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26/06/2006 - 16h54

Bombas em mercados matam mais de dez em duas cidades iraquianas

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da Folha Online

Atentados com bombas em movimentados mercados de duas cidades iraquianas mataram ao menos 11 pessoas e deixaram dezenas de feridos nesta segunda-feira, um dia após o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al Maliki, ter anunciado um plano de reconciliação nacional.

Uma explosão em um mercado no centro da cidade de Hilla (90 km ao sul de Bagdá) nesta segunda-feira deixou ao menos sete mortos e dezenas de feridos, segundo um porta-voz da polícia local.

Ainda há divergências, no entanto, sobre o saldo de mortos no atentado ocorrido nesta cidade majoritariamente xiita. Fontes do Ministério do Interior, citando a polícia de Hilla, informaram que 17 pessoas perderam a vida no ataque e que 25 ficaram feridos.

A região do mercado estava repleta de consumidores no momento da detonação.

Sobreviventes do ataque protestaram contra a polícia local, reclamando da falta de segurança. Hilla, cercada por áreas de maioria sunita, tem sido palco de numerosos atentados com bombas nos últimos dois anos.

Na cidade de Baquba (65 km ao norte de Bagdá), uma bomba presa a um motocicleta estacionada em outro mercado matou ao menos quatro pessoas pouco tempo antes da explosão em Hilla, de acordo com testemunhas e a polícia.

Bagdá

Um grupo de insurgentes disparou nesta segunda-feira contra um comboio de Adnan al Dulaimi, líder da Frente do Consenso Nacional --que agrupa os partidos sunitas-- no centro de Bagdá e matou um de seus guarda-costas.

Segundo fontes policiais iraquianas, não se sabe se Al Dulaimi viajava no comboio atacado que se dirigia a uma mesquita do bairro de Al Qadisiya.

O ataque --o segundo contra uma caravana de Al Dulaimi-- ocorre um dia depois de o líder sunita mostrar seu apoio ao "plano de reconciliação" anunciado pelo primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al Maliki.

Al Maliki apresentou no domingo um plano de 24 pontos que inclui a anistia para os rebeldes não-envolvidos em "crimes de sangue", a fim de acabar com a violência que abala o Iraque desde a queda do ex-ditador Saddam Hussein --particularmente nos últimos quatro meses.

Um grupo de homens armados que conduzia veículos similares aos utilizados pelas forças de segurança iraquianas seqüestrou hoje dez estudantes no centro de Bagdá, segundo a polícia.

Os pistoleiros invadiram um edifício residencial perto da praça bagdali de Ácaba bin Nafia e seqüestraram dez estudantes das cidades de Yusufia e Ramadi.

As fontes não deram mais detalhes e também não informaram se os jovens eram estudantes universitários ou de ensino secundário.

Um soldado iraquiano morreu e outros dois ficaram feridos em um ataque perpetrado às 17h15 (10h15 de Brasília) por insurgentes contra a patrulha na área de Yarmouk, no oeste da capital.

Execuções

O Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia confirmou nesta segunda-feira a morte dos quatro diplomatas russos seqüestrados no início de mês em Bagdá por um grupo extremista vinculado à rede terrorista Al Qaeda.

"Comunicamos com grande pesar que, a julgar por tudo, ocorreu algo irreparável com os diplomatas da embaixada russa no Iraque seqüestrados, apesar dos esforços empreendidos para libertá-los", informou a Chancelaria russa em comunicado.

A Chancelaria russa exigiu das autoridades iraquianas e do comando das forças multinacionais que "empreendam todos os esforços para que nenhum dos responsáveis pela morte dos cidadãos russos escape do castigo justo".

Antes de confirmar a morte dos diplomatas, analistas russos estudaram o vídeo da execução de várias pessoas, divulgado em um site na internet, para tentar estabelecer se se tratava de seus cidadãos seqüestrados em Bagdá.

Fiodor Zaitsev, terceiro secretário da embaixada russa em Bagdá, assim como os funcionários da missão Rinat Agliulin, Anatoli Smirnov e Oleg Fedoseyev, foram seqüestrados a 400 metros da sede da legação diplomática, em um ataque no qual morreu um agente de segurança da embaixada.

A notícia sobre a execução, acompanhada por um vídeo no qual uma pessoa é decapitada e outra é morta com um tiro, foi divulgada no site do Conselho da Shura dos Mujahidin do Iraque.

O vídeo mostra também um terceiro corpo decapitado e o texto que acompanha o vídeo afirma que os cadáveres são dos diplomatas russos.

Fontes russas indicaram que o Conselho da Shura dos Mujahidin do Iraque agrupa vários dos grupos terroristas mais violentos do Iraque, entre eles o braço iraquiano da rede internacional Al Qaeda, que há uma semana assumiu o assassinato de dois soldados americanos.

Em troca da libertação dos diplomatas, os seqüestradores tinham exigido da Rússia a retirada de suas tropas da Tchetchênia e a libertação de "todos os combatentes islâmicos presos".

O anúncio do assassinato dos diplomatas aconteceu cinco dias depois de, em mensagem similar, a Al Qaeda anunciar que os executaria ao fim do prazo de 48 horas que deu a Moscou para cumprir as exigências.

Com agências internacionais

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