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23/06/2006
-
09h37
da Folha de S.Paulo
Os muçulmanos vêem os ocidentais --especialmente pessoas dos Estados Unidos e da Europa-- como egoístas, imorais e gananciosos. Já os americanos e europeus vêem os muçulmanos como arrogantes, violentos e intolerantes.
As diferenças entre muçulmanos e o Ocidente foram ilustradas em uma pesquisa divulgada ontem, que envolveu 15 países, feita pelo instituto americano de pesquisas Pew.
A maioria absoluta dos entrevistados disse que as relações entre muçulmanos e ocidentais são, em geral, ruins. Enquanto nos EUA 55% têm essa opinião, mais de dois terços das pessoas na Alemanha e na França têm uma visão mais sombria das relações entre muçulmanos e Ocidente. E cada um dos lados aponta para o outro como culpado.
"Nos países ocidentais, os muçulmanos levam a culpa", diz Andrew Kohut, diretor do instituto Pew. "Entre países islâmicos e entre minorias muçulmanas da Europa, os ocidentais é que são os culpados."
Um dos pontos surpreendentes do estudo, segundo os pesquisadores, foi que a maioria dos entrevistados na Indonésia (65%), na Turquia (59%), no Egito (59%) e na Jordânia (53%) disseram não acreditar que os ataques do 11 de Setembro tenham sido executados por grupos árabes.
O apoio dos muçulmanos ao terrorismo, no entanto, vem caindo em alguns países. Na Indonésia, no Paquistão e especialmente na Jordânia, houve queda no número de pessoas que dizem que atentados suicidas podem ser justificados.
Mas, no Paquistão, o apoio ao terrorista Osama bin Laden, apesar de ter caído, permanece relativamente alto.
A pesquisa detectou que o anti-semitismo ainda é forte em países islâmicos e entre muçulmanos que vivem na Alemanha, no Reino Unido e na Espanha. Mas 71% dos muçulmanos da França têm opinião positiva em relação aos judeus.
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados dos países islâmicos acha que a vitória do Hamas nas eleições palestinas vai ser útil para um acordo entre Israel e palestinos. A opinião é fortemente rechaçada nos países não-muçulmanos.
Enquanto a maioria dos muçulmanos culpa o "desrespeito" ocidental como causa dos protestos contra charges do profeta Maomé, no início deste ano, os entrevistados ocidentais citam a intolerância muçulmana.
Espanha e Alemanha são os países onde foi identificada a maior resistência ao islamismo, em comparação com o resto da Europa. Os muçulmanos que vivem na Europa, por outro lado, tendem a ter uma opinião mais positiva dos europeus do que os demais muçulmanos.
A pesquisa foi feita nos seguintes países: Alemanha, China, Egito, Espanha, EUA, França, Índia, Indonésia, Japão, Jordânia, Nigéria, Paquistão, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre islamismo
Islâmicos vêem ocidentais como egoístas, diz pesquisa
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Os muçulmanos vêem os ocidentais --especialmente pessoas dos Estados Unidos e da Europa-- como egoístas, imorais e gananciosos. Já os americanos e europeus vêem os muçulmanos como arrogantes, violentos e intolerantes.
As diferenças entre muçulmanos e o Ocidente foram ilustradas em uma pesquisa divulgada ontem, que envolveu 15 países, feita pelo instituto americano de pesquisas Pew.
A maioria absoluta dos entrevistados disse que as relações entre muçulmanos e ocidentais são, em geral, ruins. Enquanto nos EUA 55% têm essa opinião, mais de dois terços das pessoas na Alemanha e na França têm uma visão mais sombria das relações entre muçulmanos e Ocidente. E cada um dos lados aponta para o outro como culpado.
"Nos países ocidentais, os muçulmanos levam a culpa", diz Andrew Kohut, diretor do instituto Pew. "Entre países islâmicos e entre minorias muçulmanas da Europa, os ocidentais é que são os culpados."
Um dos pontos surpreendentes do estudo, segundo os pesquisadores, foi que a maioria dos entrevistados na Indonésia (65%), na Turquia (59%), no Egito (59%) e na Jordânia (53%) disseram não acreditar que os ataques do 11 de Setembro tenham sido executados por grupos árabes.
O apoio dos muçulmanos ao terrorismo, no entanto, vem caindo em alguns países. Na Indonésia, no Paquistão e especialmente na Jordânia, houve queda no número de pessoas que dizem que atentados suicidas podem ser justificados.
Mas, no Paquistão, o apoio ao terrorista Osama bin Laden, apesar de ter caído, permanece relativamente alto.
A pesquisa detectou que o anti-semitismo ainda é forte em países islâmicos e entre muçulmanos que vivem na Alemanha, no Reino Unido e na Espanha. Mas 71% dos muçulmanos da França têm opinião positiva em relação aos judeus.
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados dos países islâmicos acha que a vitória do Hamas nas eleições palestinas vai ser útil para um acordo entre Israel e palestinos. A opinião é fortemente rechaçada nos países não-muçulmanos.
Enquanto a maioria dos muçulmanos culpa o "desrespeito" ocidental como causa dos protestos contra charges do profeta Maomé, no início deste ano, os entrevistados ocidentais citam a intolerância muçulmana.
Espanha e Alemanha são os países onde foi identificada a maior resistência ao islamismo, em comparação com o resto da Europa. Os muçulmanos que vivem na Europa, por outro lado, tendem a ter uma opinião mais positiva dos europeus do que os demais muçulmanos.
A pesquisa foi feita nos seguintes países: Alemanha, China, Egito, Espanha, EUA, França, Índia, Indonésia, Japão, Jordânia, Nigéria, Paquistão, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Com agências internacionais
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