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22/06/2006
-
22h51
da France Presse, em Budapeste
O presidente americano, George W. Bush, concluiu nesta quinta-feira uma viagem à Europa com uma homenagem, em Budapeste, às vítimas do levante anti-soviético de 1956, durante a qual aproveitou para pedir apoio ao novo governo do Iraque.
Num dia carregado de símbolos, Bush recordou o espírito da insurreição anticomunista dos húngaros e as manifestações pela democracia de 1989.
"O primeiro-ministro [Nouri al] Maliki, do Iraque, se ungiu dos ideais democráticos que inspiraram os patriotas húngaros em 1956 e 1989" e "merece o apoio da comunidade internacional", declarou Bush em discurso pronunciado numa das colinas históricas que dominam o Danúbio.
Bush destacou que os húngaros nunca "perderam a esperança", apesar dos sofrimentos sob o fascismo e o comunismo, até fazerem do país o primeiro do bloco comunista a conquistar a democracia.
Em 1956, as tropas soviéticas "esmagaram a insurreição" ao preço de milhares de mortos, "mas não reprimiram a sede de liberdade do povo húngaro", disse Bush no monte Gellert, a partir do qual os alemães, na Segunda Guerra Mundial, e os soviéticos, em 1956, bombardearam a cidade, até sua rendição.
"Cinqüenta anos depois, o sacrifício do povo húngaro ainda inspira os amantes da liberdade", disse, sem lembrar que os rebeldes húngaros pediram ajuda internacional em vão. "Vencer os inimigos no Iraque implicará sacrifícios e uma paciência constante, a mesma que o povo húngaro mostrou depois de 1956", disse Bush, que tanto nos Estados Unidos quanto no exterior é criticado pela violência no Iraque.
"Achamos, entretanto, que os países livres têm a obrigação de ajudar os outros a provar os frutos da liberdade (...) Aprendemos com o vosso exemplo e, quando um povo se rebela para ter liberdade, estamos decididos a que os Estados Unidos estejam a seu lado", disse Bush.
O presidente americano tomou cuidado para que seu discurso não incomodasse a Rússia, a menos de um mês da reunião de cúpula do G8 em São Petersburgo.
O dia esteve cheio da atos simbólicos, após a reunião de cúpula de ontem entre Estados Unidos e União Européia, em que ambas as partes confirmaram sua união, apesar de temas conflitantes, como a prisão americana a base de Guantánamo (Cuba) e a liberalização do comércio mundial.
Isso não impediu o presidente húngaro, Laszlo Solyom, de lembrar a Bush que a lei internacional não deve ser sacrificada em nome da guerra contra o terrorismo.
Autoridades húngaras também conversaram com o presidente americano sobre os vistos que Washington exige de seus cidadãos para entrar nos Estados Unidos.
A imagem do dia foi a de Bush e a primeira-dama, Laura, depositando flores e recolhendo-se junto à "chama eterna", que arde na praça Kossuth em memória dos milhares de rebeldes húngaros mortos quando as tropas soviéticas enfrentaram a revolta, em 1956.
A visita de Bush à capital húngara também expressa o reconhecimento do presidente americano ao apoio da Hungria na invasão do Iraque e na força multinacional no Afeganistão.
Bush conclui viagem à Europa com pedido de apoio ao Iraque
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O presidente americano, George W. Bush, concluiu nesta quinta-feira uma viagem à Europa com uma homenagem, em Budapeste, às vítimas do levante anti-soviético de 1956, durante a qual aproveitou para pedir apoio ao novo governo do Iraque.
Num dia carregado de símbolos, Bush recordou o espírito da insurreição anticomunista dos húngaros e as manifestações pela democracia de 1989.
"O primeiro-ministro [Nouri al] Maliki, do Iraque, se ungiu dos ideais democráticos que inspiraram os patriotas húngaros em 1956 e 1989" e "merece o apoio da comunidade internacional", declarou Bush em discurso pronunciado numa das colinas históricas que dominam o Danúbio.
Bush destacou que os húngaros nunca "perderam a esperança", apesar dos sofrimentos sob o fascismo e o comunismo, até fazerem do país o primeiro do bloco comunista a conquistar a democracia.
Em 1956, as tropas soviéticas "esmagaram a insurreição" ao preço de milhares de mortos, "mas não reprimiram a sede de liberdade do povo húngaro", disse Bush no monte Gellert, a partir do qual os alemães, na Segunda Guerra Mundial, e os soviéticos, em 1956, bombardearam a cidade, até sua rendição.
"Cinqüenta anos depois, o sacrifício do povo húngaro ainda inspira os amantes da liberdade", disse, sem lembrar que os rebeldes húngaros pediram ajuda internacional em vão. "Vencer os inimigos no Iraque implicará sacrifícios e uma paciência constante, a mesma que o povo húngaro mostrou depois de 1956", disse Bush, que tanto nos Estados Unidos quanto no exterior é criticado pela violência no Iraque.
"Achamos, entretanto, que os países livres têm a obrigação de ajudar os outros a provar os frutos da liberdade (...) Aprendemos com o vosso exemplo e, quando um povo se rebela para ter liberdade, estamos decididos a que os Estados Unidos estejam a seu lado", disse Bush.
O presidente americano tomou cuidado para que seu discurso não incomodasse a Rússia, a menos de um mês da reunião de cúpula do G8 em São Petersburgo.
O dia esteve cheio da atos simbólicos, após a reunião de cúpula de ontem entre Estados Unidos e União Européia, em que ambas as partes confirmaram sua união, apesar de temas conflitantes, como a prisão americana a base de Guantánamo (Cuba) e a liberalização do comércio mundial.
Isso não impediu o presidente húngaro, Laszlo Solyom, de lembrar a Bush que a lei internacional não deve ser sacrificada em nome da guerra contra o terrorismo.
Autoridades húngaras também conversaram com o presidente americano sobre os vistos que Washington exige de seus cidadãos para entrar nos Estados Unidos.
A imagem do dia foi a de Bush e a primeira-dama, Laura, depositando flores e recolhendo-se junto à "chama eterna", que arde na praça Kossuth em memória dos milhares de rebeldes húngaros mortos quando as tropas soviéticas enfrentaram a revolta, em 1956.
A visita de Bush à capital húngara também expressa o reconhecimento do presidente americano ao apoio da Hungria na invasão do Iraque e na força multinacional no Afeganistão.
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