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28/06/2006 - 01h29

Violência volta às ruas do Timor após renúncia de primeiro-ministro

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da Folha Online

Gangues de jovens incendiaram cerca de 20 casas e apedrejaram um acampamento para refugiados para refugiados em Dili, na terça-feira (27), depois que partidários do primeiro-ministro demissionário, Mari Alkatiri, entraram na capital para promoverem manifestações a favor da sua permanência no poder.

Forças de paz australianos expulsaram cerca de 100 jovens que atacaram um dos maiores acampamentos para refugiados de Dili. Segundo depoimentos citados pela agência australiana AAP, os autores dos distúrbios vieram do oeste do país. Alguns deles passaram de carro em frente aos abrigos para refugiados e gritaram "vão embora de Dili".

Os soldados estrangeiros instalaram cercas nas estradas para manter os manifestantes fora do centro da capital, onde a vida começava a recuperar parte da normalidade perdida.

O próprio Alkatiri pediu a milhares de seus partidários que esperassem na cidade de Metinaro para depois irem de maneira pacífica a Dili.

Alkatiri responsabilizou a influência das milícias do oeste pela recente violência. Depois de seu discurso houve tiroteios na capital e a casa do vice-presidente do Parlamento, Jacob Fernandez, foi incendiada.

O presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, continua negociando para formar um governo de transição. Ele admitiu a possibilidade de convocar eleições antecipadas caso não consiga chegar a um acordo.

A renúncia de Alkatiri, que continua liderando a Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), era pedida por grande parte da população após a onda de violência que tomou conta de Dili em maio.

Forças da Austrália, Portugal, Malásia e Nova Zelândia intervieram depois da morte de 30 pessoas e de 100 mil fugirem de suas casas. Cerca de 72 mil refugiados continuam em acampamentos temporários, segundo dados da OIM (Organização Internacional de Migrações).

Com agências internacionais

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