dia, acrescentando que os que enxergam teorias conspirativas dirão que as gravações foram destruídas para encobrir um fato. No entanto, segundo ele, a falta de provas dificulta a própria absolvição dos policiais envolvidos.

As falhas poderiam envolver agora a comandante Cressida Dick nessa operação que terminou com a morte de Jean Charles. Colegas de Dick, 43 anos, disseram que a mulher agiu corretamente ao não instruir aos policiais que atirassem contra o suspeito.

Documentos recentemente revelados pela IPCC mostram que foram cometidos "muitos erros" que levaram à morte do brasileiro Jean Charles, como falha na comunicação entre os policiais e seus superiores, irregularidades no relatório policial daquele dia (22 de julho) e demoras para capturar com vida o jovem, ao invés de mata-lo com tiros à queima roupa.

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