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23/06/2006
-
00h07
da Efe, em La Paz
Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela presidência da Bolívia afirma que um membro da CIA (agência de inteligência norte-americana) treina militares americanos em território boliviano, usando como fachada um curso de gestão de crise e conflitos internos.
O documento foi divulgado aparentemente para sustentar a posição do presidente Evo Morales, que na terça-feira (20) denunciou a suposta entrada no país de militares dos EUA camuflados como estudantes e turistas.
Fontes da embaixada dos EUA em La Paz consultadas pela Efe desmentiram a informação do relatório, que chamaram de "acusação sem qualquer fundamento".
O texto do governo boliviano inclui a lista dos 23 participantes do curso, inaugurado em 10 de junho num hotel da cidade de Santa Cruz e que em teoria deve terminar na próxima semana.
Entre os estudantes há 17 americanos, um indonésio, uma sueca, um coreano, um mexicano, uma colombiana e uma boliviana, segundo o relatório de seis páginas.
O texto apresenta também duas breves entrevistas com cidadãos dos EUA que recebem o suposto treinamento e cópias dos seus passaportes.
Um deles, Mark Patrick Peláez, diz pertencer ao Exército dos EUA e estar lotado em Fort Bragg (Carolina do Norte). O outro, Joseph Michael Humire, admite ter pertencido à Infantaria da Marinha até 2005. Mas outro trecho do documento garante que ele ainda está na ativa.
O relatório cita um professor americano que dá aulas de idiomas na universidade boliviana NUR, em Santa Cruz, como responsável por "coordenar todas as atividades do curso", que inicialmente seria para o estudo do idioma indígena quíchua.
O professor, cujo nome aparece escrito de três formas diferentes (Breen Beane, Brent Beane e Breenn Beane), é identificado como "agente da CIA na Bolívia".
O relatório aponta como instrutora Josefina María Fitch (ou Fictch), supostamente "assessora da instituição ACT (sigla em inglês de Aliança para a Transformação dos Conflitos)". A entidade, segundo a nota, é "um escritório do Departamento de Estado dos EUA, uma organização de cientistas sociais com fortes conexões com o Departamento de Defesa".
Entre as funções da ACT, o documento ressalta a de "desenvolver e conduzir treinamento cultural avançado de unidades militares para atuar na Bolívia".
As autoridades bolivianas estão convencidas de que os alunos fazem "dois cursos paralelos".
"Um deles é sobre matérias civis e temas não relacionados diretamente com o combate. O outro é completamente militar, com armas e a coordenação com o exército do país anfitrião".
Portanto, "os planos iniciais mudaram quando descobriram que já sabíamos do curso, e simplesmente mudaram para o plano B", ou seja, utilizar o primeiro "como fachada".
"O interessante é que tudo é absolutamente legal, ninguém pode ser acusado de nada", afirma o relatório.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CIA
Governo boliviano acusa CIA de formar agentes em seu território
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Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela presidência da Bolívia afirma que um membro da CIA (agência de inteligência norte-americana) treina militares americanos em território boliviano, usando como fachada um curso de gestão de crise e conflitos internos.
O documento foi divulgado aparentemente para sustentar a posição do presidente Evo Morales, que na terça-feira (20) denunciou a suposta entrada no país de militares dos EUA camuflados como estudantes e turistas.
Fontes da embaixada dos EUA em La Paz consultadas pela Efe desmentiram a informação do relatório, que chamaram de "acusação sem qualquer fundamento".
O texto do governo boliviano inclui a lista dos 23 participantes do curso, inaugurado em 10 de junho num hotel da cidade de Santa Cruz e que em teoria deve terminar na próxima semana.
Entre os estudantes há 17 americanos, um indonésio, uma sueca, um coreano, um mexicano, uma colombiana e uma boliviana, segundo o relatório de seis páginas.
O texto apresenta também duas breves entrevistas com cidadãos dos EUA que recebem o suposto treinamento e cópias dos seus passaportes.
Um deles, Mark Patrick Peláez, diz pertencer ao Exército dos EUA e estar lotado em Fort Bragg (Carolina do Norte). O outro, Joseph Michael Humire, admite ter pertencido à Infantaria da Marinha até 2005. Mas outro trecho do documento garante que ele ainda está na ativa.
O relatório cita um professor americano que dá aulas de idiomas na universidade boliviana NUR, em Santa Cruz, como responsável por "coordenar todas as atividades do curso", que inicialmente seria para o estudo do idioma indígena quíchua.
O professor, cujo nome aparece escrito de três formas diferentes (Breen Beane, Brent Beane e Breenn Beane), é identificado como "agente da CIA na Bolívia".
O relatório aponta como instrutora Josefina María Fitch (ou Fictch), supostamente "assessora da instituição ACT (sigla em inglês de Aliança para a Transformação dos Conflitos)". A entidade, segundo a nota, é "um escritório do Departamento de Estado dos EUA, uma organização de cientistas sociais com fortes conexões com o Departamento de Defesa".
Entre as funções da ACT, o documento ressalta a de "desenvolver e conduzir treinamento cultural avançado de unidades militares para atuar na Bolívia".
As autoridades bolivianas estão convencidas de que os alunos fazem "dois cursos paralelos".
"Um deles é sobre matérias civis e temas não relacionados diretamente com o combate. O outro é completamente militar, com armas e a coordenação com o exército do país anfitrião".
Portanto, "os planos iniciais mudaram quando descobriram que já sabíamos do curso, e simplesmente mudaram para o plano B", ou seja, utilizar o primeiro "como fachada".
"O interessante é que tudo é absolutamente legal, ninguém pode ser acusado de nada", afirma o relatório.
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